
Receba, em primeira mão, as principais notícias do Leonino no seu WhatsApp!
Jogos
|
O Sporting deslocou-se a Heysel, na Bélgica, para defrontar a equipa do MTK numa partida a contar para a final da Taça das Competições das Taças da temporada 1963/64, no dia 13 de maio de 1964. Nesta decisão europeia, o marcador terminou com um empate por 3-3, em que os marcadores dos golos leoninos foram Mascarenhas (40’) e Ernesto Figueiredo (48’ e 81’).
Neste importante jogo, o técnico Anselmo Fernández apostou num onze inicial composto por Carvalho, Pedro Gomes, José Carlos, Alexandre Baptista, Osvaldo Silva, Fernando Mendes, Bé, Figueiredo, Morais, Géo Carvalho e Mascarenhas. Já na equipa húngara, os escolhidos foram Ferenc Kovalik, Jozsef Danzsky, Ferenc Kovacs, Gyorgy Keszei, István Jenei, Mihály Vasas, László Bodor, Itsván Nagy, Itsván Halapi, Károly Sándor e Istvan Kuti.
Tanto Sporting como MTK sabiam da importância desta partida, visto que o vencedor conquistaria o primeiro título europeu do seu emblema e, com esse objetivo em mente, o foco da partida era levar o troféu, no final da mesma. Até foram os húngaros que começaram melhor, quando aos 19 minutos Karoly Sandor fez abanar as redes leoninas e abriu o marcador (1-0).
O jogo não estava a ser nada fácil e, após muita procura, o Sporting finalmente fez o seu primeiro do jogo, através de Mascarenhas: o ponta de lança angolano consegue fazer a bola passar pelo guarda redes Kovalik e iguala o marcador a um, a apenas cinco minutos do intervalo (40’).
Não foi preciso esperar muito tempo para haver golo na segunda parte: logo aos 48 minutos, Ernesto de Figueiredo fez o 2-1 para o Sporting, pondo assim os leões na frente do resultado, pela primeira vez na partida. O jogo acalmou, mas quando a bola voltou a entrar, foi logo em rápida sequência.
Istvan Kuty, médio da equipa do MTK, empatou o jogo aos 70 minutos e, apenas passados dois minutos, abanou novamente as redes da baliza de Carvalho, pondo a formação húngara na frente do resultado uma vez mais. Como é apanágio do Sporting, os leões não baixaram os braços e foram em busca do golo do empate que, aos 81 minutos, chegou finalmente, através de Ernesto Figueiredo, que bisou na partida.
Com o empate na final, foi marcado um novo jogo de desempate para dia 15, dois dias após a igualdade a três. No derradeiro encontro da final, quem saiu vencedor foi o Sporting, que graças ao famoso ‘Cantinho do Morais’ ganhou a partida por 1-0, permitindo aos leões celebrar a sua primeira conquista europeia de futebol da sua história.
Leões continuam na disputa pelo título depois de vencerem o eterno rival numa das partidas mais intensas na história do futebol português
|
Jogou-se um Sporting - Benfica no Estádio do Lumiar a 12 de maio de 1932, um dérbi a contar para a penúltima jornada da segunda fase do Campeonato de Lisboa, que era muito importante porque podia manter ambas as equipas na luta pelo título. A partida, ainda hoje lembrada por ter sido muito violenta, foi arbitrada por António de Carvalho.
Artur John, treinador dos leões, levou para campo Artur Dyson, João Jurado, Jorge Vieira, Carlos Rodrigues, Varela, Abelhinha, Abrantes Mendes, Luís Gomes. Alfredo Valadas, Eduardo Mourinha e Adolfo Mourão. Já Ribeiro dos Reis, na equipa adversária, avançou com Pedro da Conceição, Aníbal José, João Correia, Ralph Bailão, Luís Costa, Jorge Tavares, Vítor Silva, Manuel de Oliveira, Germano Campos, Pedro Silva e Octávio Policarpo.
O jogo começa desde logo com dureza excessiva e na maior parte do tempo assim foi. Vítor Silva, jogador do Benfica e um dos homens mais violentos em campo, agride de forma clara e escandalosa Jorge Vieira. O árbitro, que era constantemente interpelado pelo jogador das águias, nada assinalou.
Varela não se deixava ficar e sempre que tinha oportunidade ‘distribuía fruta’. O único golo do jogo surge de livre perto da área das águias, aos 33 minutos de jogo, por Abrantes Mendes. Com excesso de pancadaria, o jogo foi para o intervalo. O período que podia servir para acalmar os jogadores teve, no entanto, outro efeito.
A segunda parte começa e finalmente foram vistos 10 minutos de futebol, os únicos da partida, que voltaria à mesma narrativa violenta que já estava a ser construída na primeira metade. O Sporting esteve sempre por cima do Benfica, muito pressionante e a roubar bolas na área adversária, o que justifica a justíssima vitória no dérbi.
Jurado, Abelhinha, Valadas, Abrantes Mendes e Mourão foram os destaques em campo, que num jogo recheado de pancadaria foram dos poucos que preferiram jogar futebol. Esta partida ficou marcada por ser um dos dérbis mais violentos da história do futebol português, no qual o árbitro nunca conseguiu ter controlo sobre o que se passava em campo
Há muitos relatos de que era triste tudo o que ia acontecendo ao longo da partida, com uma enorme exaltação nas bancadas. Na época, o jornal O Século deixou uma frase marcante: "O terreno mais parecia um campo de batalha". A verdade é que o Sporting permaneceu na luta pelo título e acabou mesmo por vencê-lo.
Em mais uma edição do dérbi eterno, a turma verde e branca saiu derrotada pelo seu rival encarnado, que aplicou uma mão cheia de golos ao leões
|
No dia 11 de abril de 1937, o Sporting deslocou-se ao Campo das Amoreiras para defrontar o seu eterno rival, Benfica, em jogo da 11.ª jornada da Liga Portuguesa 1936/37. Nesta edição do dérbi, os encarnados venceram os leões por 5-1, com Pedro Pireza a ser o autor do golo solitário dos verdes e brancos (80’).
Neste jogo, o técnico Joseph Szabo apostou num 11 inicial composto por Azevedo, João Jurado, Mário Galvão, Rui de Araújo, Aníbal Paciência, Manecas, Heitor Nogueira, Adolfo Mourão, João Cruz, Pedro Pireza e Manuel Soeiro. Já na equipa da casa, os selecionados foram Augusto Amaro, Gaspar Pinto, António Vieira, Gustavo Teixeira, Francisco Albino, Raul Baptista, Domingos Lopes, Espírito Santo, Rogério de Sousa, Luís Xavier e Alfredo Valadas.
Os ingredientes estavam reunidos para um grande jogo de futebol, mas a verdade é que a ação apenas começou na segunda parte. Logo no início do último tempo, Espírito Santo abriu o marcador para a equipa da casa e fez o 1-0 na partida, aos 48 minutos e não foi preciso esperar muito, para os encarnados aumentarem a vantagem, ao marcar o 2-0, por intermédio de Rogério de Sousa (55’).
O Sporting teve de correr atrás do marcador e como tal, correr mais riscos, o que abriu mais espaços para o ataque do Benfica. Os encarnados não desperdiçaram a oportunidade e marcaram dois golos em rápida sucessão: o terceiro da contagem chegou aos 72 minutos por Alfredo Valadas e logo no minuto seguinte, Espirito Santo fez o seu segundo da conta pessoal e o 4-0 para o Benfica (73’).
Ainda assim, o Sporting teve oportunidade de fazer o seu golo de honra, que chegou da autoria de um dos seus goleadores de serviço, Pedro Pireza. O avançado leonino fez o 4-1 aos 80 minutos, mas, ainda antes do jogo terminar, o Benfica marcou mais um. Desta vez foi Luís Xavier, que foi o último jogador a abanar as redes do guardião Carvalho e selou o resultado final em 5-1 (81’).
