Franco Israel pode ter os dias contados no Sporting e a culpa é de…

Diogo Luís defende que, se Ruben Amorim não tem saído do Sporting, os leões já teriam uma vantagem maior na Liga Portugal Betclic. Na opinião do comentador, Rui Borges já conseguiu colocar os jogadores mais perto do seu valor, mas ainda longo do que era conseguido com o agora treinador do Manchester United.

Diogo Luís: "Saída de Ruben Amorim expôs as fragilidades de uma estrutura que estava dependente do seu treinador"

“A saída de Ruben Amorim expôs as fragilidades de uma estrutura que estava dependente do seu treinador. Acredito que se Ruben Amorim tivesse ficado, ao dia de hoje, o Sporting já estaria com uma vantagem pontual muito confortável para revalidar o título”, começou por referir Diogo Luís, num artigo de opinião no jornal ‘A Bola’.

Diogo Luís justifica esta posição com a qualidade do futebol que os leões de Rúben Amorim praticavam: “Baseio esta opinião em factos. O Sporting jogava um futebol atrativo, aglutinador e intenso. Não dava hipóteses aos adversários. A pressão sobre os rivais era enorme, porque estes percebiam que tinham poucas hipóteses de contrariar a onda verde que estava instalada”.

Diogo Luís: "Frederico Varandas deu um passo atrás e trocou de treinador"

“Com a saída do jovem técnico para Inglaterra o campeonato ficou mais equilibrado. Ao apostar em João Pereira sem uma lógica ou racional aparentes, Frederico Varandas deu oxigénio aos rivais e reabriu a luta pelo título. Percebendo o seu erro, o presidente leonino deu um passo atrás e trocou de treinador”, argumenta Diogo Luís, analisando posteriormente o trabalho de Rui Borges.

“Com Rui Borges já vemos os jogadores mais perto do seu valor. Ainda não é uma equipa equilibrada, sobretudo nas transições defensivas. Rui Borges teve o mérito de recuperar os jogadores animicamente e de voltar a fazer acreditar a nação Sportinguista. Os reforços Morita, Bragança e Pote serão um trunfo importante para o treinador leonino”, finalizou Diogo Luís.

Martim Fernandes é baixa certa do lado do Porto para a receção ao Sporting, em jogo a contar para a 21.ª jornada da Liga Portugal Betclic. No dia da apresentação de Martín Anselmi como novo técnico dos dragões, o argentino recebeu esta péssima notícia.

Para lá de Martim Fernandes, que saiu lesionado no embate frente ao Santa Clara – que terminou empatado a uma bola, Martín Anselmi ainda não sabe se vai poder contar com Samu para o embate diante do Sporting, dado que o avançado do Porto pode vir a ser castigado pelos incidentes em Barcelos.

Porém, nem tudo são boas notícias para o Sporting de Rui Borges. É que, ao que tudo indica, o técnico dos leões não deve contar com Pote e a presença de Hidemasa Morita no clássico é um grande ponto de interrogação, sendo certa a ausência do internacional nipónico nos próximos dois jogos.

No clássico da temporada anterior realizado no Estádio do Dragão, o Sporting até esteve a perder por 2-0, mas, nos últimos minutos, o então conjunto de Rúben Amorim conseguiu empatar a contenda e somar um importante ponto, que haveria de ser decisivo na conquista do Campeonato Nacional.

Com 19 jornadas disputadas, o Sporting é líder da Liga Portugal Betclic, somando 47 pontos (15 vitórias, dois empates e duas derrotas). O Benfica e o Porto dividem o segundo lugar, com 41 pontos (13 triunfos, dois empates e quatro desaires). A turma de Rui Borges é, de longe, o melhor ataque (53 golos) e a melhor defesa, juntamente com os encarnados (14 tentos sofridos).

Tiago Teixeira considera que as arbitragens desempenharam um papel essencial no insucesso da equipa técnica liderada por João Pereira no Sporting. Em entrevista ao jornal ‘Record’, o treinador lembrou os vários casos que foram prejudiciais ao Clube de Alvalade, nomeadamente diante do Santa Clara, Gil Vicente e Brugge.

Tiago Teixeira: "Alguns dos árbitros até acabaram por ser penalizados"

“Não tivemos sorte [com a arbitragem], digamos assim. Alguns dos árbitros até acabaram por ser penalizados”, começou por referir Tiago Teixeira, onde também deixou uma bicada a Rúben Amorim, antigo técnico do Sporting, pela falta de profundidade do plantel verde e branco, nomeadamente nos corredores e no meio-campo.

“Do jogo com o Santa Clara, sim. Tivemos dois penáltis que não foram assinalados. No outro jogo da Taça contra o Santa Clara [Hélder Malheiro], mais dois penáltis que não foram assinalados. No jogo contra o Gil Vicente [André Narciso], o árbitro apitou antes de a bola entrar para assinalar penálti [depois revertido]. No jogo com o Brugge, uma agressão sobre o Eduardo Quaresma [Tzolis, 43’], que o árbitro [Anthony Taylor] vê e dá amarelo. São situações que acontecem e nós não nos podemos agarrar só a isso, porque sabemos que não foi apenas isso que condicionou os resultados”, recordou Tiago Teixeira, antigo treinador-adjunto de João Pereira no Sporting.

Tiago Teixeira: "Parece que todas as bolas que iam à nossa baliza ou eram golo ou eram situações claras de golo"

Todavia, Tiago Teixeira reconhece que não foram apenas as arbitragens que ditaram o insucesso no Sporting: “Houve jogos em que simplesmente falhámos na eficácia. Criámos muitas oportunidades, como aconteceu contra Boavista, e mesmo assim acabámos por ganhar. Noutros jogos não criámos tanto, mas fizemos o suficiente para ganhar”.

“Sentíamos que quando a bola passava o meio-campo ou quando a linha defensiva era exposta ficávamos perante uma situação de golo iminente. E isto não se explica. Parece que todas as bolas que iam à nossa baliza ou eram golo ou eram situações claras de golo. E foi isso que aconteceu. Nós estávamos a criar situações de golo, não estávamos a conseguir concretizar. E de cada vez que os adversários se aproximavam da nossa baliza era sempre uma situação de perigo”, finalizou Tiago Teixeira, recordando a passagem pelo Sporting.