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Efemérides
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A escolha dos Sócios recaiu em Sousa Cintra, fundamentalmente, porque era uma figura que, apesar de desconhecida, tinha um currículo com sucesso. Foram necessários apenas seis dias de campanha para o empresário vencer a corrida. Neste curto período, o antigo presidente dos leões conseguiu provar que tinha uma grande fortuna e estava disposto a resolver a dívida do Sporting, que era estimada em 2,5 milhões de contos.
A presidência de Jorge Gonçalves, o antecessor de Sousa Cintra, foi curta, mas ficou marcada por grandes mudanças e bastante agitação. Ele chegou ao cargo com o apoio de muitos Sportinguistas que queriam ver o Clube a voltar ao topo, numa altura em que os rivais estavam a atravessar uma grande fase. O presidente, eleito em 1988, foi visto como uma lufada de ar fresco, mas a verdade é que as coisas não correram nada bem.
Ao tentar romper com antigas estruturas e afastar-se das figuras mais tradicionais do Clube, Jorge Gonçalves criou uma divisão interna difícil de resolver. A aposta numa equipa forte esbarrou nos problemas financeiros, e quando o projeto começou a falhar, o antigo pilar ficou praticamente sozinho. Faltou apoio nos momentos mais complicados, o que acabou por fragilizar ainda mais a direção do Sporting.
As dificuldades ficaram evidentes numa assembleia geral muito tensa em outubro de 1988, que teve de ser interrompida devido a confrontos entre Sócios. Só meses depois se conseguiu retomar essa reunião, onde foram aprovadas mudanças importantes nos estatutos, embora a instabilidade continuasse. O ambiente no Clube verde e branco tornava-se cada vez mais difícil de gerir.
Com as contas a apertar e várias demissões a acontecer, o conselho fiscal acabou por sair, levantando sérias dúvidas sobre a gestão. O próprio Presidente da Assembleia Geral já considerava o projeto falhado e deu início ao processo para novas eleições. Apesar de tudo, Jorge Gonçalves ainda tentou resistir, mas a 16 de maio de 1989 toda a direção demitiu-se, ficando apenas para assegurar questões diárias do Clube até ao novo ato eleitoral, marcado para 23 de junho.
Sousa Cintra, após ter vencido as eleições, tomou posse no dia 1 de julho de 1989 e até acabou por ser reeleito em 1991 e 1993. Com isto, foram seis anos que ficaram marcados por um estilo popular e muito diferente daquilo que tinha sido visto nos dirigentes do Sporting até então, algo que entra em concordância com as suas raízes, que nada tinham a ver com a habitual linha aristocrática do Clube. Após o ataque à Academia, em 2018, o antigo Presidente dos leões assumiu, provisoriamente, a liderança do Clube, sendo que Frederico Varandas haveria de lhe suceder.
Confira os resultados das eleições de 1989 do Sporting:
Direção:
Mesa da Assembleia Geral:
Conselho Fiscal e Disciplinar:
Espaço responsável por formar estrelas de nível mundial foi inaugurado há mais de duas décadas pelo conjunto verde e branco
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No dia 21 de junho de 2002, o Clube de Alvalade inaugurou a Academia Sporting, um projeto histórico – que sofreu um ataque em 2018. Na altura, este era um dos centros de treinos mais modernos da Europa. Está situado no meio de uma mata de sobreiros, o que sente positivo por ser um sítio tranquilo e ideal para a prática desportiva. O recinto já formou craques como Cristiano Ronaldo, que deu nome ao espaço mais tarde.
Apesar da Academia ter sido inaugurada em 2002, os primeiros treinos em Alcochete só foram realizados no dia 22 de janeiro de 2003, depois da temporada já ter iniciado. Inicialmente, foram as equipas Juniores e B que ocuparam o espaço, mas progressivamente foram entrando outras camadas jovens. O escalão principal só começou a treinar em abril.
Nesta altura, a Academia Sporting tinha cinco campos de futebol com relva natural (110x70 metros), um sintético (90x70 metros) e um recinto coberto, também ele sintético (60x40 metros). O principal tinha capacidade para mil espectadores. O espaço de formação dispunha de um centro médico, dois amplos e modernos ginásios, com tanques de hidromassagem, banho turco e balneários.
A Academia Sporting contava ainda, à época, com um tanque de hidroterapia, utilizado como piscina de lazer e um campo polidesportivo ao ar livre. O edifício central tinha 11 mil metros quadrados de área coberta, com 91 quartos totalmente equipados e com varanda, 18 dos quais duplos e disponíveis para alugar. Ainda existem dois refeitórios, salas de estar equipadas com jogos, cozinha e rouparia.
Para além disso, o edifício central estava dotado de um auditório com 70 lugares. O complexo Sportinguista dispõe também das salas de conferência e de imprensa com as funcionalidades adequadas à modernidade. O espaço da Academia conta com áreas de estacionamento e garagem em condições para acolher alguns autocarros.
