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O Leonino fez as contas e chegou à conclusão de que os jogadores emprestados pelo Sporting CP têm uma utilização de apenas 55,2% do tempo disponível de jogo. Nesta lista estão incluídos 15 nomes e a verdade é que se uns jogam muitos minutos, como é o caso de Misic (82%), Palhinha (76%) ou Pedro Marques (83%), há casos em que a utilização é quase nula, nomeadamente o agora regressado Francisco Geraldes (12%), Gelson Dala (18%), que rumou a Vila do Conde no mercado de inverno, ou Bruno Gaspar (12%). Em exclusivo ao Leonino, Fernando Mendes, ex-lateral esquerdo verde e branco, e Tiago Fernandes, que no passado orientou o Sporting CP nos juniores, na equipa B e em alguns jogos da equipa principal, falaram sobre este problema e apontam o fim da equipa B e os empréstimos a ligas pouco competitivas como algumas das decisões erradas, e que já estão a ter consequências para o Clube.
Por que não Palhinha em vez de Doumbia?Para Fernando Mendes esta é uma situação “preocupante para o Clube porque os jogadores têm pouca utilização e ainda mais para os próprios porque saem do Sporting CP para clubes de menor dimensão e não têm tido capacidade para se afirmar e mostrarem que têm valor para regressar à casa mãe”. Na prática, quer dizer que quase todos os jogadores emprestados não estão preparados para regressas ao Clube a curto prazo. Sobre o critério que deve presidir ao empréstimo dos jogadores verdes e brancos, o agora comentador da CMTV entende que “têm de ser cedidos a clubes onde o ritmo competitivo seja alto e que lhes deem arcaboiço suficiente para o regresso ou para uma possível venda”. O antigo jogador do Sporting CP confessa não perceber situações do passado em que “jogadores que saíam da equipa B do Sporting CP para continuar a jogar na segunda liga ou até em campeonatos inferiores e, muitas das vezes, com o Clube a suportar a massa salarial desses jogadores. Isso não faz sentido rigorosamente nenhum”. Fernando Mendes considera estranho alguns casos de jogadores que, no seu entender, tinham lugar no atual plantel verde e branco: “Qual é a diferença de Palhinha para Doumbia? Formado no Sporting CP, tem qualidade, impôs-se no Braga e manda-se um jogador desses embora? Faz-me um pouco de confusão este tipo de decisões”. Além da situação de Matheus Pereira, que considera ter “uma qualidade tremenda”, o antigo lateral esquerdo leonino recorda também a situação da venda de Domingos Duarte, que “foi considerado uma das revelações da liga espanhola”. No lote selecionado pelo Leonino estão vários jogadores que se encontram a atuar no estrangeiro, designadamente Pedro Marques, Matheus Pereira ou Ivanildo Fernandes. Acerca desta questão, Fernando Mendes é da opinião de que “é das melhores soluções porque faz bem a estes miúdos, que estão habituados a estarem no Sporting CP e a todas as regalias que dai advém, a sair para o estrangeiro para conhecerem outra realidade. Sentem na pele o que outros passam e percebem que nem tudo é fácil”. Fim da equipa B foi decisão errada O comentador da CMTV considera que “acabar com a equipa B e ficar com os sub-23 foi dos maiores erros que o Sporting CP tomou. Os sub-23 não fazem sentido nenhum porque, na prática, aqueles miúdos andam a jogar uns contra os outros desde pequeninos”. Fernando Mendes justifica dizendo que “alguns dos melhores jogadores dos nossos rivais saíram da equipa B. O ritmo é totalmente diferente. Um miúdo com 18 ou 19 anos que vá jogar com jogadores mais experientes é totalmente diferente. A segunda liga, apesar de não ser bem jogada, é extremamente competitiva e exigente”. Tiago Fernandes é também da opinião que “ter acabado com a equipa B foi um erro muito grande, mesmo quando desceu de divisão, deveria ter ido para o Campeonato Nacional de Seniores para tentar subir novamente”. Futuro está assegurado e Daniel Bragança pode fazer parte dele Por fim, tanto Fernando Mendes como Tiago Fernandes consideram que existem jovens jogadores de qualidade nas fileiras leoninas. “Temos quatro ou cinco miúdos que têm qualidade para fazer parte deste plantel. Não tenho dúvida nenhuma disso”, frisou Fernandes Mendes. Tiago Fernandes entende que “o Sporting CP está atento aos jogadores da formação. O próprio Presidente Frederico Varandas disse agora que quer valorizar e renovou vários contratos com jogadores da formação e certamente que, no futuro, o Sporting CP terá bastantes na equipa principal”. No que concerne a Daniel Bragança e Rafael Barbosa, jogadores que já estiveram às suas ordens, o técnico português afirmou que “são dois jogadores a que o Sporting CP está atento. Neste momento, estarem numa liga bastante