Rival na Liga dos Campeões deixa aviso: "Queremos pontuar já contra o Sporting"

Joaquim Evangelista mostrou desagrado em relação à situação vivida por Jeremiah St. Juste no Sporting. Depois de negar várias propostas de transferências durante o mercado de transferências, o central foi relegado para a equipa B e a sua situação apenas deverá ficar resolvida na janela de inverno.

Joaquim Evangelista: "St. Juste? Devia reservar o direito a decidir o seu futuro e a cumprir o contrato de trabalho que celebrou"

“Treinar à parte, despromover um jogador a uma equipa secundária ou dispensá-lo, impedindo-o de treinar, são atos lícitos quando prosseguem uma intenção do clube em prescindir, antecipadamente, dos serviços do jogador? Obviamente que não”, afirmou o presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SPJF) ao jornal Record.

Apesar de compreender a posição do Sporting, Joaquim Evangelista acredita que St. Juste e qualquer outro jogador deveria ter um dizer em relação ao seu futuro: “Compreende-se que um clube, na sua gestão desportiva, queira prescindir dos serviços de um jogador, ou que deseje muito realizar uma transferência financeiramente vantajosa, o que não pode acontecer é fazê-lo à custa da vontade do jogador, que devia reservar o direito a decidir o seu futuro e a cumprir o contrato de trabalho que celebrou”.

Joaquim Evangelista: "São precisas soluções fora deste círculo vicioso"

“O problema não está no quadro legal, mas nos meios de reação que passam pela necessidade de interpelar a entidade empregadora para pôr fim às condutas que se consideram ilícitas e, reunida a prova e tornando-se insustentável a manutenção do vínculo laboral, decidir avançar pela rescisão unilateral, com justa causa”, acrescentou o presidente do SPJF sobre a situação do neerlandês.

Em jeito de conclusão, Joaquim Evangelista defende a criação de uma nova solução para resolver situações como a que Jeremiah St. Juste vive, neste momento, no Sporting: “São precisas soluções fora deste círculo vicioso, existindo experiências noutros países como a constituição de um órgão com representantes de jogadores, clubes e Liga, para apreciar denúncias deste tipo e decidir pela reposição das condições laborais do jogador, sob pena da aplicação de sanções desportivas”.

Maxi Araújo contraiu uma lesão no início da temporada 2025/26, e o grande beneficiado tem sido, até ao momento, Ricardo Mangas. O lateral-esquerdo que o Sporting contratou ao Spartak Moscovo este verão deve cumprir mais um objetivo de carreira devido à indisponibilidade do uruguaio: alinhar num encontro da Liga dos Campeões.

Mangas é um homem de confiança de Rui Borges, e chegou para ser alternativa a Maxi Araújo na ala esquerda da defesa leonina, e para dar profundidade ao plantel verde e branco. Mas uma lesão muscular do jogador uruguaio alterou os planos do treinador leonino.

Rui Borges viu-se obrigado a lançar Ricardo Mangas de início, até porque Nuno Santos continua lesionado e Matheus Reis no limbo entre a permanência ou a saída ainda esta temporada. O lateral-esquerdo correspondeu da melhor forma, com golos e assistências, e assumiu-se como dono do lugar, pelo menos até ao retorno de Maxi Araújo.

Ora, esse regresso não está para demorar, sendo que foi o próprio Maxi Araújo a explicar que já estaria autorizado para jogar cerca de 30 minutos no próximo jogo do Sporting, frente ao Famalicão. No entanto, tal deve significar que será Ricardo Mangas, de novo, a merecer a titularidade de Rui Borges na equipa do Sporting.

O mesmo serve para o jogo seguinte, frente ao Kairat Almaty, a contar para a primeira jornada da fase liga da Liga dos Campeões. Sem Maxi disponível para jogar os 90 minutos, deverá ser Ricardo Mangas a jogar de inico - o cumprir de um sonho, de verde e branco, na prova milionária - sendo que o internacional pelo Uruguai poderá saltar do banco de suplentes durante o decorrer do encontro.

Jeremiah St. Juste já decidiu que vai esperar pela janela de transferências de inverno para tentar desbloquear a sua situação no Sporting. O defesa-central neerlandês vê uma saída para a Alemanha com bons olhos, mas vai ter de esperar pelo início de 2026, depois de não ter conseguido concretizar a movimentação no verão.

Quem avança com a informação é o jornal A Bola. Depois de ver passar o término da janela de transferências sem chegar a acordo para deixar o Sporting, St. Juste vive uma situação desconfortável no Clube de Alvalade, ao ter sido despromovido à equipa B verde e branca, devido ao que, explicado por Frederico Varandas, é um excesso de defesas-centrais no plantel de Rui Borges.

O neerlandês ficou com algumas opções no mercado, nomeadamente a Turquia, Arábia Saudita ou outro campeonato do médio oriente, mas continua a recusar estas opções, preferindo continuar a treinar na equipa B do Sporting a mudar-se para uma liga em que não tenha interesse. Igualmente, não chegaram propostas válidas aos leões depois do fecho da janela de transferências na Europa.

No entanto, há uma possibilidade que ganha força, e que faria com que St. Juste não terminasse a época no Sporting: a ida para a Alemanha já em janeiro. O defesa-central continua a contar com mercado na Bundesliga, como se viu na última janela de transferências de verão, e aprova uma mudança para esse campeonato que conhece bem, dos dias em que jogou no Mainz.

Jeremiah St. Juste vai ser pai ainda este mês, outro dos fatores para estar pouco recetivo a uma mudança radical na sua vida nesta altura, nomeadamente para cenários que desconhece por completo. Em janeiro, numa altura mais estável, o defesa-central poderá estar disposto a aceitar uma proposta para deixar Alvalade, mesmo a seis meses de se tornar jogador livre.