Silas estava satisfeito com as mudanças para a segunda parte, e com o que isto trouxe ao jogo.

“Foi uma exibição em crescendo, na primeira parte não estivemos ao nível exigível, também devido ao adversário. A equipa do Portimonense esteve muito bem com bola, principalmente na primeira parte, mas depois mudamos e conseguimos assumir o jogo. Fizemos quatro remates na primeira parte e 16 na segunda. Não estávamos a tirar partido desta linha de três e por isso tivemos de trocar”, analisou, antes de explicar o que precisam ainda de melhorar na tática com três centrais.

“Falta olear algumas coisas, mas já vêm de trás. Desde que chegamos aqui sempre que mudamos um bocadinho o sistema eles sentem mais dificuldades. Não temos uma pré-temporada para a testar. Quando não funciona temos de alterar, como aconteceu neste jogo. Existe alguma insegurança a tudo o que são coisas novas. Não queremos ser uma equipa previsível”.

Sobre a subida ao terceiro lugar, o treinador disse que a ideia é manter e tentar ainda melhorar mais.

“O próximo jogo é muito difícil e ainda falta muito campeonato. Temos de pensar em ganhá-los para podermos manter esta posição e tentar subir a uma das duas acima. Quando cheguei o Sporting CP estava em nono e agora está no terceiro posto”, comentou.

Silas também falou sobre o apoio vindo das bancadas, dizendo que é normal os apupos quando a equipa não está a jogar bem.

“Não acho que tenha havido falta de apoio, muito pelo contrário. Quando a equipa começou a jogar bem o apoio apareceu. Sentimos apoio dos nossos adeptos. Quando jogamos bem, eles apoiam, quando jogamos mal eles não apoiam, é normal em qualquer lado. Não acho que afete nada os jogadores, porque jogamos melhor na segunda. Estou no futebol desde os 10 anos e fiz 31 como jogador. Se eu ou os jogadores sabemos que podemos ser criticados, se não o quisermos ser então não podemos estar aqui, vamos para o futebol de bairro. Mesmo com esta pressão existiam milhões de pessoas que gostariam de estar nos nossos lugares, somos privilegiados”, disse.

O treinador leonino falou, ainda, sobre Mathieu e Bolasie.

“Vocês viram o jogo que o Jérémy estava a fazer, se não puder jogar não joga. Ele pediu para sair porque estava com dores no tendão de aquiles. Viram o golo que ele marcou, mas se não puder jogar temos de encontrar uma solução. Sobre o Bolasie, eu gostava de poder levar mais gente para o banco, mas não posso. Ele não foi convocado, mas pode ser no próximo. Não temos de olhar para a sua ausência de nenhuma maneira especial, contamos com ele”.