Grandes, mas inevitáveis novidades…
Troca no comando técnico nesta fase iria seguramente desfocar a equipa e também aqui, no meu entender, os interesses do Clube estão a ser salvaguardados
05 Fev 2020 | 08:00
3Queixamo-nos de quê? Não fomos nós, ou pelo menos 71% de nós, que contribuímos para que o dr. Varandas fosse eleito Presidente do Sporting CP?
Ainda na ressaca da derrota em Braga, a segunda em duas semanas, e que eu ainda não digeri, quero aproveitar este espaço para saudar, leoninamente, o Dr. Varandas e todos os que, além de o terem eleito, ainda o acompanham.
Como ficou claro após o jogo na Pedreira que teve, não há outra forma de classificar, arbitragem vergonhosa, mais uma, de Jorge Sousa, o dr. Varandas saiu em defesa do Sporting Clube de Portugal. Do ponto de vista da substância, o atual Presidente do Clube até disse coisas acertadas. Já no que respeita à forma, e é apenas um aparte, não se lhe pode pedir mais uma vez que, quem não sabe falar, jamais conseguirá conjugar uma frase de forma escorreita. Seria a mesma coisa que exigir a um médico militar que, num cenário de guerra, tivesse a coragem de sair de trás da marquesa para enfrentar uma horda de desordeiros que tivesse invadido o acampamento.
Mas o que verdadeiramente importa salientar é o impacto que tiveram as declarações do dr. Varandas. Se dúvidas houvesse sobre o atual estatuto do Sporting Clube de Portugal no futebol português – o tal que era “fácil” e que constava de um currículo de “mais de quatro mil dias” –, elas ficaram dissipadas após o passado fim-de-semana.
Ninguém ligou nenhuma ao Dr. Varandas, ninguém quis saber das suas queixas legítimas e justas. A 22 pontos de distância do primeiro lugar, fora da Taça de Portugal, e a caminho (queira Deus que me engane) da pior época de sempre com direito a recorde de derrotas batido numa só temporada e da menor assistência de sempre num jogo em nossa casa, estamos dramaticamente condenados à irrelevância.
A questão que se põe é, queixamo-nos de quê? Não fomos nós, ou pelo menos 71% de nós, que contribuímos de forma decisiva para que o dr. Varandas fosse eleito Presidente do Sporting Clube de Portugal? Não fomos nós que, com a conversa enjoativa de que “somos diferentes e temos que ser diferentes”, desistimos da exigência e voltámos à era dos punhos de renda, do comer e calar perante o enxovalho público constante, e, sobretudo, da incompetência de planeamento, contratações e gestão do futebol profissional?
Sim, queixamo-nos de quê? O que devemos é dar vivas ao Dr. Varandas por nos ter conduzido àquilo que a maioria, de votos não de votantes – é assim o nosso sistema eleitoral –, ambicionou e desejou. A culpa é nossa, só nossa! Sim, somos nós que insistimos em tretas como ser gente de bem, o que importa é que ninguém se aleije, ou outras metáforas bafientas que só nos diminuem e têm rebaixado ao longo da nossa História.
Finalmente conseguiram! Têm aqui, à vossa disposição, o Sporting com que sonham e que ambicionam. Um Clube sem exigência alguma, que se resigna perante o Braga ou o Famalicão, e que aceita afirmações de um treinador que diz, sem pudor, que estamos em quarto, mas só um ponto atrás do terceiro. Um Clube em que o planeamento não existe, em que as contratações são medíocres e estão nas mãos de um funcionário de Jorge Mendes. Uma Instituição sem voz e sem influência nas mais altas instâncias do futebol e do desporto nacional. E um Presidente que, por mais coisas acertadas que tenha para dizer, como se viu no passado domingo, já ninguém ouve ou quer ouvir.
Ainda vamos a tempo de recuperar o Clube? Acredito que sim, até porque, como dizia Balzac, “a resignação é um suicídio quotidiano”. Está nas nossas mãos assegurar que esta gente se enxerga e percebe que a melhor forma de defender os superiores interesses do Sporting Clube de Portugal é sair. Para isso só temos que nos mobilizar, como no passado mais ou menos recente, e estar presentes, de forma ordeira, na manifestação do próximo dia 9 de fevereiro, em Alvalade. Todos não somos demais para fazer sentir ao dr. Rogério Alves que só tem que cumprir os estatutos e convocar a AG extraordinária para que os Sócios possam dizer aquilo que querem. E, mais do que isso, mostrar que o Sporting somos nós e que o Clube é dos Sócios e não de uma elite bafienta que já deu mais do que provas da sua incompetência gritante e da sua incapacidade infinita.
P.S. Por estes dias, Luís Paixão Martins veio a público, com total desfaçatez, atirar-se ao atual Presidente do Sporting Clube de Portugal. Aliás, a ressurreição de LPM, coincidência ou talvez não, aconteceu na mesma semana em que começou o habitual desfile de putativos candidatos à presidência do Clube. Disse o marqueteiro reformado: “Agora só quero que venha um presidente novo que me engane para comprar as gameboxes da próxima época. A única vez que não comprei foi na 2.ª época de Godinho Lopes”. Mas este sujeito pensa que temos memória curta? Achará o ressuscitado LPM que não nos lembramos que foi ele e a sua agência que lançaram o dr. Varandas e o levaram ao colo até à eleição como Presidente do Sporting Clube de Portugal? Julgará esta triste figura que nós não percebemos que este seu azedume se deve apenas ao facto de o dr. Varandas ter rescindido o contrato com a LPM, a agência hoje gerida pelo filho do ressuscitado Luís Paixão Martins? Uma coisa eu sei de ciência certa: onde estiverem LPM, Henrique Monteiro, Carlos Barbosa da Cruz e outras figuras medonhas deste Clube, eu estarei no lado oposto!
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