Com este resultado, o Benfica deu mais um passo em frente na temporada, que terminou com os encarnados a sagrarem-se campeões do Campeonato Experimental 1936/37. No final da prova, somaram 12 vitórias e apenas duas derrotas, somando um total de 24 pontos e tiveram o melhor ataque e defesa da competição.
Já o Sporting, atrasou-se em relação ao segundo classificado da prova, o Belenenses, e terminou o Campeonato Experimental na terceira posição, com 20 pontos, ficando atrás dos azuis do Restelo por três pontos e do campeão, Benfica, por quatro. Apesar da prestação menos positiva nesta competição, os leões venceram o Campeonato Regional de Lisboa, não terminando assim a temporada de mãos a abanar.
Leões conseguem chegar à final da prova rainha após empate com os dragões num jogo de desempate das meias-finais da competição
|
No dia 11 de abril de 1996, o Sporting enfrentava o Porto fora de casa, nas meias-finais da Taça de Portugal, um jogo que duas semanas depois viria a ser desempatado em Alvalade, com a vitória dos leões que conseguiam alcançar a final no Jamor.
Octávio Machado, treinador do Sporting, alinhou com Costinha, Nélson, Naybet, Marco Aurélio, Nuno Valente, Oceano, Pedro Martins, Pedro Barbosa, Afonso Martins, Sá Pinto e Ammunike. Bobby Robson, comandante técnico do Porto, levou para campo Lars Eriksson, Jorge Costa, Rui Jorge, Aloísio, Carlos Secretário, Paulinho Santos, Emerson, Rui Barros, Gomingos Paciência, Drulovic e Edmílson.
Um jogo polémico, arbitrado por António Rolo, começava com as reclamações da equipa portista depois de Domingos Paciência, avançado dos dragões, cair dentro da área adversária. O árbitro esteve bem em não assinalar nada e o jogo seguiu. Algo azarado, pouco depois o Sporting vê-se obrigado a fazer a primeira substituição, Nuno Valente sai lesionado para a entrada de Luís Miguel. Aos 22 minutos de jogo, Oceano lança Ammunike em contra-ataque, com o avançado dos leões a encontrar espaço no lado esquerdo da defesa portista, mas a atirar ao lado da baliza da casa.
Nessa altura, o Sporting já dominava e foi aos 30’ que surge o primeiro golo do jogo. Os verde e brancos adiantam-se no marcador depois de Pedro Martins lançar Pedro Barbosa, que simula um primeiro remate, deitando Paulinho Santos e faz um golo cheio de classe na baliza dos dragões, rematando para o lado esquerdo, o contrário ao que se encontrava o guarda-redes adversário.
Logo após o golo, o Sporting continua com azar e Oceano sai do jogo lesionado, que foi imediatamente substituído por Iordanov. A um minuto do intervalo, o Porto consegue um grande lance de perigo depois de Domingo Paciência aparecer dentro da área dos leões, com a defensiva da equipa visitante a aliviar de qualquer forma.
A segunda parte do jogo fica marcada pela falta de oportunidades perigosas, mas também pela falta de controlo do árbitro sobre o jogo, que não marcava nenhuma falta a favor do Sporting. A equipa da casa foi claramente beneficiada. O golo do Porto surge aos 90’ depois de António Rolo ter cometido o grande erro na partida. É assinalada, incorretamente, uma falta de Marco Aurélio sobre Jorge Couto à entrada da área leonina, que acaba com um cruzamento de Durlavic para o golo, nas alturas, de Jorge Costa.
O emocionante jogo nas Antas termina 1-1, o que o levou a uma segunda mão em Alvalade. A partida foi mais intensa do ponto de vista físico, mas menos emocionante em termos de oportunidades, foram precisos 120 minutos de domínio para o Sporting sair vitorioso. O melhor momento é aos 107 minutos, quando Ouattara ultrapassa Aloísio e coloca a bola em Pedro Barbosa, que remata contra a defensiva portista. Ainda assim, a bola sobra para Afonso Martins, que de primeira e sem a deixar de cair, empurra-a para dentro das redes. Alvalade foi ao delírio e o Sporting prepara-se para enfrentar o Benfica no Jamor.