Carlos Moedas responde à revolta dos adeptos do Sporting e fala em "insegurança"

Danny Makkelie foi o homem eleito pela UEFA para apitar o encontro entre Sporting e Nápoles da próxima quarta-feira, dia 1 de outubro, a contar para a segunda jornada da fase regular da Liga dos Campeões. Esta nomeação pode não ser um bom presságio, uma vez que traz más memórias aos adeptos leoninos.

O juiz neerlandês já esteve encarregue de outros dois jogos do Clube de Alvalade na prova milionária, nos quais os leões não conseguiram vencer qualquer um deles. O primeiro destes foi um desaire por 1-0 frente ao Borussia Dortmund, a 2 de novembro de 2016. O segundo, num empate a uma bola contra o Tottenham, no dia 10 de outubro de 2022, onde a arbitragem pôde ter determinado o desfecho do encontro.

O Sporting entrou a vencer no Tottenham Stadium através de um golo de Marcus Edwards aos 22 minutos, com os londrinos a estabelecerem a igualdade no marcador aos 80, através de Rodrigo Betancur. Ficam alguma dúvidas no lance do golo da equipa da casa, uma vez que Antonio Adán parece ter sido carregado dentro da sua pequena área, mas a equipa de arbitragem decidiu por confirmar a jogada.

Danny Makkelie vai fazer-se acompanhar de de uma equipa de arbitragem formada pelos assistentes e compatriotas neerlandeses, Hessel Steegstra e Jan de Vries e o quarto árbitro Allard Lindhout. Na cabine do VAR estará o polaco Tomasz Kwiatkowski e o assistente inglês, Michael Salisbury.

Após a vitória por 1-0 no Estádio Coimbra da Mota, o Sporting volta a entrar em campo apenas na próxima quarta-feira, dia 1 de outubro, frente ao Nápoles. O encontro, a contar para a segunda jornada da Liga dos Campeões, diante da turma liderada por Antonio Conte, jogar-se-á no Estádio Diego Armando Maradona, às 20h00.

Laurindo Filho foi bastante crítico da exibição do Sporting frente ao Estoril, do último sábado, dia 27 de setembro. Apesar dos pupilos de Rui Borges terem vencido o encontro por 1-0, o especialista acredita que os leões apresentaram um futebol abaixo do nível expectável.

Laurindo Filho: "A partir do momento em que obteve o golo, o Sporting desligou completamente da ficha"

“Foi uma exibição cinzenta por parte do Sporting. Venceu porque é melhor quer do ponto de vista coletivo, como individual. Venceu também porque entrou com uma atitude competitiva um pouco melhor do que aquela que se viu a partir do momento em que se colocou em vantagem, mas a partir do momento em que obteve o golo, o Sporting desligou completamente da ficha”, disse à Bola TV.

De seguida, Laurindo Filho entrou em detalhes para explicar o seu entendimento do jogo do Sporting: “Acabou por ser uma equipa pouco competitiva sem bola, já não reagia tão rápido à perda, não conseguia pressionar tão alto. Com bola, foi sempre uma equipa que circulou a bola demasiado lenta e pouco objetiva. Quando procurava acelerar, foi sempre de forma muito pouco criteriosa e pouco inteligente”.

Laurindo Filho: "Muitos jogadores desinspirados, pouca conexão entre setores"

Em jeito de conclusão, o jornalista destacou vários dos pupilos de Rui Borges, alguns pela negativa e outros pela positiva: “Muitos jogadores desinspirados, pouca conexão entre setores. Nota-se este ano que sempre que o Pote e o Trincão não estão tão em jogo a qualidade do momento ofensivo do Sporting diminui bastante. O Morita não esteve bem, o Quenda não conseguiu apresentar irreverência e mesmo a entrada do Kochorashvili não acrescentou nada”.

“Dos jogadores que entraram, concordo realmente que o Fotis Ioannidis tem entrado bem, o Alisson tem entrado muito bem. Mas ainda assim, acredita que acabou por ser uma vitória da melhor equipa do ponto de vista coletivo e individual, que tem em Luis Suárez um jogador que consegue ajudar a resolver jogos, e quando não é a marcar é a efetuar assistências”, terminou Laurindo Filho.

O Palmeiras de Abel Ferreira perdeu, por 1-0, em casa do Bahia, em partida válida para a 25.ª jornada do Brasileirão. Depois de falhar o ataque à liderança do campeonato, o antigo jogador e treinador do Sporting deixou várias críticas ao estado do relvado adversário, que considerou "inadmissível".

Abel Ferreira: "As lesões surgem pelas condições do relvado"

"É difícil. Não estás preparado para este tipo de situações. Estamos a falar de futebol de alto nível, profissional, este relvado devia ser inadmissível. As lesões surgem pelas condições do relvado. Se forem lá fora conseguem ver que o relvado é pintado. Não consigo entender. É dar os parabéns ao Bahia. Fez um golo num lance individual, num jogo muito equilibrado mas muito difícil de ser jogado. A bola estava constantemente a saltar, é difícil jogar assim. Mas parabéns ao nosso adversário. É a nossa segunda derrota fora de casa. É um caminho difícil, longo, mas é muito difícil jogar num relvado destes. Mas aceitamos e seguimos", começou por dizer o técnico luso.

Abel Ferreira: "Não dá para criar"

No entanto, as críticas não ficaram por aí. De seguida, Abel Ferreira destacou ainda as substituições forçadas de Piqueréz e Evangelista: "Podemos arranjar todas as desculpas, podemos dizer que é do cansaço, que foi do jogador, que o treinador substituiu mal... Lamento as lesões, lamento a forma como quisemos jogar futebol num relvado destes. Não dá para criar. Tivemos as mesmas oportunidades. Acho que é triste. O Bahia tem jogadores muito bons, o Palmeiras também tem, é difícil jogar assim. Acabou por ganhar a equipa que foi mais feliz. No momento em que sofremos o golo é quando estamos mais por cima do jogo. Mas vê-se que a qualidade das ações é ruim porque a bola está sempre a saltar. Depois do golo, acabou o jogo. Parabéns ao nosso adversário. Daqui a 3 ou 4 dias estamos a jogar outra vez".

Abel Ferreira: "Sei onde estou, as regras são estas"

Quando questionado sobre o calendário nesta fase da temporada, Abel Ferreira - que recentemente se apurou para a meia-final da Libertadores - disse que ele é que acaba por ficar mal visto: "É muito duro um treinador falar de algo que não é de hoje. É bater em ponta de faca e depois quem sangra sou eu. Sei o que apanhei ao longo destes anos por querer melhorar e as pessoas entenderem a minha crítica por não gostar de estar onde estou. Não é isso, digo porque acho que há margem para melhorar. Mas se as pessoas não querem... Sei onde estou, as regras são estas. Vamos continuar a jogar de três em três dias, dois em dois dias, o que for".

"Às vezes entregar também um pouquinho à sorte, das lesões, da recuperação, porque é preciso essa pontinha de sorte. Para não apanharmos relvados como este, para não termos, como o nosso adversário, nenhuma lesão, nós tivemos duas", atirou, terminando de seguida: "Não adianta falar mais sobre o calendário, sobre o relvado. Não vai depender de mim. Muitas pessoas avisaram: 'Não faças isso, a tua imagem vai piorar.' Mas não vou deixar de ser eu. A pergunta é pertinente, mas já ma fizeram 534 vezes. Há muito espaço para melhorar, mas essas decisões não me cabem a mim".