O jogo desta noite no Dragão tem contornos decisivos. Uma vitória irá catapultar a equipa, moralizar para o embate da próxima terça-feira para a Liga dos Campeões e afirmar cada vez mais este plantel. Um empate deixa tudo em aberto para o que resta do campeonato. Seis pontos são recuperáveis.

No caso de uma derrota, dificilmente os nove pontos, num campeonato tão desnivelado como o português, serão anulados.

Independentemente do desfecho da partida continuarei a acompanhar o treinador Rúben Amorim. O mérito dos resultados tem sido sobretudo dele. O percurso até aqui deverá continuar a assentar nas suas capacidades técnicas, valências desportivas, dentro e fora do campo. Recordo-me bem do desastre das duas épocas antes dele e do que tem sido desde que chegou.

Quanto ao desfecho do campeonato sou daqueles que não se contenta com o segundo lugar mas, no mínimo, o apuramento no final da época para a Liga dos Campeões é obrigatório.

Todos sabemos que participar ano após ano na Liga dos Campeões é fundamental para a consolidação financeira. Para mim, o prestígio internacional do Clube e o reforço da marca Sporting CP no futuro é ainda mais importante.

Enquanto fui dirigente o meu foco foi sempre garantir que as novas gerações escolhessem o nosso emblema e tivessem orgulho no mesmo. É com satisfação que constato que se mantém a ligação e dinâmica dos adeptos com o Clube. Apesar de estar aquém daquela que se viveu, por exemplo, em 2015/2016, verifico que ainda não se perdeu.

Há cerca de dois meses afirmei aqui no Leonino que o campeonato seria uma corrida a dois. Coloquei de parte o SL Benfica em função das más opções do seu treinador e também da inépcia do director geral para o futebol.

Entretanto o treinador Jorge Jesus foi compreensivelmente demitido e Rui Pedro Brás obviamente e justificadamente encostado. Acho que não foi ainda despedido para o erro da sua contratação não ser tão notório.

Costuma dizer-se que com o mal dos outros podemos bem mas não esquecer que em 2013 estávamos bem pior do que estão hoje os nossos rivais e conseguimos recuperar. Temos de ser capazes de crescer e melhorar nos anos vindouros.

Finalmente e relativamente à decisão da comissão de análise, constituída pela Federação Portuguesa de Futebol no final de 2017 quanto aos quatro títulos reclamados pelo Sporting CP, após uma intervenção que proferi na respectiva Assembleia Geral. Aguardo com enorme expectativa que os mesmos nos sejam formalmente atribuídos. Acredito que a decisão esteja para muito breve…

O actual Conselho Directivo tem mérito por ter insistido no tema e fez muito bem. Será uma vitória do trabalho desta e da anterior direcção e sobretudo dos sócios e atletas do passado.

Nota: não posso deixar de salientar as dez vitórias seguidas do nosso Basquetebol sobre o rival SL Benfica. Um “cabaz” e um desnível desta dimensão é pouco comum na história centenária de ambas as agremiações seja em que modalidade for.