'DOR DE CABEÇA' PARA NUNO SANTOS: ADVOGADO APONTA CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE COM ADEPTA DO SPORTING

Bernardo Ribeiro considera “paupérrimo” o futebol que o Sporting de João Pereira tem praticado nos últimos jogos. Num artigo de opinião, o diretor do jornal ‘Record’ considera que o técnico tem ficado aquém das expectativas, isto apesar da onda de lesões que tem afetado o plantel.

Bernardo Ribeiro: "Sporting de João Pereira é uma pálida imagem do que foi"

“Em Alvalade, Luz e Dragão são muitas as razões para os maus resultados. Árbitros, lesões, sobrecargas de jogos, o que aqui e ali não deixa de ser verdade, mas também era da mais elementar justiça que qualquer um dos técnicos assumisse o que todos vemos: os três grandes estão a jogar muito pouco”, começa por dizer Bernardo Ribeiro.

“Em Alvalade, a equipa de João Pereira é uma pálida imagem do que foi. E vencer o Boavista não sossegou um único adepto. Todos sabem quão débeis são os axadrezados e as fraquezas do leão foram sobejamente expostas. É confrangedora a forma medíocre como defende o Sporting. E sim, há lesões, mas isso justifica tão paupérrimo futebol?”, defende Bernardo Ribeiro.

“Na Luz, é transparente a quebra. Vencer o Vitória de aflitos, empatar com a equipa secundária do Bolonha e perder pontos em Vila das Aves com uma arbitragem simpática mostra como vão as coisas. E Lage no banco desta vez ajudou pouco”, finaliza Bernardo Ribeiro.

Desde que assumiu o comando técnico do Sporting, João Pereira leva seis encontros pelos leões, tendo vencido dois (Amarante e Boavista, da Liga Portugal Betclic) e perdido outros quatro (Arsenal, Santa Clara, Moreirense e Club Brugge).

Gonçalo Inácio está em dúvida para o Sporting – Santa Clara, agendado para a próxima quarta-feira, às 20h45, no Estádio José Alvalade. Contrariamente ao que tinha sido avançado, o defesa-central ainda não tem presença garantido no jogo dos oitavos-de-final da Taça de Portugal.

Gonçalo Inácio, lembre-se, estava escalonado para iniciar o Club Brugge – Sporting, mas um problema físico impediu o defesa-central de dar o seu contributo no jogo da Liga dos Campeões, falhando, posteriormente, o embate frente ao Boavista.

Todavia, no que diz respeito a opções para a zona central da defesa, João Pereira está bem servido, contando com Eduardo Quaresma, Ousmane Diomande, St. Juste, Zeno Debast ou Matheus Reis.

Esta temporada, com a camisola do Sporting, Gonçalo Inácio – avaliado em 45 milhões de euros – soma 20 partidas, tendo disputado 1.396 minutos, nos quais marcou três golos e fez três assistências.

Ao todo, ao serviço do Sporting, Gonçalo Inácio contabiliza 191 partidas, 18 finalizações certeiras, 11 assistências e cinco títulos conquistados: dois Campeonatos Nacionais (2020/21 e 2023/24), duas Taças da Liga (2020/21 e 2021/22) e uma Supertaça Cândido de Oliveira.

O Clube de Alvalade volta a entrar em campo na próxima quarta-feira, dia 18 de dezembro, frente aos açorianos do Santa Clara, em jogo relativo aos oitavos-de-final da Taça de Portugal. O encontro diante da turma liderada por Vasco Matos jogar-se-á às 20h45, em Alvalade.

Nuno Saraiva considera que os adeptos do Sporting que atiraram tochas para o relvado no final do encontro diante Club Brugge são “delinquentes” e não têm lugar no futebol do século XXI. Recentemente, o conhecido adepto dos leões tinha comentado a escolha de João Pereira para técnico dos verdes e brancos.

“Aquilo que se passou em Bruges e, já agora, em Famalicão é intolerável no plano cívico e social. Como é óbvio, não estou a referir-me à crise desportiva de que, apesar da vitória com o Boavista, não é líquido que o Sporting tenha deixado para trás, que essa está mais do que identificada e, quem de direito, tratará de arranjar soluções para a ultrapassar”, começa por referir Nuno Saraiva.

“Coisa diferente são os atos de vandalismo e delinquência que aconteceram após o jogo na Bélgica. Aquilo a que toda a Europa assistiu é abjeto e criminoso e exige medidas sérias e veementes para que os delinquentes sejam banidos do futebol e dos recintos desportivos”, argumenta Nuno Saraiva.

“Atirar tochas e outros artefactos pirotécnicos aos jogadores, uma que seja, é miserável e devia ser causa de expulsão da condição de Sócio de quem o faz, e de procedimento criminal movido pelas autoridades competentes”, defende Nuno Saraiva.

“Um clube em que, todos os anos desde 1996, evocamos a memória de Rui Mendes, barbaramente assassinado no Jamor com um very-light, não pode ser condescendente com gente desta que, no limite, não é muito diferente desses biltres assassinos. Aliás, as reações de Gyokeres, de Conrad Harder e do capitão Morten Hjulmand deviam constituir um alerta para todos nós”, alerta Nuno Saraiva.

“O Sporting não pode, em circunstância alguma, voltar a registar episódios como o que Rui Patrício viveu em Alvalade, ou o de engenhos pirotécnicos arremessados das bancadas ou deflagrados durante os jogos, isto para não falar de situações muito mais graves que ninguém quer voltar sequer a recordar. No futebol, como no desporto em geral, não pode haver espaço para delinquentes”, finaliza Nuno Saraiva.