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Nani participou no último episódio do podcast de Rio Ferdinand. O antigo capitão do Sporting recordou um episódio com Davide Petrucci - e ainda aconselhou os red devils a contratar um jogador dos leões -, futebolista italiano que alinhava nas camadas jovens do Manchester United e como, depois de um treino, acabou por esmurrar o colega.

"Alex Ferguson pediu para não lhe bater"

"Nós tínhamos tido uma disputa no treino, mas eu decidi não reagir. Depois, no balneário, chegou o Patrice [Evra] e o Anderson, e disseram que eu tinha estado bem em não fazer nada. E depois fui chamado ao gabinete de Sir Alex Ferguson, estava lá também o Ryan Giggs [capitão], e o mister pediu-me para lhe prometer que eu não iria fazer nada", contou.

Já reunido com o técnico dos red devils, Nani questionou Ferguson: "O boss é homem e eu conheço-o: se alguém lhe desse um murro na cara, aceitava e ia para casa?", ao que o treinador garantiu ‘Não. Mas tu és mais do que isso, por isso diz-me que não vais fazer nada’". "Então, prometi-lhe, apertei a mão a ele e ao Giggs e saí decidido a não fazer nada", recorda.

"Gabou-se aos amigos que me bateu"

No entanto, a situação viria a mudar. "Eu já estava no balneário a trocar de roupa e o Anderson a elogiar-me por não ter reagido e mostrar que sou profissional. Mas depois chegou o Bebé – lembram-se do Bebé? – e disse: ‘Não, o Nani devia matá-lo porque ele agora está no ginásio a gabar-se aos amigos que bateu ao Nani porque ele estava a falar demasiado’", prosseguiu o ex Sporting.

"Ele tinha calçado umas luvas de boxe, com o treinador e os amigos ao pé, a simular uns murros e todos à gargalhada. E quando o confrontei por se estarem a rir de mim e a gozar com os murros, chamei-o à parte e - juro-te, Rio: só queria falar com ele, porque tinha prometido ao boss. E disse-lhe que ele estava a abusar, já com vários episódios anteriores. E a resposta dele foi ‘tu falas demasiado’ e cresceu para mim…", explicou Nani, que acabou por ceder.

"Dei-lhe uma lição, mas ainda somos amigos"

"Quer dizer, bate-me três vezes na cara, vou falar com ele calmamente e ele ainda crescer para mim? Tive de lhe dar uma lição e fazer o meu trabalho", disse o antigo capitão dos leões, admitindo que não passou de um caso isolado: "Mas atenção, Rio, ainda somos amigos, ouviste? Ainda somos amigos".

Giorgi Kochorashvili, médio que vai reforçar o Sporting na próxima temporada, revelou um lado menos conhecido da sua vida pessoal e profissional. Mais do que um jogador de futebol, o georgiano encara a sua carreira com um nível de dedicação que vai além das quatro linhas, apostando na psicologia, nutrição e preparação mental para estar sempre no seu melhor.

Embora o futebol e a família sejam as suas grandes prioridades, Kocho confessa que a sua relação com o desporto mudou ao longo dos anos. “Antes, eu não distinguia as coisas, o que me acontecia no campo era o que me ia acontecer na vida real”, explicou, no podcast 'Miobío'. O médio revelou ainda que foi a sua noiva, Sandra, quem o incentivou a procurar ajuda profissional para encontrar um equilíbrio emocional e melhorar o seu rendimento.

"Antes comia o que me apetecia depois dos jogos"

"Acabava os jogos e no dia seguinte ainda demorava mais dois ou três dias para me recuperar. Há fases em que tens dores mas tens de fazer todo o possível com a alimentação e suplementação para que não te aconteça”, afirmou. No Levante, já conta com uma estrutura que lhe facilita esse processo, algo que acredita ser fundamental para estar sempre preparado fisicamente. “Muitas vezes o que fazia era que, depois do jogo, comia o que me apetecia. Agora não, com 25 anos sei que preciso de comer saudável, com algo que ajude o meu corpo a estar bem”, destacou.

Além do trabalho árduo, o médio georgiano também lida com as críticas dos adeptos e da imprensa. “Claro que afeta, vês as mensagens que te enviam e dizes: 'Talvez possa ser verdade'. E durante um jogo podes ter esse pensamento: 'És um inútil'. Mas a culpa é tua por deixares que essa mensagem entre na tua cabeça”, disse. Para se proteger, aprendeu a concentrar-se apenas no que pode controlar e a não valorizar a opinião dos adeptos que desconhecem o seu trabalho todo por trás. “Ninguém mais do que eu, quer que eu esteja bem para estar a bom nível. As pessoas vêm ver o Levante por 90 minutos, mas muitos adeptos não sabem a que horas me levanto, que caminho faço para chegar ao treino, quanto tempo faço no ginásio, nas palestras, no campo... E no domingo, se o jogo não te sai bem, dizem que és muito mau”, afirmou.

"O mais difícil não é chegar ao topo, é ficar"

O jogador de 25 anos está quase há uma década a jogar em Espanha, país que considera ser a sua segunda casa e demonstra que está determinado a continuar a evoluir. "O mais difícil não é chegar a um nível alto, é manter-te lá", reconheceu. Com uma mentalidade forte e uma dedicação extrema, o reforço leonino promete chegar a Alvalade pronto para deixar a sua marca. A jogar pelo Levante esta temporada, já soma em 26 partidas disputadas 6 golos e 4 assistências. Já pela Seleção da Geórgia, o médio, destaca-se com 7 jogos, 3 golos e 1 assistência. Recordar que, além de Kochorashvili, o Sporting também oficializou outro reforço.

Nani está irritado com as performances recentes de Rafael Leão. Já retirado dos relvados, o ex-capitão do Sporting aponta o dedo à inconsistência do extremo internacional português e à falta de capacidade de assumir-se como protagonista em jogos importantes.

"Rafael Leão desaparece por vários minutos"

"Adoro o Rafael Leão. Quando representava o Sporting, por exemplo. Mas gostava de o ver mais ativo. Querer mais a bola, criar mais, envolver-se no jogo. Às vezes desaparece durante vários minutos e quando a bola lhe chega passa para trás", disse, no podcast de Rio Ferdinand - no qual aconselhou ainda que o Manchester United avance para um dos grandes craques dos leões.

Para Nani, Leão "está sempre à espera que alguma coisa aconteça, em vez de fazer algo acontecer". O antigo internacional luso explica que durante "o último jogo [da seleção]", ficou "um pouco frustrado", garantindo que o extremo do Milan "podia fazer algo tantas vezes, mas deixou os outros fazerem".

"Geovany Quenda é inacreditável"

Em comparação, o antigo capitão do Sporting realçou o trabalho incansável de Geovany Quenda: "Há um miúdo no Sporting, com 17 anos e é inacreditável. Tem energia, tem velocidade, ele pode melhorar o físico mas é muito inteligente. Muito maduro. Aquilo que não tínhamos no passado. Ele sabe jogar em equipa, quando deve parar e acelerar. Pode melhorar também no remate, ser mais consistente, mas fá-lo muito bem", terminou.

Ao serviço do Sporting, antes de rescindir contrato, após a invasão à Academia de Alcochete, Rafael Leão -  avaliado em 75 milhões de euros - realizou apenas cinco jogos, marcando dois golos. O internacional português estreou-se com a Listada verde e branca diante do Oleiros, tendo feito um dos golos do triunfo por 4-2, tendo o outro sido obtido no Estádio do Dragão.