As obrigações são para cumprir, é certo, mas se não são cumpridas, existem locais e instituições próprias para dirimir as contendas e não passam pela praça pública.

Esta semana o Sporting CP recebeu um ultimato por parte do Braga, onde o mesmo exige o pagamento em falta relativamente a Rúben Amorim, dando uma data e hora limite para o cumprimento da obrigação assumida (LER AQUI). Quanto ao cumprimento ou falta dele, já anteriormente me debrucei sobre o assunto (LER AQUI), dizendo que não é um comportamento digno de uma instituição como o Sporting CP, refugiando-se em desculpas de mau pagador. Mas daí até estarmos passivamente a receber “ameaças” de clubes que se tentam meter em bicos de pés para ocuparem lugares que não lhes pertencem por, desportivamente (que é o que realmente interessa) ainda não terem dado as provas necessárias para alcançar certos patamares, vai uma grande diferença. E ainda que se diga, legitimamente, que o Sporting CP “pôs-se a jeito” com a actuação e comportamento da Direcção, não se justifica a forma como o SC Braga, publicamente, tenta prejudicar ainda mais a imagem do Sporting CP. As obrigações são para cumprir, é certo, mas se não são cumpridas, existem locais e instituições próprias para dirimir as contendas e não passam pela praça pública. Espero que a Direcção do Sporting CP perceba, com mais esta mancha na reputação do clube, que manter relações com o SC Braga não nos favorece, não nos beneficia e que nunca podemos ter um clube que em nada é parecido connosco (a não ser no nome) como bitola para nivelar a nossa posição. Se o SC Braga não se deve tentar elevar a um estatuto que não tem, nós também não nos devemos curvar ao patamar deles, historicamente muito distante de nós (até porque para curvar, só para beijar o leão da camisola). Assim, espero que o cumprimento das obrigações a que o clube se comprometeu - e não o acatar de um ultimato -, seja o último acto desta Direcção, no que a relações com o SC Braga diz respeito.

A autora escreve de acordo com a antiga ortografia.