Receba, em primeira mão, as principais notícias do Leonino no seu WhatsApp!
SeguirHóquei em patins
|
0Ricardo do Carmo Oliveira, mais conhecido por Caio, representou o Sporting CP durante quatro temporadas, envergou o leão rampante mais de uma centena de vezes e marcou 58 golos. Pelos leões, conquistou uma Liga Europeia (2018/19), uma Taça Continental (2019) e um Campeonato Nacional (2017/18). Em entrevista exclusiva ao Leonino, o antigo jogador da equipa de hóquei em patins do Sporting CP faz um balanço muito positivo do período em que esteve no Clube e, apesar de não conseguir eleger o momento que guarda com mais carinho, afirma que “foram dos melhores quatro anos da minha vida”. Atualmente em Itália, ao serviço do GSH Trissino, Caio perspetiva ainda o duelo deste sábado entre leões e dragões. Leonino (L): Representaste o Sporting CP durante quatro temporadas, envergaste o leão rampante mais de uma centena de vezes, marcaste 58 golos e conquistaste diversos títulos. Qual o momento mais especial do período em que estiveste em Alvalade? Caio (C): Foram vários, felizmente (risos). É mais fácil contabilizar as alegrias pelos títulos. Para lá das conquistas, que são sempre o culminar de uma época, o que guardo destes quatro anos foi realmente o dia-a-dia que tive oportunidade de viver. Ia treinar e jogar com uma alegria incrível. Já o disse quando sai e não tenho ´vergonha´ em voltar a dizê-lo. O período em que estive no Sporting CP foram dos melhores quatro anos da minha vida. Guardo não só as recordações dos títulos, mas também de todos os momentos que passamos juntos. L: Queres deixar uma mensagem aos adeptos do Sporting CP e também aos teus antigos colegas? C: Neste momento, é pedir-lhes para terem paciência. Sei que, para os adeptos, é difícil não poder apoiar a equipa. Enquanto tive o prazer de jogar no Sporting CP, os adeptos foram incríveis. Esperar que continuem a apoiar o Clube. Aos meus antigos companheiros, queria desejar-lhes sorte e dizer-lhes para continuarem a fazer aquilo que tão bem sabem. No final de contas, a pandemia vai passar e vai tudo ficar bem: os adeptos vão voltar a encher os pavilhões e o jogo vai voltar a ser aquilo que era.
“Será um jogo decidido nos pormenores”Leonino (L): Este sábado, o Sporting CP defronta o FC Porto. Jogaste nos três grandes em Portugal. Como é viver estes grandes jogos? Caio (C): São encontros diferentes, não só pelo jogo em si, mas também pela semana que os antecede. Os treinos são diferentes. Há sempre aquele nervosismo na barriga, mas, a partir do momento em que o árbitro apita – ainda para mais sem público nas bancadas –, é mais um jogo. São jogos especiais porque se defrontam grandes equipas, com grandes jogadores e, como costumamos dizer, são jogos que gostamos de jogar. Antevejo um grande jogo. L: O Sporting CP vem de uma vitória importante, frente ao OC Barcelos, e teve um arranque de temporada mais positivo do que o FC Porto. Apesar de jogar num Pavilhão João Rocha vazio, consideras os leões favoritos? C: A ausência do público é desfavorável à equipa da casa. Neste caso, ´joga´ contra o Sporting CP. Considero um jogo de ´tripla´, até porque, nestes duelos, raramente existem favoritos. O Sporting CP vem embalado de uma senda de vitórias e, a meio da semana, teve um triunfo importante em Barcelos. O FC Porto não começou tão bem e pode tentar jogar esta cartada para dar a volta aos acontecimentos. Será um jogo decidido nos pormenores. L: Como analisas a equipa do Sporting CP? C: É uma equipa à imagem do treinador: pragmática, muito forte defensiva e fisicamente e que, no ataque, continua com grandes executantes. Tem a particularidade de ter um leque de opções mais alargado, o que permite manter uma alta intensidade durante todo o jogo.
“Mais do que estar bem agora, é importante estar bem no play-off”L: Este ano, o campeonato voltará a ser decidido nos play-offs. Achas que esse fator retira pressão às equipas nesta fase? C: O regresso aos play-offs acaba por ´permitir´ que as equipas percam pontos nesta fase porque o campeonato vai ser decidido em jogos a eliminar. Acho que é importante tentar a melhor classificação na fase de regular, até para ter o fator casa nos play-offs. Acredito que a alteração do modelo competitivo vai ser positiva para o hóquei em patins porque vai permitir que se vivam grandes emoções na fase final. Mais do que estar bem agora, é importante estar bem no play-off. L: Alguns analistas defendem que este modelo favorece as características da equipa do Sporting CP. Concordas? C: Os jogadores do Sporting CP gostam de jogar estes jogos. Digo isto porque era o que sentíamos no balneário. Nestes encontros, não chega só ter qualidade. É preciso algo mais. Talvez por isso tenhamos sempre conseguido grandes vitórias. Acho que o dragão foi o único terreno onde não conseguimos ganhar. Acredito que essa tendência se mantenha e, até agora, os resultados demonstram isso mesmo.
“Mais do que os títulos, guardo o carinho que as pessoas têm por mim”L: Atualmente, está em Itália, ao serviço GSH Trissino. Como está a correr a experiência até tendo em conta o contexto de pandemia que o mundo está a viver? C: Tem havido alguns avanços e recuos. Quando começámos a jogar, era permitido público nas bancadas, mas agora voltou a ser proibido. Tem sido uma experiência gratificante para mim. Um campeonato e uma realidade diferente. Estou a aprender coisas novas, sobretudo no aspeto tático. Para já, estou a gostar bastante. L: És um dos jogadores mais titulados do hóquei português. Sentes que sempre te foi dado esse ´crédito´? C: Acredito que sim. Para mim, era fácil resguardar-me nos títulos que conquistei até porque são números e normalmente não mentem. Mas, mais do que os títulos, o que guardo é o carinho e respeito que as pessoas – treinadores e jogadores – têm por mim. Sei que olham para mim como um exemplo, apesar de pouco ortodoxo. Joguei nos três grandes e consegui ganhar títulos em todos eles. É algo que não é muito habitual e deixa-me muito orgulhoso. Sinto que ganhei o respeito das pessoas, enquanto jogador e, acima de tudo, como pessoa.
Fotografia de Sporting CP
Atleta histórico do Clube de Alvalade não vai mais alinhar por Portugal e mereceu ovação do público presente nas bancas, em jogo de má memória
|
0Paulo Freitas, selecionador nacional de hóquei em patins, expressou sua frustração após a derrota nas meias-finais do campeonato do Mundo, após eliminação nos penáltis, diante da Espanha. "Se ontem era um sentimento de grande frustração, hoje estou mesmo zangado", disse o ex Sporting, comentando também a despedida de Ângelo Girão, titular dos leões.
O treinador destacou que a equipa não conseguiu aproveitar as oportunidades durante a partida. "Claramente podíamos ter sido uma equipa melhor dentro da pista, podíamos ter feito muito mais e devíamos ter ganho este jogo", afirmou. Paulo Freitas também mencionou a carga emocional do encontro, especialmente com a despedida de Ângelo Girão.
Girão entrou em campo com a braçadeira de capitão, e após apenas quatro segundos de jogo, Portugal colocou a bola fora e o guardião foi substituído por Xano Edo, futuro guarda-redes do Sporting. A emoção tomou conta do momento, com o histórico da modalidade a receber uma longa ovação das bancadas. Do lado italiano, Riccardo Gnata também recebeu o carinho do público, numa partida que marcou a sua despedida da seleção italiana.
Paulo Freitas manifestou desilusão pelo quarto lugar alcançado, que considera insatisfatório. "Estou desiludido com este quarto lugar, mas tenho a consciência tranquila pelo trabalho que desenvolvemos", declarou, enfatizando a necessidade de uma reflexão coletiva entre atletas e staff para compreender os erros cometidos.
O selecionador assumiu a responsabilidade pelo desempenho da equipa e afirmou: "Este era o grupo". A importância de analisar comportamentos e resultados, destacando a meritocracia como um principio fundamental no processo de seleção. Paulo Freitas concluiu com um apelo à evolução da seleção, afirmando que será crucial realizar uma análise profunda dos resultados e do comprometimento da equipa para alcançar melhores resultados em competições futuras.
Jogador que ainda brilha ao serviço do Clube de Alvalade disputou a sua última partida ao serviço de Portugal e não se conteve
|
0O campeonato do Mundo de hóquei em patins, que decorreu entre os dias 16 a 22 de setembro em Itália, foi a última prova de Ângelo Girão ao serviço da seleção nacional. O jogo contra a Itália começou com uma homenagem ao jogador do Sporting, que foi aplaudido de pé pelas centenas de adeptos que se encontravam no pavilhão. Na luta pelo terceiro lugar, Portugal perdeu 3-2 e ficou fora do pódio pela primeira vez em 17 anos.
Termina assim a passagem do guarda redes do Sporting pela seleção nacional, depois de 122 internacionalizações e da conquista do Europeu de 2016 e do Mundial de 2019. O jogador admitiu que o desfecho do jogo frente à Itália não correspondeu às suas expetativas e explicou que teve dificuldade em lidar com a pressão: "No balneário não consegui aguentar-me, o discurso do João Rodrigues também não ajudou muito e quebrei. Penso que isso também pode ter sido um fator de perturbação para a equipa. Tínhamos um jogo importante, ainda tentámos durante o jogo tudo por tudo e infelizmente não conseguimos estar na final".
Ângelo Girão, ao serviço do Sporting desde 2014, já conquistou três Ligas dos Campeões (2018/19, 2020/21 e 2023/24), duas Taças Continentais (2019/20 e 2021/22), uma Taça CERS (2014/15), dois Campeonatos Nacionais (2017/18 e 2020/21) e uma Supertaça (2015).
18 anos depois, a carreira do guarda-redes ao serviço de Portugal chega ao fim. Em entrevista ao jornal Record, o jogador explicou que houve um conjunto de fatores que motivou a sua decisão, incluindo a necessidade de tempo com a família e a idade já avançada. Girão refere também que, com a sua saída, pretende dar espaço a outros jovens com qualidade.
Girão refletiu sobre o desempenho de Portugal ao longo dos anos e disse que a seleção tem capacidades e potencial para mais, reforçando que "a culpa não pode ser sempre de fatores alheios". Numa despedida emocionada, o jogador mostrou-se orgulhoso em relação ao seu próprio percurso e afirmou que o futuro da baliza da seleção nacional está em boas mãos.
Veja aqui a despedida:
Depois de vencer o campeonato pelos verdes e brancos, craque entra no mundo do negócio
|
0Caio, antigo jogador do hóquei em patins do Sporting, é, agora, agente de atletas da modalidade. O ex-leão, em declarações ao ‘Record’, revela como entrou no mundo do negócio e iniciou a sua agência, no passado mês de outubro, a ‘Powerplay Sports Agency’. “Desde o tempo em que jogava que sentia que era preciso uma pessoa para fazer a ponte entre jogadores e clubes, não só para negociar contratos, como também para procurar melhores soluções… Depois de acabar a carreira, dado aos conhecimentos que adquiri, achava que tinha todas as condições para fazer um bom trabalho”, começou por dizer. “Fui desafiado por uma pessoa do meio que me incentivou a fazer isto. Quem? O Nuno Lopes! Eu acabei a carreira no Tomar e ele foi o meu último treinador. Como temos uma boa relação de amizade, ele foi-me desafiando para fazer uma coisa à séria”, continuou. “O hóquei é dos poucos desportos onde não existe a imagem do agente. Decidi montar a empresa e é uma forma de dar alguma coisa a este desporto. Na fase final da carreira fiz o curso de diretor-desportivo, mas apercebi-me que não ia haver nos próximos tempos uma oportunidade nesse ramo que me fascinasse. Acabou por surgir isto que me deixa ligado a este mundo”, terminou. Caio é agente de grandes nomes como Ângelo Girão, Nolito Romero e Matías Platero, do Sporting, Lucas Martínez, da Oliveirense, Jordi Mendez, do Tríssino (Itália) e o seu irmão, Poka, do Benfica. O antigo jogador dos leões terminou a carreira em 2022, aos 40 anos. Em Alvalade fez 118 jogos e marcou 61 golos. No caminho, venceu uma Liga dos Campeões, uma Taça Continental e um Campeonato Nacional.
Fotografia de Sporting