competitiva fá-los crescer e tem sido importante para eles jogarem com regularidade para poderem mostrar o seu valor”. Em relação à posição em que podem render mais, Tiago Fernandes defende que “depende sempre do sistema”, mas “o Daniel Bragança é um número ‘8’” e o “Rafael Barbosa pode atuar como médio criativo ou como extremo com características mais de jogo interior”. Sobre a possibilidade de Daniel Bragança integrar o plantel principal já na próxima temporada, Tiago Fernandes considera que “o Daniel deverá ser observado na próxima pré-epoca do Sporting CP e depois os responsáveis que lá estiveram na altura decidirão o que é melhor para ele”. Os 15 jogadores da lista Nesta lista estão incluídos Abdoulay Diaby (54% de tempo de jogo, Beşiktas), André Geraldes (83%, Maccabi Tel Aviv), Bruno Gaspar (14%, Olympiacos), Daniel Bragança (67%, GD Estoril Praia), Elves Baldé (33%, CD Feirense), Francisco Geraldes (12%, AEK e atualmente no Sporting CP), Gelson Dala (18%, Antalyaspor e atualmente no Rio Ave FC), Ivanildo Fernandes (28%, Trabzonspor e atualmente no Çaykur Rizespor), João Palhinha (76%, SC Braga), Josip Misic (82%, PAOK), Leonardo Ruiz (78%, Varzim SC), Lumor (62%, Mallorca), Matheus Pereira (69%, West Bromwich Albion), Pedro Marques (83%, FC Dordrecht e atualmente no Den Bosch) e Rafael Barbosa (69%, GD Estoril Praia). O Leonino optou por excluir Bruno Fernandes, Bruno Paulista, Carlos Jatobá, Diogo Alves, Edmilson Santos, Edu Pinheiro, Filipe Chaby, Gonçalo Filipe, João Queirós, João Queirós, Marco Tulio e Mauro Riquicho por se tratarem de jogadores que há muito estão fora de hipótese para o plantel principal. Abdoulay Diaby:
Fotografia de GD Estoril Praia
Comentadora desportiva crê que antigo treinador dos verdes e brancos teve dedo em situação trágica para jogador do Clube de Alvalade
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Pedro Gonçalves regressou aos relvados no Santa Clara - Sporting, cinco meses após ter saído lesionado da visita dos leões a Braga, no último jogo de Ruben Amorim pelos leões. Sofia Oliveira acredita que a origem da ausência prolongada do 'camisola 8' pode ter sido o forcing que fez para estar na despedida do técnico.
A especialista acredita ter sido "uma boa manobra de marketing de Pote", pois "se o objetivo foi angariar pessoas em volta do seu problema", o génio do Sporting conseguiu. "Em termos de comunicação faz pouco sentido deixar cair este tipo de informação sem explicar. Não é bom para o jogador nem para o Clube e cria um clima desconfortável para o treinador, que será questionado sobre isto na próxima conferência", admitiu.
"Pote forçou para estar presente no último jogo de Ruben Amorim"
Para a comentadora, a situação "abre leque a muitas especulações e não fez o mínimo sentido". Pote não deveria ter "largado aquela informação sem estar concluída" e, recordando as palavras de Rúben Amorim no final do encontro com o Braga, Sofia Oliveira lembra que o técnico admitiu que o jogador "estava um bocadinho chateado", dando a entender que o avançado "forçou o seu índice físico para estar presente no último jogo" do treinador ao serviço do Sporting.
"Eventualmente, isso correu mal", explica. "Não sei se terá alguma coisa a ver com isto (mistério de Pote), mas, recuando ao que vimos e que ouvimos, poderá ter algo a ver com o facto de querer estar presente no último jogo de Ruben Amorim e de, se calhar, ter sido aconselhado a não estar".
Esta temporada, com a camisola do Sporting, Pedro Gonçalves – avaliado em 32 milhões de euros – leva 13 encontros disputados: nove na Liga Portugal Betclic, três na Liga dos Campeões e um na Supertaça Cândido de Oliveira. Nos 887 minutos disputados, o internacional português marcou cinco golos e fez seis assistências.
Confira as palavras de Sofia Oliveira:
Especialista mostra irrequietação quanto a situação de jogador dos verdes e brancos e aponta dedo a decisão do atleta do Clube de Alvalade
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Bruno Andrade está muito irritado com a situação de Pedro Gonçalves. Regressado aos relvados após cinco meses de ausência, o avançado do Sporting garantiu que, se possível, explicará tudo o que se passou durante o período em que esteve afastado. O especialista acredita que a decisão do jogador não foi a melhor.
"Nada me causa mais confusão do que alguém admitir que vai dizer algo e depois não diz. Promete uma coisa e fica à espera. Quando fala que foi um erro dele, não justificando, deixa que se torne interpretação e especulação. Enquanto não vier a público explicar, porque os jornais, televisões e comentadores vão buscar (justificação) e talvez todos consigam uma versão", explicou, na CNN.
