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O Sporting deslocou-se a Antuérpia, na Bélgica, e venceu a equipa do MTK, por 1-0, vencendo aquele que seria o seu primeiro troféu europeu de futebol do Clube de Alvalade, a Taça das Taças. Neste jogo, disputado no dia 15 de maio de 1964, o marcador do único golo da partida foi João Morais (19’).
Nesta final que para sempre ficou na memória dos Sportinguistas, o treinador leonino Anselmo Fernandez lançou em campo Carvalho, Pedro Gomes, José Carlos, Alexandre Baptista, Osvaldo Silva, José Pérides, Fernando Mendes, Figueiredo, João Morais, Mascarenhas e Géo Carvalho. Isto numa altura em que os jogadores suplentes não eram utilizados.
Até à final, o Sporting teve um percurso onde sempre defrontou equipas da nata do futebol europeu, logo a começar pela Atalanta, na primeira eliminatória. A formação italiana era uma séria candidata à conquista da competição e comprovou-o, ao vencer os leões por 2-0 na primeira mão. Chegando à segunda, o Clube de Alvalade sabia que tinha de correr atrás do prejuízo e assim o fez, ao vencer a equipa de Bérgamo, por 3-1. Com a igualdade a três na eliminatória, foi feita uma partida de desempate em terreno neutro, que os comandados de Anselmo Fernandez venceram novamente por 3-1, após prolongamento.
Na segunda ronda houve lugar para um jogo que valeu recorde. O Sporting defrontou a equipa do Apoel Nicósia, em partida que terminou por 16-1, aquela que é, até hoje, a maior goleada de sempre em competições UEFA. Nem seria necessária a realização do jogo da segunda mão, mas, ainda assim, o Sporting venceu por 2-0, deixando os cipriotas pelo caminho.
Os quartos-de-final foram, provavelmente, a prova mais difícil para o Sporting. Os leões teriam de enfrentar o poderoso Manchester United, com figuras como George Best, Bobby Charlton ou Dennis Law e, em Old Trafford, Anselmo Fernandez e companhia saíram derrotados por 4-0. O Clube de Alvalade não desistiu e mostrou a fibra de que é feito quando recebeu os red devils em sua casa, aplicando-lhes uma reviravolta tremenda de 5-0.
O Sporting estava a um pequeno passo da final, mas para isso teriam de ultrapassar, ainda, a equipa do Lyon. A primeira mão terminou com um nulo no marcador e a segunda com nova igualdade, desta vez a um golo. Com a eliminatória empatada, foi necessária a realização de um jogo de desempate em terreno neutro, que os leões venceram por 1-0, alcançando assim a partida da decisão da Taça das Taças.
Chegando à final da prova, o Sporting tinha uma baixa importante: Hilário, o maior totalista de jogos pelo Clube, sofreu uma fratura na tíbia e não pôde dar o seu contributo ao jogo. O adversário foram os húngaros do MTK, num jogo terminou com 3-3 no marcador, em que o avançado Mascarenhas conseguiu salvar o empate muito perto do final da partida.
Com a igualdade na final, foi necessária a realização de uma finalíssima, que foi marcada por um momento que qualquer Adepto do Sporting fala, até mesmo os que ainda não existiam em 1964. Foi comunicado a João Morais que ele jogaria este encontro na posição de extremo, ao invés de defesa, ao que o jogador acedeu com uma condição: caso houvessem cantos, queria ser ele a bater, para tentar marcar um golo olímpico. E foi isso que fez quando, aos 19 minutos, Morais coloca a bola junto à bandeirola, enviando o esférico para dentro da baliza e surpreendendo o guarda-redes do MTK, que ficou completamente batido.
Aqui surgia o famoso ‘Cantinho do Morais’, o golo que fez o 1-0 da finalíssima que sagrou o Sporting como o campeão europeu da Taça dos Vencedores das Taças de 1963/64, deixando em delírio a nação Sportinguista, que correu as ruas de Lisboa para celebrar este feito.
Veja, abaixo, o golo que deu a Taça das Taças ao Sporting:
Com grande hegemonia na partida decisiva, Clube de Alvalade pode comemorar troféu que nunca foi visto antes no seu palmarés
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O Sporting encontrou a Académica de Coimbra para disputar a final do Campeonato de Portugal, no dia 24 de junho de 1923. Os leões saíram vencedores do confronto e, desta forma, ergueram o seu primeiro troféu na história da competição. Os responsáveis pelos golos do triunfo foram Francisco Stromp (12’) - fundador do Clube de Alvalade - e Joaquim Ferreira (18’ e 53’).
Augusto Sabbo, técnico germânico dos leões, avançou para campo com Cipriano dos Santos, José Leandro, Jorge Vieira, Joaquim Ferreira, Filipe dos Santos, Henrique Portela, Francisco Stromp, Carlos Fernandes, Torres Pereira, Jaime Gonçalves e João Maia. Já o conjunto adversário, alinhou com João Ferreira, Prudêcio, Ribeiro da Costa, Joaquim Miguel, Teófilo Esquível, António Galante, Gil Vicente, José Neto, Armando Batalha, Guedes Pinto e Augusto Pais.
O jogo começou e meia hora foi o tempo suficiente para o Sporting conseguir fazer os primeiros estragos na defesa da Académica. Francisco Stromp, capitão e um dos fundadores dos leões, aos 12’, chegou ao 1-0 na partida com um remate muito potente, após receber um centro de Carlos Fernandes, que estava no lado esquerdo do campo.
O segundo remate certeiro da partida surgiu seis minutos depois do primeiro, aos 18’. Agora, o responsável foi Joaquim Ferreira, craque dos leões responsável por marcar as grandes penalidades, converteu a primeira que teve com sucesso depois de um defesa do conjunto adversário ter colocado a mão na bola.
