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09 Nov 2020 | 10:54
Sobre conversas de alianças, sejamos claros: Clubes grandes não se aliam a ninguém!
Numa deslocação, tradicionalmente difícil a Guimarães, o Sporting superou o desafio. Contra uma equipa minhota que tentou sempre jogar futebol, tendo inclusive mais posse de bola que nós, o Sporting foi eficaz nos momentos chave do jogo. Expoente disso mesmo foi a obtenção do 2º golo no final da primeira parte, contra a corrente de jogo, desferindo um rude golpe ao Vitoria Sport Clube. O golpe de misericórdia no jogo veio logo nos primeiros dez minutos da segunda parte, simbolizando que a entrega dos três pontos estava decidida. No entanto, convém não embandeirar em arco com os 0-4 obtidos. A equipa de Ruben Amorim desempenha bem contra adversários que jogam o jogo pelo jogo, como foi o caso, no sábado passado. Sabemos bem que, no campeonato português, são as equipas do “autocarro” que complicam normalmente a vida ao Sporting, contando muitas vezes com a conivência da equipa de arbitragem. Hugo Miguel demonstrou porque não é um árbitro com os quais os Sportinguistas tenham muitas razões de queixa ao realizar uma arbitragem regular. Assim, com esta vitória o Sporting mantém a liderança, agora com 4 pontos de vantagem, graças à derrota, ontem, do rival da 2ª circular. Da semana que passou fica também a intervenção, em tom de aviso, do presidente do conselho fiscal encarnado (1), de que se tratou de um erro Miguel Braga ter negado qualquer aliança com os encarnados (2). Convenhamos que, neste momento, existem causas transversais nas atividades desportivas, nomeadamente com a asfixia que o Governo está a promover aos clubes de futebol, ao contrário do que fez com Formula 1, eventos religiosos e partidários, que deveriam manter os grandes Clubes portugueses unidos, na defesa dos seus interesses, pois o COVID-19 é para todos. No entanto, a afirmação teve mais alcance pois, a talhe de foice, aproveitou para afirmar que esta estava a ser a posição institucional do Sporting. Sobre conversas de alianças, sejamos claros: Clubes grandes não se aliam a ninguém! São forças independentes que vivem per si, brotando uma forma de estar que é incompatível com alianças. Sim, de vez em quando pode haver entendimentos tácitos mas nada mais que isso. Veremos pois que desenvolvimentos esta troca de mensagens públicas irá originar no equilíbrio “geoestratégico” do futebol e, em espectro mais largo, do desporto português. Por falar em geoestratégia, as eleições presidenciais americanas prenderam a atenção de muitos portugueses, quer nos meios convencionais, quer nas redes sociais, durante vários dias. O espaço Sportinguista não foi exceção. É curioso fazermos um paralelismo com a própria realidade do Sporting. A ideia de vários estados com peso diferente, no colégio eleitoral, tem alguma adesão. De facto, poderíamos ver os Cinquentenários como uma “Califórnia”, com os seus 55 votos, um grupo Stromp como um “Texas” com os seus 39 votos e assim, sucessivamente, para outros grupos/tendências do Sporting. Dai, tal como nos EUA, é importante para um candidato á presidência do Sporting começar por valorar o peso eleitoral de cada “estado”. Amplamente noticiado em 2017, na imprensa internacional inclusive (3), até se disse que o Sporting teve o seu Trump, aumentando assim a aderência da comparação. Afirmações de que existiram fraudes e esquemas para vencer eleições é também algo que não é estranho aos Sportinguistas. Tudo é limpo para quem ganha e tudo é fraudulento para quem perde. Depende do lado da barricada em que, momentaneamente, nos encontremos. Um comportamento bipolar observado que, como a maioria de nós concorda, dificulta a vida daquele país, num mundo competitivo com outros países a ambicionarem ultrapassar o estatuto americano. Assim, confesso o meu espanto com o comportamento diametral que muitos sportinguistas, que conheço pessoalmente, manifestaram nos comentários, por oposição à sua conduta no Sporting. Dado que tento sempre manter uma mentalidade aberta, procurando ver as várias perspetivas sobre um tema, mesmo que por vezes antagónicas, esperava outra coerência de raciocínio. Tal como os EUA, também o Sporting é um “país de contrastes”!
Diretor Leonino
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