Grandes, mas inevitáveis novidades…
Troca no comando técnico nesta fase iria seguramente desfocar a equipa e também aqui, no meu entender, os interesses do Clube estão a ser salvaguardados
28 Set 2020 | 10:27
0O tempo tratou de demonstrar quem é que pretendia ganhar dinheiro à conta do Sporting Clube de Portugal.
(Em dia de votação, pelo que ele diz, um dos adeptos mais ofensivos nas redes sociais e do qual se diz receber uma avença paga com o dinheiro das nossas quotas para esse efeito, terá levado uns amassos, ainda assim muito inferiores aos que ele promete reiteradamente atrás do teclado. Sou contra qualquer espécie de violência, principalmente física. Ideias discutem-se com ideias e a ausência delas com resultados. Tinha uma dívida de gratidão por, há mais de um ano, ter ido defender um amigo meu que estava em vias de ser agredido no estádio, mas rapidamente ele tratou de afastar qualquer sentimento melhor com o chorrilho de insultos que, à semelhança do que sucedeu a tantos outros, me dirigiu. Não obstante os alvos terem mudado, continuo completamente contrária à contratação de empresas ditas de comunicação para fazerem campanhas negras contra os associados críticos. Sejam eles quais forem. O tempo tratou de demonstrar quem é que pretendia ganhar dinheiro à conta do Sporting Clube de Portugal. Desta história, retiro duas coisas. A primeira, de menor importância, é que, quem muito ameaça, às vezes vê concretizado aquilo que ele próprio escreve, em especial quando dá o primeiro soco. A segunda é que esta história deu muito jeito para se deslocar o foco do que sucedeu sábado passado. É certo que dos fracos não reza a história. Dos Francos – e felizmente – também não.) O Sporting Clube de Portugal ganhou, com dois golos, um dos quais clara consequência de uma arbitragem que não foi hostil, contra uma equipa que não costuma facilitar. Esta é a boa notícia. Já na véspera, Frederico Varandas perdeu uma votação que, mais do que ter efeitos imediatos e directos, tem um valor simbólico. Podemos dizer o que quisermos. Podemos tentar condicionar as pessoas seja pelas ameaças explícitas de alarves avençados, seja pelas mais implícitas de tipos engravatados em lugares de poder. O que não podemos negar, mesmo que se tente reescrever a história, é que os resultados foram aqueles. Rapidamente, a narrativa passou a ser a de que a explicação para a derrota assentava na fraca participação dos sócios. Para que se perceba, o Relatório e Contas de 2018-2019 foi aprovado por 596 votantes contra 756, correspondendo a 3953 votos a favor e 3496 contra. Já o Relatório e Contas de 2019-2020 foi reprovado por um total de 2998, dos quais 2262 votaram contra e que representam 75,45%, correspondendo a 9903 votos. Com uma estranha variação no número de votos, uma vez que desapareceram cem votantes entre um e outro, idêntica sorte mereceu o orçamento para a próxima época. Dito de outra forma e ao contrário da cantilena oficial que, procurando explicar a derrota pela falta de participação, já prega pelo voto electrónico, votaram mais sócios nesta soit-disant assembleia geral do que na anterior, em relação à qual não se ouviram os mesmos lamentos. Por seu turno, independentemente da falta de consequências jurídicas, já que os Estatutos são omissos a este título, parece óbvio que a Direcção não pode deixar de encarar o que aconteceu como um cartão laranja-tinto. Para os que apresentaram como trunfo eleitoral um “mago das finanças”, isto é, e nas palavras de Varandas um Vice Presidente de um banco em Madrid, é altura de repensar a estratégia[1] [2]. Vistas as coisas agora, é um fraco resultado para um fraco currículo. Desde logo, não sendo completamente verdade que à Mesa da Assembleia Geral não compete fazer política ou extrair ilações, a verdade é que os moldes em que esta assembleia decorreu não pode ter deixado de contribuir para este resultado. Qualquer cidadão minimamente informado tem dificuldade em perceber que se possa aprovar algo sem o poder discutir, reconhecendo eu que a maior parte das intervenções radica em meros exercícios de vaidade pessoal, provindos de pessoas que não pretendem esclarecimento algum e também não têm qualquer aptidão para informar seja o que for. Contudo, há princípios de que se não pode prescindir sob pena de nos transvestirmos em algo completamente diverso e que não é alterado pela circunstância de se ter feito uma rábula com pretensas perguntas que ninguém terá feito e cujas respostas ninguém leu. A covid 19 permite muitas desculpas mas, se defendemos os sócios de volta ao estádio, não podemos ignorar que a dita discussão podia ser feita ali mesmo, ao ar livre. Um segundo chumbo do Relatório e Contas, para além da vergonha que pelos vistos o primeiro não fez sentir e independentemente da componente jurídica que julgo inexistente, significará um caminho sem retorno. Não tanto para Varandas, que o trilhou desde o início, julgando estar acima de todos e não percebendo que não se podem abrir as guerras todas ao mesmo tempo, principalmente com aqueles que estão dentro de casa. Essencialmente para o sportinguista normal que, não estando em guerra permanente, sabe que a arrogância tem um preço. No passado como no presente. Para os que têm memória e não andam a soldo, há tiques que se (re)conhecem. [1] Como se noticiou na altura, ainda antes de apresentar a composição da sua lista, Frederico Varandas apresentou o nome de Francisco Salgado Zenha, “vice-presidente de um grande banco internacional em Madrid”, para a área financeira. [2] Para os que tenham curiosidade na designação das carreiras na área da banca de investimento, aconselho vivamente a leitura do artigo disponível em https://www.investopedia.com/articles/professionals/102915/hierarchy-investment-bank.asp. Concretamente, “a vice president is the most junior of the senior bankers and, as far as clients and higher-ups are concerned, carries the first legitimate title”. Ainda mais especificamente quanto às designações dos cargos no específico banco de onde provém Zenha, https://news.efinancialcareers.com/uk-en/216277/what-exactly-is-an-assistant-vice-president-at-barclays-investment-bank. Ou seja, o que para eles é um Vice Presidente para nós não passa de um analista sénior. Esclarecidos quanto ao verdadeiro papel de Zenha, fica a dúvida se a confusão foi gerada de propósito para nos baralhar ou por mera ignorância. Em qualquer dos casos, é mau.
A autora escreve de acordo com a antiga ortografia.
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Saída de Rúben Amorim do Sporting? Frederico Varandas tem culpas no cartório
Consequências da renovação em novembro de 2022 revelaram-se catastróficas para o Clube de Alvalade, com o técnico a abandonar os verdes e brancos
CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DO SPORTING, FREDERICO VARANDAS!
Nem está tudo bem quando se ganha, nem tudo mal quando se perde! Chega de lutas de egos, chega de falar do passado e casos mal resolvidos, chega do eu em vez do nós.
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02 Nov 2024 | 17:40
0Saída de Rúben Amorim do Sporting? Frederico Varandas tem culpas no cartório
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30 Out 2024 | 14:26
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19 Jul 2024 | 15:49
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