Com isto, o Sporting foi para o intervalo com uma vantagem de 2-0, que resultava de um futebol muito ofensivo. A segunda parte começou e a tendência do jogo não mudou, o conjunto verde e branco continuou por cima na partida, com uma assinalável exibição de Francisco Stromp.
Infelizmente, o craque teve de sair depois de um choque com o adversário e, até à metade do segundo tempo, o Sporting ficou a jogar apenas com 10, mas isto não impediu os verdes e brancos de marcarem mais um golo.
O 3-0 aconteceu aos 53’, novamente com Joaquim Ferreira a converter uma grande penalidade. Foi assim que a partida terminou e os leões, com grande hegemonia na competição, festejaram e levaram o primeiro título do Campeonato de Portugal para o seu palmarés.
Equipa verde e branca alcançou a prova rainha depois de erguer o Campeonato Nacional, para delírio dos vários adeptos leoninos
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Na viragem do milénio, o andebol leonino viveu uma das suas temporadas mais memoráveis. Depois de quebrar um jejum de 15 anos na época e recuperar o título de Campeão Nacional, o Sporting encerrou a época 2000/01 com chave de ouro ao levantar a Taça de Portugal, selando assim uma notável dobradinha, a quarta da sua história.
Sob a orientação do técnico José Tomaz, os leões enfrentaram uma Taça de Portugal exigente, disputada em eliminatórias a uma mão, num percurso que começou ainda com o Campeonato Nacional em curso. Para chegar à final, o Sporting ultrapassou o Madeira SAD, o Vitória de Setúbal e o Ginásio do Sul.
O derradeiro desafio colocava frente a frente duas equipas já bem conhecidas: Sporting e Porto, que se haviam defrontado semanas antes na final do campeonato, também aí com vitória dos lisboetas. No entanto, a final da Taça revelou-se ainda mais dramática.
O jogo começou com o Porto a entrar mais forte, construindo uma vantagem de 5-1 que parecia prometer um desfecho diferente. Mas o Sporting respondeu com raça e concentração, encurtando distâncias até alcançar o empate a 24 golos, já nos últimos cinco minutos de jogo.
Foi então, a apenas 40 segundos do fim, que Ricardo Andorinho escreveu o capítulo fina, ao converter com frieza um livre de sete metros que valeu a vitória por 25-24 e selou o nono troféu da Taça de Portugal para o emblema de Alvalade.
A época, que já era histórica com o regresso ao título nacional (o 17.º em 49 edições da prova), foi elevada a um novo patamar com este segundo troféu. A primeira fase do campeonato terminou com o Sporting no topo da classificação e a reintrodução do formato de play-off na segunda fase não impediu os leões de confirmarem a sua superioridade.
Além do sucesso interno, os verde e brancos também mostraram ambição nas competições europeias. A participação na Taça EHF foi marcada por uma campanha sólida, que evidenciou a crescente maturidade do grupo. A par disso, a exigente pré-temporada da equipa incluiu presença em três torneios distintos: São Mateus (4.º lugar), Tavira (2.º lugar) e Caminha (1.º lugar), sinais claros da preparação cuidada que antecedeu os triunfos.
Equipa verde e branca juntou a prova rainha ao Campeonato Nacional, para delírio dos adeptos, que assistiram ao triunfo sobre o maior rival
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A temporada 2005/06 ficou marcada por invencibilidade, domínio tático e conquistas inéditas da equipa de futsal do Sporting, que celebrou o seu primeiro título de Campeão Nacional no formato de play-off, isto apenas na segunda edição em que este modelo foi adotado, e que ainda celebrou na final da Taça de Portugal, sobre o Benfica.
A caminhada rumo ao título começou com uma primeira fase irrepreensível: 14 equipas em prova, todas contra todas, e o Sporting - que este ano pode chegar ao pentacampeonato - a destacar-se desde cedo ao completar essa etapa sem qualquer derrota.
Esse embalo manteve-se nos momentos decisivos. Já no play-off, onde se apuravam os oito melhores, os leões consentiram apenas uma derrota e fecharam a final em dois jogos com uma autoridade que não deixou margem para dúvidas.
A 24 de junho, depois de um triunfo por 2-3 em casa do Benfica, o Sporting recebeu os encarnados para um duelo que podia ser decisivo, em caso de nova vitória. E assim foi. Os leões triunfaram por 5-4, com os golos a serem apontados por Paulinho Roxo (7', 37'), Deo (32'), Evandro (38') e Gonçalo Alves (40'), e após o apito final ergueram a prova rainha.
Mas o domínio verde e branco não se limitou ao Campeonato Nacional. A equipa orientada na altura por Beto Aranha conquistou também a Taça de Portugal, rubricando assim a sua primeira dobradinha no futsal nacional.
Para esta temporada vitoriosa, os verdes e brancos, vale notar, reforçaram o plantel com o regresso do ala Evandro e com as contratações estratégicas de Xavier, Chiquinho e Nenê, os dois últimos integrados já em janeiro de 2006. Estas entradas trouxeram nova dinâmica ao grupo e revelaram-se fundamentais para a solidez apresentada em todas as frentes.
No entanto, o sucesso da temporada não foi apenas feito de conquistas. Duas saídas marcaram o balneário: Eduardo Miguel Fernandes, um dos nomes mais respeitados da secção, afastou-se por razões profissionais, enquanto João Marçal, figura emblemática do futsal leonino, não chegou a acordo para renovar contrato.
Confira, abaixo, o triunfo do Sporting na final do Campeonato Nacional: