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0Esta segunda-feira, dia 15 de maio, faz cinco anos que aconteceu a invasão à Academia do Sporting. Miguel Coutinho, advogado que representou os verdes e brancos no processo, teceu comentários sobre o mesmo.
Apesar de o profissional considerar que a Justiça acabou por ser rápida, acredita que os danos desta página da história do Clube de Alvalade nunca serão totalmente ultrapassados.
"Desde o primeiro momento, o Sporting Clube de Portugal constituiu-se assistente do Ministério Público, participando e fazendo-se ouvir em todas as fases do processo e, sem dúvida, não havia ninguém mais interessado em que a ação da Justiça prevalecesse e se fizesse sentir. E, independentemente de tudo quanto se possa dizer, julgo que um aspeto fundamental foi a decisão judicial ter sido conhecida de forma célere, para que se deixasse a mensagem de que o que se passou nunca mais deveria voltar a acontecer", começou por dizer, em declarações ao jornal Record.
No que toca às consequências financeiras dos leões, Miguel Coutinho não tem dúvidas: "Os prejuízos causados são incalculáveis, não só do ponto de vista material e financeiro como também reputacional e, ainda, muito emocional. E quanto a isso, julgo que todos estamos de acordo de que, provavelmente, o Sporting Clube de Portugal nunca será integralmente ressarcido de todos esses danos", sublinhou.
"Resumidamente, o que o tribunal entendeu foi que, para se considerar praticado um crime de terrorismo, as vítimas mais não são do que meros alvos instrumentais para se atingir o verdadeiro alvo, que é o de pôr em causa o sentimento de segurança de certas pessoas, grupos de pessoas ou da população em geral. E, no caso concreto, chegou à conclusão de que os arguidos, quando decidiram cometer os crimes pelos quais acabaram condenados, apenas tinham um alvo, que eram os jogadores e o treinador principal da equipa profissional, sobre os quais agiram, esgotando a sua intenção nisso mesmo", explicou ainda.
Quando questionado sobre o maior sucesso e a principal dificuldade que encontro neste processo, o advogado acabou por se fechar em copas: "Quanto ao que se passou em tribunal, terá mesmo de ficar em tribunal. No entanto, não posso deixar de dizer que foi para mim uma honra e um privilégio poder defender os interesses do Sporting neste processo", concluiu.