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Futebol
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Rui Borges chegou ao Sporting em dezembro de 2024, contratado ao Vitória de Guimarães, e guiou a equipa verde e branca à conquista do bicampeonato. Luís Freitas Lobo, comentador desportivo, enalteceu a evolução do treinador dos verdes e brancos e elogiou as opções táticas que o técnico tomou, tudo isto num artigo de opinião publicado no jornal O Jogo.
“Rui Borges está no oposto da vocação comunicacional de Ruben Amorim. A postura, o sotaque, o trajeto, sem sorriso charmoso e sem berço de grandes clubes. Antes um percurso que saiu de trás dos montes do mais futebol profundo, o que se joga e cresce em divisões secundárias, cheias de pó, até que um dia surge um atalho para outro mundo”, começa por referir Luís Freitas Lobo.
De seguida, o especialista destaca as mudanças táticas promovidas por Rui Borges: “Começou por mudar o sistema (de 3x4x1x2 para 4x4x2) e dinâmicas de jogo. Ganhou, nesse arranque, com essa marca de rutura. A linha de “3” desaparecia e surgia a clássica de “4”, mais três médios em vez de dois. Quando, porém, essa ideia começou a encravar em certos pontos do jogo em que tentava ativar um “modo de gestão” (as tais segundas partes em que o bloco recuava demais e não atacava da mesma forma) percebeu que resgatar a memória acumulada do passado recente para juntar à sua seria a mescla ideal”.
Luís Freitas Lobo realçou, ainda, o impacto dos problemas físicos de vários jogadores na estratégia de Rui Borges - que foi muito elogiado por Frederico Varandas: “As circunstâncias (lesões de tantos médios) também condicionaram a decisão. Foi o momento tático da época. Resgatou os três centrais e o 3x4x2x1, estabilizou o jogo da equipa, posicionamento do bloco e visão das linhas desde trás a construir mesmo quando mais recuadas”.
A terminar, Luís Freitas Lobo elogia também a resposta de Rui Borges ao momento menos positivo do goleador da equipa leonina: “Gyokeres teve um ciclo em que mostrou menos os dentes e o ataque ressentiu-se, mas a capacidade de, nessa fase, sem o 'homem-golo que resolve', a equipa já ter outra capacidade tática (muita vinda do ‘chip tático’ de início de época) foi decisiva para segurar-se em muitos jogos. Foi a vitória dum treinador na capacidade de ajustar-se à realidade. Sem mudar a sua personalidade e estilo, trazer esse sotaque de outro futebol à grande cidade e conquistá-la com a simplicidade dum corte de Hjulmand ou um remate de Gyokeres”.
Treinador que está à frente dos encarnados continua com sérias dúvidas antes do dérbi que vai decidir a conquista da Taça de Portugal
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Depois de um domingo de folga, o Benfica voltou na última segunda-feira, 19 de maio, aos treinos no Seixal, já com foco total na preparação para o último e decisivo desafio da época: a final da Taça de Portugal, agendada para o próximo sábado, dia 25, frente ao rival Sporting. Rui Borges, no entanto, poderá vir a ter uma ótima notícia.
Bruno Lage, timoneiro da equipa encarnada, continua sem saber se poderá contar com Fredrik Aursnes. O médio norueguês encontra-se a recuperar de uma lesão muscular na coxa direita, contraída recentemente, e permanece em dúvida para o embate no Estádio Nacional.
A ausência do médio foi notada na última jornada do Campeonato Nacional, frente ao Braga, partida que terminou empatada a uma bola e que selou a classificação final do campeonato. Aursnes lesionou-se na preparação para este encontro e acabou por ficar de fora do mesmo.
Vale notar que o Benfica volta a treinar esta terça-feira, dia 20, às 17h00, no Estádio Nacional, o mesmo palco onde se disputará a final. Os primeiros 15 minutos da sessão estarão abertos à comunicação social, como habitual em vésperas de compromissos oficiais, e o estado físico de Aursnes deverá ser abordado.
