Diz-se que o futebol vai regressar no último fim de semana de Maio, mas só no caso de a pandemia o permitir. É uma data que, segundo os entendidos, “dá abertura a todos os clubes para se preparem até lá”.

É uma data que foi lançada de acordo com a evolução da pandemia agora, não há garantia de nada, mas, pelo menos, é um começo. No meio de tudo isto também se decidiu que esta época não há mais modalidades para ninguém, talvez por serem disputadas dentro de um espaço fechado, porque se me derem qualquer outra justificação, é ridículo. De qualquer forma, é bom saber que pelo menos há decisões tomadas, porque a verdade é que até agora andámos todos na dúvida do “acaba não acaba”.

Os jogos vão ser à porta fechada, os jogadores vão ser todos testados e a equipa de arbitragem tem obrigação de controlar tudo. Claro que é bom o futebol voltar, mas no meio disto tudo acho que ainda ninguém pensou foi na vertente prática em si: Com COVID-19 temos todos de manter a distância de segurança, como é que se pode jogar futebol sem contacto físico ?

Treinos? Está visto que é possível, mas quando falamos do jogo propriamente dito ainda nem me conseguiu dar uma resposta para isto. As barreiras nos livres vão ser com um metro de distância entre jogadores ? 120M de comprimento com 23 pessoas “confinadas” aquelas quatro linhas, como é que se fazem jogadas assim ?

Como é que os jogadores vão fazer para poder tirar a bola do adversário? Se os ajuntamentos com mais de 5 pessoas estão proibidos, no futebol são pelo menos 11…. Todos nós precisamos de respostas para isto.

É muito bom que o futebol regresse, o campeonato tem de terminar, o Sporting tem de voltar a lutar pelo terceiro posto da tabela e o Amorim tem de trabalhar este plantel de forma a que ele cresça para a próxima temporada, mas temos de pensar como deve de ser em tudo isto. Vamos mudar regras? Vamos mudar a forma de mexer com o jogo?

Que se regresse sim, mas sempre com a consciência de que estamos a falar de uma pandemia e que por muito que o futebol possa ser entendido como um espectáculo, falamos de vidas humanas.