Bruno Mascarenhas
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11 Dez 2022 | 20:00

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Bruno Mascarenhas

A INGRATIDÃO PAGA-SE CARA!

O escândalo que envolveu o contrato de prestação de serviços entre a Federação Portuguesa de Futebol e o seu técnico principal merecia uma demissão sumária deste último

Finda a participação da Selecção nacional sénior de futebol no Campeonato do Mundo do Qatar, quero dar finalmente a minha opinião sobre os vários aspectos que envolveram a competição.


Desde logo a questão política e fiscal. O escândalo que envolveu o contrato de prestação de serviços entre a Federação Portuguesa de Futebol e o seu técnico principal merecia uma demissão sumária deste último. Escrevi sobre isto em Julho e ninguém do poder político quis saber que Fernando Santos utilizou um esquema fraudulento para fugir aos impostos.

Recordo-me quando António Costa e Mário Centeno se sentavam ao lado de LuÍs Filipe Vieira na Tribuna do Estádio da Luz e do clima de impunidade que existia na altura.


Agora, Fernando Gomes e Fernando Santos obtiveram a cobertura das mais altas figuras do Estado e isso é vergonhoso, manchando as instituições envolvidas.

Acontece que Fernando Santos e Fernando Gomes estão ambos amarrados um ao outro na fuga ao fisco. Já houve julgamento e condenação. O desplante com que na conferência de imprensa Fernando Santos afirma que não faz parte do léxico dele a palavra demissão só é possível por ter do outro lado alguém que, se bem me lembro, assinava facturas do apito dourado…


A mudança de ciclo não é apenas para Fernando Santos, mas também para Fernando Gomes que permitiu um escalar de uma situação inaceitável num Estado moderno e democrático. É ou não verdade que a Federação recebe apoios do Estado Central? Esse dinheiro dos impostos dos portugueses é para que a Federação funcione bem e com regras ou para permitir mais uma chapelada?

É certo que vivemos num regime fiscal absolutamente avassalador, mas não estamos a falar do comum cidadão massacrado para pagar cerca de 78% do seu rendimento bruto em impostos directos e indirectos. Estamos a falar de alguém que acumulou dezenas de milhões de euros em remunerações.

Quanto às opções técnicas do treinador, constatei no Europeu de 2016 e também na Liga das Nações de 2019 que foi Cristiano Ronaldo, pela sua liderança e extraordinária presença, que nos levou aos títulos. Quer através dos seus golos e assistências, mas também nas escolhas que fez dos seus companheiros para as decisões nos penalties. Lembram-se do jogo contra a Polónia? O medíocre Fernando Santos estava encolhido de medo e foi Ronaldo que nos levou às vitórias.

Para os “pseudo-comentadores” que ousaram criticar o extraordinário exemplo de tenacidade, espírito de conquista, brilhantismo e o maior ícone de Portugal, Cristiano Ronaldo, tenho só a dizer o seguinte:

- As receitas da Federação Portuguesa de Futebol são neste momento superiores a 100 milhões de euros. O último orçamento aprovado assim o demonstra. Ao longo de mais de uma década foi Ronaldo, através da sua presença que atraiu os mega contratos publicitários para o futebol português. Foi ele, enquanto melhor jogador do Mundo, que garantiu o sucesso desportivo que alavancou os prémios de performance que recebemos das grandes competições internacionais. Estas verbas astronómicas serviram para pagar os ordenados principescos dos directores federativos, de equipas técnicas, apoios às associações distritais, a Cidade do Futebol, o Canal 11 e sobretudo os planos de formação de tantos e tantos jogadores que por via das seleções jovens estão hoje na equipa A de Portugal.

A imagem de Cristiano Ronaldo como um jogador absolutamente galáctico e símbolo de Portugal não podia ter sido beliscada absolutamente por ninguém. É um atleta que com 37 anos tem mais rendimento desportivo que qualquer outro na selecção. Aquilo que Fernando Santos, uma personagem cinzenta carregada de tiques e Fernando Gomes, completamente comprometido, fizeram, é atentatório. Só a mesquinhez de um treinador sem categoria parece ter permitido escolher outros jogadores por via de ordens de terceiros.

A ingratidão paga-se caro e aos dois Fernandos desejo que a Justiça divina e a Justiça dos homens os julguem e rapidamente. A comunicação da Federação vai tentar abafar tudo isto, mas agora não vão conseguir. Cristiano Ronaldo é muito maior do que eles todos juntos.

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