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Competições
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No dia 4 de julho de 1948, o Sporting sagrou-se campeão da Taça de Portugal pela terceira vez consecutiva, algo nunca antes visto em território nacional. Para erguer o troféu, os leões tiveram de derrotar o Belenenses, na final disputada no Estádio Nacional do Jamor, por 3-1. Os golos verdes e brancos foram marcados por Fernando Peyroteo (29' e 65') - histórico goleador do Sporting - e Albano (35'). Teixeira da Silva (52') fez o tento dos azuis do restelo.
Cândido de Oliveira, lendário técnico leonino, alinhou com Azevedo, Álvaro Cardoso, Juvenal, Veríssimo, Manecas, Carlos Canário, Albano, Travassos, Jesus Correia, Vasques e Fernando Peyroteo. Já os azuis do Restelo, avançaram com José Sério, Feliciano, António Figueiredo, Vasco Oliveira, Serafim Neves, Nunes, Castela, Teixeira da Silva, Fernando Matos, Pinto de Almeida e Artur Quaresma.
O Sporting chegava à final da Taça de Portugal de 1948 em grande forma, após ter derrotado o Benfica nas meias-finais por 3-0. Adicionalmente, os leões haviam vencido as duas últimas edições da competição e tinham acabado de festejar o bicampeonato nacional há muito pouco tempo.
O confronto que punha o Sporting dos Cinco Violinos, o melhor ataque do campeonato (92 golos), frente ao Belenenses, que foi a equipa com menos golos sofridos na mesma competição (30), começou melhor para os azuis do Restelo. João Azevedo, guarda-redes leonino, lesionou-se logo nos minutos iniciais e obrigou Veríssimo a ir para a baliza durante oito minutos.
O guardião Sportinguista regressou à partida com o pé ligado, depois de a equipa ter ficado em vantagem durante algum tempo. Os verdes e brancos não sofreram e ainda conseguiram inaugurar o marcador. O responsável por abrir a história do jogo foi o inevitável Fernando Peyroteo.
O goleador leonino colocou a bola no fundo das redes defendidas por José Sério, depois de ter recebido o passe de Vasques, que aproveitou uma falha da defesa adversária. Apesar da vantagem no marcador, o Sporting não descansou enquanto não ampliou a vantagem e haveria mesmo de o conseguir.
Depois de inúmeros remates à baliza do Belenenses, o Sporting chegou ao 2-0. Desta vez, por intermédio de Albano, que, aos 35 minutos converteu com sucesso uma grande penalidade depois de um dos defesas do Belenenses ter cortado uma bola que ia para golo com a própria mão, o que valeu o castigo máximo.
O jogo foi para intervalo e regressou com uma entrada forte do Belenenses. Os azuis do Restelo reduziram a vantagem leonina para 2-1, com o golo de Teixeira da Silva, que se apresentava em posição muito duvidosa, com os responsáveis a reclamarem uma posição irregular. Apesar de tudo, os verdes e brancos não se deixaram ficar.
Aos 65 minutos, o Sporting matou a partida com mais uma finalização certeira. O responsável pelo 3-1 foi, novamente, o imparável Fernando Peyroteo. Albano furou pelo lado esquerdo e só teve de passar a bola ao goleador leonino, que fez o segundo e último remate certeiro da final da Taça de Portugal.
Desta forma, os leões levantaram a terceira prova rainha seguida, um recorde inédito em Portugal, com uma equipa de sonho protagonizada pelos lendários Cinco Violinos. Além disso, foi também o sexto título seguido que os verdes e brancos conquistaram, após vencer todos os adversários com distinção.
Leões rugiram mais alto e conseguiram dois marcos importantes para os verdes e brancos na modalidade, que se tornou numa das mais tituladas de sempre do Clube
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No dia 2 de julho de 1984, Fernando Mamede e Carlos Lopes - treinados por Moniz Pereira, o senhor atletismo do Clube de Alvalade - fizeram história pelo Sporting ao terminarem em primeiro e segundo lugar, respetivamente, na corrida de 10.000 metros realizada em Estocolmo. O primeiro sagrou-se mesmo recordista mundial, algo que o atletismo português, até então, nunca tinha conseguido.
Moniz Pereira, treinador leonino, conseguiu juntar Carlos Lopes e Fernando Mamede com o objetivo de vencer a corrida de 10.000 metros realizada em Estocolmo, sob condições atmosféricas perfeitas. Guilherme Alves, um especialista de 3000m, começou melhor a corrida, percorrendo os três primeiros quilómetros em 8m16s.
No entanto, aos 3.500 metros, o norte-americano Ed Eyestone assumiu a liderança da corrida, mantendo um ritmo regular que permitiu um tempo de passagem aos cinco quilómetros de 13m45s. A história da prova voltou a mudar, quando, ao quilómetro sete, Carlos Lopes passou à frente da concorrência.
Neste momento, Carlos Lopes fazia uma grande prova e parecia que ia ser o campeão com o recorde mundial, passando aos nove quilómetros com o tempo de 24m41s. Já Fernando Mamede, ainda se encontrava a cerca de 20 metros, uma distância significativa relativamente ao colega que estava na primeira posição.