A Academia, situada em Alcochete, formou alguns jogadores de renome a nível global. De lá, já saíram nomes como Cristiano Ronaldo, João Moutinho, Nani, Miguel Veloso, Rui Patrício, Daniel Carriço, Adrien Silva e William Carvalho, entre outros craques que hoje andam espalhados a brilhar pelo mundo fora.
Em 2010, a Academia leonina conseguiu algo inédito, tornando-se a primeira na Europa a receber o certificado de qualidade ISO9001:2008, atribuído pela EIC (Empresa Internacional de Certificação e Reconhecimento do Modelo de Excelência, da European Foundation for Quality Management). Em 2020, o centro de treinos passou a chamar-se Academia Cristiano Ronaldo.
Grupo em questão tem sido um dos grandes ícones que representa uma parte significativa dos sócios do conjunto verde e branco
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No dia 18 de junho de 1969 foi fundado, pelo antigo presidente do Sporting, Almirante Joel Pascoal, o grupo Os Cinquentenários. Este agrupamento integrou uma parte do universo sócio desportivo, que defendia o Sportinguismo de um modo quase que incontestável.
Para integrar este grupo, as regras são muito simples. Os candidatos são obrigados a apresentarem-se com uma credencial única com mais de meio século de associativismo continuado no conjunto verde e branca. Com estas regras, os integrantes provam que o amor pelo Clube já é algo mais prolongado.
Os convívios do grupo têm diversos objetivos. Primeiramente, pretende elevar o seu nome e a projeção, tentando ajudar e conseguir a indispensável união entre todos os Sportinguistas, no sentido da não existência de fações que, pela sua dispersão ou desentendimentos, possam causar qualquer tipo de prejuízo ao conjunto de Alvalade.
Ainda ajudam a promover algumas homenagens de apreço e de agradecimento, pela forma considerada mais conveniente. Estes tributos que são feitos de forma pessoal ou coletivamente, fazendo ou não parte da família leonina, prestem ao Clube serviços que o grupo considere dignos de distinção especial.
O último dos objetivos pretende acompanhar, com particular atenção, as atividades das secções que ainda são amadoras no Clube. O grupo Os Cinquentenários tem como patrono Jorge Gomes Vieira, escolhido dentro de um grupo de nomes prestigiados propostos pelos associados. Já foram realizados 302 almoços e, no final de cada encontro, é costume entoar o hino Menelik.
Caricata figura que representa o conjunto verde e branco tornou-se numa das grandes figuras de Alvalade durante a última década
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A mascote do Sporting nem sempre foi a mesma. No dia 19 de junho de 2011, o conjunto de Alvalade realizou o primeiro ‘Dia do Jubas’, que marcou o início da atual mascote leonina - que esteve presente no último dia da criança, uma das marcas que mais aproxima os Sócios do Clube verde e branco, pelo qual são tão apaixonados.
O Sporting lançou um concurso para criar a mascote em maio de 2003. Esta prova fez parte do projeto ‘S3G - Sporting 3.ª geração’, que tinha como objetivo modernizar o Clube, principalmente no que tocava à sua marca e símbolos. Desta forma, a ‘personagem’ que vencesse devia representar todos os valores dos Sportinguistas.
O vencedor do concurso ia ser anunciado a 1 de julho de 2003, no entanto, só acabou por ficar decidido em dezembro do ano seguinte. Foi assim que nasceu o Jubas, a mascote oficial do Sporting, que não só representa ‘modernidade, força e determinação’, como também é um símbolo de ‘esforço, dedicação, devoção e glória’.
Apesar de todo o entusiasmo em modernizar o Clube, o projeto ficou parado até 2010, quando finalmente, voltou com tudo. No dia 25 de novembro desse ano, foi feito um casting para decidir quem ia dar vida ao Jubas. Assim, a mascote do Sporting só se estreou em 2011.
Desde então, o Jubas tem provado ter sido uma das melhores apostas do Sporting nos últimos anos. A mascote é uma presença constante nos jogos da equipa principal dos leões, para além de todos os eventos. Faz, ainda, visitas a inúmeras escolas primárias e jardins de infância, com o objetivo de expandir a imagem leonina.
No dia 19 de junho de 2011, o Clube de Alvalade deu palco ao primeiro grande momento da mascote. O ‘Dia do Jubas’ levou milhares de pessoas à casa do Sporting, que assistiram a um grande espetáculo, repleto de insufláveis e outras atividades próprias para crianças.
O Jubas tornou-se rapidamente numa das grandes marcas do Clube, principalmente entre os pequenos leões, que compraram desde roupa a material escolar, bonecos e DVDs com a cara da mascote. Este símbolo do Sporting também já teve momentos caricatos, como uma multa de 479 euros por ter ‘invadido’ uma flash interview, em 2018, depois dos verdes e brancos terem vencido o Marítimo por 2-0.