OURO OLÍMPICO CELEBRA ANIVERSÁRIO

É oficial: António Coelho é o novo coordenador da secção de basquetebol do Sporting, anunciaram os leões esta quinta-feira, dia 8 de agosto. Depois de várias décadas ligado à modalidade – como jogador, treinador, árbitro e mais recentemente como presidente do Conselho de Arbitragem, de onde saiu em 2022 –, está escolhido o novo homem-forte da modalidade leonina.

Tal como o nosso Jornal adiantou, em Exclusivo, no princípio do mês de junho, Nuno Baião, diretor na temporadas de 2022/23 e 2023/24, desentendeu-se com Miguel Afonso, vogal responsável com a pasta das modalidades, o que precipitou a sua saída da estrutura verde e branca.

António Coelho é assim chamado a reorganizar toda a modalidade em Alvalade, da formação até à equipa profissional e chega ao Sporting com um salário principesco e largamente superior ao do seu antecessor. Além da estrutura, o plantel também vai sofrer alterações significativas, com a saída de vários jogadores do plantel.

Além de Nuno Baião, também Pedro Nuno Monteiro abandonou o comando técnico da treinador da equipa e ‘passou’ (novamente) o testemunho a Luís Magalhães, técnico de 66 anos que foi recentemente apresentado oficialmente pelo Clube de Alvalade e vai já dar início aos trabalhos para arrancar as preparações para a nova temporada.

Em 2023/24, os leões somaram 42 encontros disputados – 24 na Liga Portuguesa, 10 na FIBA Europe Cup, seis na Taça da Liga e dois na Taça de Portugal. Ao longo de todos estes, venceu 25 e foi derrotado 17 vezes, o que perfaz uma percentagem de 60% triunfos.

Veja a publicação do Sporting:

Após a oficialização da saída de Pany Varela do Sporting, que deixou o Clube de Alvalade depois de oito épocas com a Listada verde e branca, o jogador segue agora para o Al Nassr, de Cristiano Ronaldo. Com um contrato de três anos, o internacional português vai receber cerca de 900 mil euros, um valor que revela o elevado investimento do emblema saudita além futebol.

Quem veio reconhecer o merecimento do ala internacional foi Rui Quelhas, presidente da Associação Desportiva do Fundão, onde jogou o ala antes de ser transferido para o Sporting, em 2016/17. “Pelo seu profissionalismo e pela sua dedicação à modalidade, o Pany é a pessoa certa para assinar este contrato”, garantiu, em declarações ao jornal Record.

O líder do emblema beirão foi além nas suas afirmações e arriscou que o agora antigo leão “foi o jogador mais profissional que passou por este clube”. Com medo de ferir suscetibilidades, reformulou: "Foi um dos mais profissionais! Foi daqueles jogadores que, na altura, apostou na carreira dele e veio para o interior do país, para um clube pequeno e esteve cá três anos. Não é fácil para um jogador vindo de outras paragens estar três anos no Fundão e, depois, dar o salto para um clube grande, no caso, o Sporting", reconheceu o dirigente do emblema da Liga Placard.

Na última temporada, com a camisola do Sporting, Pany Varela realizou 46 encontros: 28 no Campeonato Nacional, oito na Liga dos Campeões, cinco na Taça de Portugal, quatro na Taça da Liga e um na Supertaça. Nessas partidas, o internacional português marcou 16 golos e fez 18 assistências.

Ao todo, com a Listada verde e branca, Pany Varela contabilizou 336 partidas, 126 finalizações certeiras, 80 passes para golos e vários títulos conquistados, nomeadamente duas UEFA Futsal Champions League, seis Campeonatos Nacionais, cinco Supertaças, quatro Taças da Liga e quatro Taças de Portugal. Pela Seleção Nacional, o craque - tem ainda dois Campeonatos da Europa, um Campeonato do Mundo e uma Finalíssima no palmarés. A ausência será notória, uma vez que o ala foi, indiscutivelmente, uma das caras do sucesso leonino ao longo dos últimos anos.

Carlos Lopes recorda percurso profissional que teve de construir até chegar ao topo. Em entrevista à agência Lusa, a lenda do Sporting revela que passou por momentos delicados ao longo da carreira e do momento de glória que alcançou em Los Angeles, em 1984.

“Recordo tanta coisa, das coisas bem feitas, das coisas mal feitas, daquilo que se passou antes, daquilo que se passou depois. Acho que foram precisos 20 anos para lá chegar, e isso foi com muitos litros de pingas de suor a percorrer a minha história, porque nada se faz sem trabalho. É preciso ter coragem, ser determinado, abdicar de muita coisa”, começou por referir.

“Até à maratona dos Jogos, nunca ganhei maratona nenhuma, nem era esse o meu princípio. Porque eu, quando fui para a maratona, ou quando comecei a pensar na maratona, não fui para as maratonas comerciais, mas sim para ser campeão olímpico”, afirmou.

“Preparei a maratona para ser campeão olímpico, que era o meu sonho. Um sonho que se tornou realidade, com muito trabalho, com muito sacrifício, e como digo, com muitos, muitos pingos de suor, que foram muitos litros de água, ao longo destes dois anos e meio. Mas que, de certa forma, valeram a pena”, explicou.

Quatro décadas depois, o antigo atleta, nascido em Vildemoinhos, admite que estes foram 40 anos que lhe deram prazer e resultaram de uma enorme vontade de vencer. Foi no ano de 1986 que acabou uma ligação de quase 20 anos com o emblema verde e branco enquanto atleta. Carlos Lopes é uma das maiores figuras de sempre do Sporting, do desporto nacional e do atletismo mundial.