Subitamente, Fernando Mamede surpreendeu toda a gente. O atleta do Sporting recuperou com uma arrancada impressionante e chegou ao último quilómetro feito no tempo fabuloso de 02m32s, os mil metros mais rápidos da história de uma corrida de 10 quilómetros, fazendo os 800 metros que restavam em apenas dois minutos.
O resultado da corrida decidiu-se quando ainda faltavam 500 metros para terminar. Fernando Mamede ultrapassou Carlos Lopes com uma última volta percorrida em 57,45 segundos, o que lhe valeu o novo Recorde do Mundo dos 10.000 metros. O vencedor verde e branco acabou a prova com o tempo de 27m13s.
Carlos Lopes terminou em segundo lugar com o tempo de 27m17s, que passava a ser a segunda melhor marca mundial de sempre. Desta forma, o Sporting não conseguiu apenas um, mas sim dois recordistas mundiais e as medalhas de ouro e prata na prova dos 10.000 metros em Estocolmo, na Suécia.
Clube de Alvalade triunfou na prova rainha, num encontro bastante mais complicado do que inicialmente previsto, mas que acabou por sorrir aos leões
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No dia 1 de julho de 1945, o Sporting conquistou a segunda Taça de Portugal da sua história. Na final, diante do Olhanense, os leões triunfaram, por 1-0, com um golo de Jesus Correia já bem perto do final do encontro, aos 86 minutos, num encontro que se revelou mais complicado do que inicialmente esperado.
Joaquim Ferreira, técnico do Sporting, escolheu para 11 inicial na final da Taça de Portugal a seguinte equipa: João Azevedo (GR), Álvaro Cardoso, Octávio Barrosa, Manuel Marques, António Lourenço, Veríssimo Alves, João Nogueira, Jesus Correia (86’), Armando Ferreira, Albano e João Cruz.
No que ao Olhanense diz respeito, que era então orientado pelo técnico Cassiano, os algarvios alinharam com José Abraão (GR), João Nunes, Santos, António Rodrigues, Manuel Grazina, Guilherme Loulé, Joaquim Paulo, Salvador dos Satos, Francisco Palmeiro, Fernando Cabrita e Moreira.
O Sporting partia para a final da Taça de Portugal como grande favorito, mas os verdes e brancos tiveram de suar para garantir o triunfo na prova rainha. Numa altura em que muitos já se preparavam para o prolongamento, Jesus Correia, aos 86 minutos, disparou para o fundo das redes e ditou a vitória leonina.
No percurso até à grande final, o Sporting começou por eliminar o Porto (4-1, nos oitavos-de-final), seguindo-se a Oliveirense (12-2, quartos-de-final) e o Benfica (5-4, nas meias-finais). Nota para o facto de, diante dos encarnados, ter existido a necessidade da realização de um terceiro encontro para encontrar um dos finalistas da Taça de Portugal.
Destaque para Fernando Peyroteo, lendário goleador do Sporting. Nesta edição da prova rainha, o avançado marcou uns impressionantes 11 golos em apenas seis partidas. Nota especial para as quatro finalizações certeiras numa só partida diante da Oliveirense, no triunfo verde e branco na primeira mão dos quartos-de-final, por 8-1.
Nesta temporada, o Sporting teve ainda mais motivos para celebrar. O Clube de Alvalade triunfou no Campeonato de Lisboa, somando 28 pontos em 10 encontros (oito vitórias e dois empates). O Benfica ficou no segundo lugar, com 24 pontos, enquanto o Belenenses terminou no terceiro posto, com 21.
Desportista do conjunto verde e branco trouxe mais um título para os leões depois de um momento importante já muito perto da prova terminar
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No dia 30 de junho de 2019, José Mendes, atleta do Sporting, sagrou-se campeão nacional de fundo em ciclismo - modalidade que teve uma tragédia em 1984. O desportista dos verdes e brancos voltou a trazer glórias para os leões, após ter conquistado o tão desejado título em Melgaço, numa prova com 197 quilómetros.
A corrida não teve terreno plano em quase momento nenhum, no entanto, foi sempre disputada a alta velocidade. Primeiro, estiveram adiantados oito dos corredores da prova, entre os 60 e os 135 quilómetros. Posteriormente, já nos 143, atacaram mais outros sete ciclistas.
Este grupo nunca teve uma grande vantagem sobre o restante pelotão e acabou por ficar para trás. Os mais resistentes na corrida foram mesmo Domingos Gonçalves e César Fonte, atleta do Porto, alcançados 22 quilómetros antes da chegada à reta final.
Já na fase de aproximação à meta, Ricardo Mestre, outro dos ciclistas portistas na prova, ainda quis surpreender de longe e entrou no último quilómetro isolado, mas José Mendes respondeu nos mil metros que sobravam da melhor forma possível, ao vencer a corrida mesmo no final.
Ricardo Mestre resistiu até à última curva, a 50 metros da meta, mas José Mendes, num último fôlego, passou pelo portista e destacou-se na prova. O atleta dos leões terminou com um tempo final de 4h39m33s, a que correspondeu uma média de 42,282 km/h.
Depois do algarvio da equipa Porto, chegou o colega de equipa António Carvalho, que pôde lamentar não ter saído do pelotão anteriormente, pois fez uma grande recuperação nos últimos 150 metros, ficando muito próximo de José Mendes. Frederico Figueiredo, do Sporting, foi o 4.º classificado e Tiago Machado, também dos leões, ficou em 10.º lugar com 4h39m54s.