"Até se saber a resposta, Varandas e Pote estão em xeque"
"Mas até o Pote falar, é especulação", afirma o especialista, garantindo que, até o 'camisola 8' dos leões admitir o que o levou a perder vários meses de competição, "a resposta não está dada" e, desta forma, "a Unidade de Performance do Sporting, as palavras do Varandas e Pote continuam em xeque".
"Pote pode não dizer a verdade"
"E quando ele falar, vai ser a verdade dele. Nada garante que será a verdade absoluta", atirou, dando a entender que o internacional português poderá contar uma versão da história com algumas alterações. "Já que prometeu que ia dizer, então largue logo a bomba e depois resolva a situação", reiterou.
Esta temporada, com a camisola do Sporting, Pedro Gonçalves – avaliado em 32 milhões de euros – leva 13 encontros disputados: nove na Liga Portugal Betclic, três na Liga dos Campeões e um na Supertaça Cândido de Oliveira. Nos 887 minutos disputados, o internacional português marcou cinco golos e fez seis assistências.
Confira as palavras de Bruno Andrade:
Especialista garante que treinador dos leões adaptou-se ao que conseguia face às limitações da temporada, mas há situações difíceis de explicar
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Tomás da Cunha reconhece, de forma inevitável, o brilhante início de época do Sporting. No entanto, o especialista admite não entender as decisões tomadas ao longo da temporada, principalmente na falta de investimento em janeiro, visto que Biel "não conta" para Rui Borges e causa até alguma incerteza no especialista.
"O Sporting começou a temporada como uma das melhores equipas portuguesas do século, em números e futebol jogado. Defendia o título e procurava um histórico bicampeonato. Distanciou-se logo dos rivais, impressionou na Europa e atingiu um estado de comunhão quase irrepetível entre adeptos, jogadores e treinador. Amorim saiu de forma totalmente inesperada, embora Varandas tivesse dito que a possibilidade era conhecida e que havia um sucessor preparado. Desde então, as dúvidas instalaram-se", escreveu, no jornal Expresso.
"Houve resistência para perceber que João Pereira não tinha condições"
O comentador é perentório e garante que "João Pereira não tinha condições para dar continuidade ao projeto e cedo se percebeu que a rejeição do plantel não lhe permitia vida longa, por mais que o presidente leonino sonhasse em tirar um coelho da cartola". "Houve resistência para assumir o óbvio, mas não comprometeu a temporada", apontou.
"Nem o antigo treinador da equipa B nem Rui Borges puderam contar com Pedro Gonçalves, presente – talvez indevidamente – na despedida de Amorim, em Braga. Para além da infelicidade de certas lesões, a gestão física de elementos nucleares deixou os verdes e brancos constantemente debilitados ou em sobrecarga. Rui Borges tem razões de queixa, nesse sentido. A luta pelo título faz-se de forma desigual, no que diz respeito à profundidade de opções. Depois da mudança que trouxe de Guimarães, partindo do 4-3-3, decidiu regressar ao sistema 'Amorim' para recolocar o plantel na zona de conforto", prosseguiu.
"Ninguém pode acusar Rui Borges de intransigência"
No entanto, apesar da escolha acertada em voltar ao sistema que tanto sucesso trouxe ao Clube de Alvalade, com as "ausências prolongadas de João Simões e Bragança (Morita condicionado), não havia forma de dar continuidade à ideia de base", afirma Tomás da Cunha, recordando que o Rui Borges "puxou Debast para o meio campo", mas "entre o belga, Hjulmand, Alexandre Brito, Felicíssimo e Arreiol não existe quem pise zonas adiantadas e ofereça soluções criativas". Ainda assim, "a adaptação tática justifica-se e ninguém poderá acusar o treinador do Sporting de intransigência".
Tomás da Cunha garante que "os jogos demonstram que nem sequer falta capacidade estratégica" a Rui Borges, com o técnico "preparando a equipa para atacar os pontos fracos do adversário". Todavia, "o Sporting, neste momento, não tem um coletivo formatado para prolongar os ataques e procura proteger-se, utilizando a linha direta para o sueco" e "Harder ficou sem espaço", visto que "não dá para abdicar" do 'camisola 9' e "jogando longe da baliza, as limitações técnicas do dinamarquês atrapalham".
"Biel, suposto substituto de Pedro Gonçalves, não conta sequer. Ou falhou a escolha do médio brasileiro, que ainda não vimos em ação, ou falhou o enquadramento na ideia do treinador. O mesmo aconteceria com Edwards, que faz da técnica e da condução em espaços curtos os pontos fortes. Numa equipa que recua para o próprio meio campo em quase todas as segundas partes, a exigência é outra. O Sporting fez um esforço para manter as principais figuras do título e atacar o bicampeonato, só que não acrescentou qualidade nem profundidade em janeiro, quando já existiam motivos de alarme. Ficou com um plantel curto e cansado. Pode chegar ao objetivo, até porque só depende de si, mas deixou demasiadas coisas nas mãos do destino", terminou.