Benfica e Sporting têm encontro marcado no próximo domingo, a partir das 17h15, com a equipa verde e branca ansiosa por somar o Campeonato Nacional à Taça de Portugal. Rui Borges, no entanto também conta com algumas incertezas em relação ao onze, dados os problemas físicos recentes de dois jogadores.
Selecionador nacional apresentou, esta terça-feira, a lista de 27 convocados para a participação de Portugal na Liga das Nações, na Alemanha
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Pedro Gonçalves é um dos quatro jogadores do Sporting que integram a lista de 27 jogadores convocados por Roberto Martínez para a participação de Portugal na 'final four' da Liga das Nações de futebol, que vai decorrer em junho, na Alemanha, com o selecionador nacional a justificar, ainda na conferência de imprensa, esta decisão.
"Todos os jogadores merecem estar na seleção, é um momento importante", começou por frisar o técnico espanhol que, de seguida, se focou no caso de Pedro Gonçalves: "Teve uma época difícil por causa da lesão. Entrou na equipa num momento exigente, está a crescer muito e já fez 90 minutos".
Ainda sobre o atleta do Sporting, Martínez acrescentou: "O que fez no último estágio em que esteve presente fez coisas boas e a sua experiência será importante para a final four". Também questionado sobre o facto de este ser, possivelmente, o pior momento de forma de Pote, o selecionador respondeu à defesa.
"É-se preso por ter cão e por não ter cão. O Pote é um jogador importante, não é de agora. Tem muita competição e o adversário, a forma como se joga, tudo importa. Os jogos na Alemanha são necessários jogadores com experiência e o Pote trabalhou muito e fez um bom desempenho", completou.
Por fim, Martínez comparou a convocatória de Pedro Gonçalves às de João Félix e João Palhinha: "Fizeram poucos minutos nos clubes, mas são muito importantes na forma de jogar da seleção e foram muito importantes para chegar até a esta fase da competição".
Jogador uruguaio faz balanço positivo sobre a temporada ao serviço dos leões e revela detalhes que ainda não tinha partilhado
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O título conquistado pelo Sporting ainda está bem fresco na memória dos adeptos, mas para Maxi Araújo, a emoção é ainda maior. O ala uruguaio, peça importante no esquema dos leões, abriu o coração em entrevista ao programa 100% Deporte, da Radio Sport 890, e revelou o quanto sofreu e trabalhou para chegar ao tão desejado momento de glória.
Maxi Araújo: "Toda a época foi difícil. Perdemos muitos jogadores importantes"
O uruguaio foi claro quanto à diferença do futebol português em relação ao que estava habituado: "Joguei quase todo o campeonato numa linha de cinco, às vezes de quatro e cheguei a ser extremo. No princípio custou-me entender que aqui joga-se mais em bloco e não tanto em busca do espaço".
"Toda a época foi difícil. Perdemos muitos jogadores importantes, estivemos muitos pontos à frente do Benfica, passaram-nos, voltámos a estar frente, empataram-nos, passaram-nos de novo... Fomos ao campo deles e empatámos e tivemos um jogo em casa que se ganhássemos dava nos o título. Dependíamos de nós e foi o mais bonito", contou, ainda, com alguma emoção presente.
Maxi também fez questão de destacar o desejo coletivo do grupo leonino em alcançar o bicampeonato: "O Clube queria muito o bicampeonato e eu o meu primeiro título. É muito especial. Esta é uma Liga muito difícil, competitiva. Estou feliz". A sinceridade das palavras do jogador espelha o espírito de sacrifício que percorreu o balneário verde e branco ao longo da época.
Mas a caminhada pessoal de Maxi Araújo dentro do Clube, também não foi fácil. "Vim para o Sporting mais preparado (do que quando foi para o México) e estando na seleção vinha com outra mentalidade. Felizmente encontrei o meu espaço, comecei a jogar muito e aproveitei as oportunidades", afirmou, revelando que o esforço e a adaptação foram essenciais para garantir um lugar entre os titulares. Recorde aqui, as declarações do jogador de 25 anos, após a conquista do 25º título nacional do Sporting.