
Um pedaço de ouro no caminho das pedras do Sporting
Se há coisa que a vida nos ensina é que o que parece certo, adquirido, rapidamente se transforma num cenário diametralmente oposto.
13 Abr 2020 | 10:10
Questão ainda mais profunda: Como justificar que faz sentido adquirir Gamebox para 20/21?
Ontem, celebrámos, cada família à sua maneira, o Domingo de Páscoa. Dadas as circunstâncias excecionais em que vivemos, verificámos que aquilo que tínhamos por garantido afinal não o é. Foi vivido de forma mais especial. Através das ferramentas de comunicação disponíveis, encurtámos distâncias, enviámos aquele beijo, aquele abraço aos que nos são queridos, aos que nos querem bem. Em tempos de resiliência a um inimigo invisível e ardiloso, temos a oportunidade de valorizar aquilo que é verdadeiramente importante e essencial na nossa vida: a nossa família e os nossos amigos.
Finalmente, veio a público que o Sporting acordou um corte salarial, na ordem dos 40%, com o seu plantel de futebol¹. É com regozijo, visto que há 3 semanas vinha alertando para esta necessidade de reajustamento, inevitável, que verifico a sua concretização, mesmo sem um acordo generalizado entre a Liga e Sindicato de Jogadores. Fica agora por definir, no que diz respeito a funcionários e empresas subcontratadas, quais as condições e critérios de restrições, comunicando-as, publicamente, de forma clara. A cultura de responsabilidade tem de ser partilhada e, atendendo às circunstâncias, uma nota de apreço pela posição da Administração da SAD em, ela própria, cortar os seus vencimentos na ordem dos 50%². Com esta bitola, que o Sporting acaba por definir, veremos que reduções irão fazer os nossos rivais, que, ao invés da medíocre época realizada pelo Sporting, se encontram na luta pelo título, ou melhor, pela conquista do acesso aos milhões da Champions League. Terão eles temor que o rendimento desportivo dos jogadores, caso a competição seja retomada, seja inversamente proporcional aos cortes, ou procederão, sem melindres, aos ajustamentos mais que necessários?
No que respeita ao tema do reatar das competições, há também questões para pensar e resolver, caso os jogos ocorram. Os jogos terão público a assistir? Se não, como ressarcir os detentores de bilhete de época? Poderão os clubes, em conjunto com as operadoras, providenciar a visualização aos referidos detentores? Questão ainda mais profunda: como justificar que faz sentido adquirir Gamebox para 20/21? Os preços praticados esta época deixarão de fazer sentido, quer pelas performances dececionantes, quer pelo risco, no próximo ano, de um confinamento que estará ao virar da esquina devido a uma eventual segunda vaga de Covid-19.
E nas modalidades, que tanto os Sportinguistas prezam, quais as medidas que estão a ser adotadas? Como e em que condições, dado ser recinto fechado, poderemos ir ao Pavilhão João Rocha? Como irão, dadas as mesmas premissas de risco, ou se poderão, adaptar à realidade que agora vivemos? São estas as interrogações críticas que urgem definir, numa lógica de “business continuity” aplicada à indústria do desporto, na qual o Sporting se insere.
1 - https://leonino.pt/jogadores-com-corte-salarial-de-40/
2 - https://leonino.pt/administradores-da-sad-reduzem-salario-para-metade/
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