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Manuel Fernandes: Eterno capitão que tantas alegrias deu ao Sporting

Antigo jogador e treinador deixou grandes memórias aos adeptos do Clube verde e branco e, após deixar os relvados, continuou a declarar-se ao leão

Manuel Fernandes é uma das maiores referências do Sporting e do futebol português e sempre deixou claro o seu amor pelo Clube verde e branco
Manuel Fernandes é uma das maiores referências do Sporting e do futebol português e sempre deixou claro o seu amor pelo Clube verde e branco

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No coração da pequena aldeia de Sarilhos Pequenos, no concelho da Moita, nasceu, a 5 de junho de 1951, um dos maiores craques da história do futebol português: Manuel José Tavares Fernandes. Desde cedo influenciado pelo fervor Sportinguista da mãe, que morreu quando tinha apenas 10 anos, cresceu embalado pelos relatos radiofónicos dos jogos do Sporting. Esse amor pelo Clube perdurou durante toda a sua vida.


Chegou tarde ao futebol, mas muito a tempo de brilhar


O seu primeiro contacto formal com o futebol aconteceu de forma tardia, aos 16 anos, quando integrou os juvenis do modesto Sarilhense. Sem equipas de escalões intermédios no clube, foi promovido de imediato à equipa principal, disputando a extinta III Divisão Nacional. O seu instinto de golo depressa chamou a atenção e, na época seguinte, rumou à CUF, um dos clubes mais sólidos da 1.ª Divisão. De reserva a figura central, a ascensão de Manuel foi meteórica. Em poucos anos, dava nas vistas nos relvados portugueses e começava a somar internacionalizações pela seleção nacional.


A sua mãe costumava dizer-lhe que jogaria no Sarilhense, na CUF e no Sporting... e assim foi. Em 1975, após o fim do contrato com a CUF, e com propostas tentadoras de Porto e Belenenses em cima da mesa, foi o Clube do coração que falou mais alto. O Sporting avançou e deu-lhe a oportunidade de cumprir o sonho de menino. Chegou a Alvalade com a ingrata missão de substituir Héctor Yazalde. Muitos duvidaram, mas o avançado respondeu com golos: logo na estreia, num jogo particular contra a Académico de Coimbra, marcou três dos cinco golos leoninos. Era o início de uma era.

Números arrepiantes no Sporting


Durante 12 temporadas com a camisola verde e branca, Manuel Fernandes construiu uma carreira ímpar: 447 jogos, 265 golos e uma aura de capitão que nunca vacilou. Sagrou-se campeão nacional por duas vezes (1979/80 e 1981/82), conquistou duas Taças de Portugal e uma Supertaça. Em 1985/86, já com 35 anos, foi o melhor marcador do Campeonato Nacional, com 30 golos. Formou com Rui Jordão uma das duplas mais temidas do futebol português, ladeados por craques como Salif Keita e António Oliveira. Entre muitas exibições memoráveis, destaca-se a inesquecível tarde de 14 de dezembro de 1986, quando marcou quatro dos sete golos com que o Sporting esmagou o Benfica por 7-1, um jogo que, segundo o próprio, “valeu mais que um campeonato”.

Apesar da sua regularidade e qualidade, a carreira internacional de Manuel Fernandes não refletiu o seu estatuto no futebol nacional. Fez 31 jogos e marcou nove golos pela Seleção A, mas falhou as fases finais do Euro 1984 (por lesão) e do Mundial de 1986, o que considerou uma injustiça profunda. Ainda assim, respondeu com lealdade. regressando à equipa nacional após o “caso Saltillo”, quando Portugal precisou de reconstruir o grupo após a crise mexicana.

Penduradas as chuteiras, trabalhou como treinador

A sua carreira como treinador começou no Vitória de Setúbal, ainda como jogador. Demonstrando a mesma paixão pelo jogo, não hesitou em abraçar desafios difíceis. Levou à 1.ª Divisão clubes como Campomaiorense, Santa Clara, Penafiel e União de Leiria. Em 2001, conquistou uma Supertaça pelo Sporting, onde voltou em várias funções técnicas e diretivas. Esteve ao lado de Bobby Robson, substituiu Augusto Inácio, e foi até diretor da equipa B e responsável pelo scouting. O seu compromisso com os le\oes atravessou gerações e direções, mantendo-se sempre como um símbolo respeitado e acarinhado.

A 27 de junho de 2024, Manuel Fernandes morreu aos 73 anos, depois de uma dura luta contra um cancro. Pouco tempo antes, concretizava um dos seus últimos desejos: ver o Sporting sagrar-se novamente campeão nacional. Nesse mesmo ano, recebeu postumamente o Prémio Stromp na categoria Gratidão, reconhecendo uma vida dedicada ao Clube e ao futebol português. Anos antes, em 1979, já havia sido distinguido com o mesmo prémio, na categoria Atleta Profissional. Aproveite e carregue aqui para recordar cinco curiosidades sobre Manuel Fernandes.


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Mário Jorge: Um dos canhotos mais talentosos da formação do Sporting

Craque que atuou pelo conjunto verde e branco representou o Clube de Alvalade durante 11 temporadas e marcou uma era nos leões

Mário Jorge representou a equipa principal do Sporting durante mais de uma década e conquistou dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e uma Supertaça
Mário Jorge representou a equipa principal do Sporting durante mais de uma década e conquistou dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e uma Supertaça

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Mário Jorge, nasceu a 24 de julho de 1961, na Ponta Delgada, nos Açores. O craque tornou-se num dos esquerdinos mais talentosos formados pelo Clube. Ao serviço da equipa principal do Sporting, ao longo de onze temporadas, conquistou dois Campeonatos Nacionais - um deles a contar para Dobradinha, uma Taça de Portugal e uma Supertaça, somando 269 jogos oficiais.


A formação leonina


Mário Jorge chegou ao Sporting ainda como iniciado e desde logo mostrou que era um dos mais promissores da sua geração. O craque começou a jogar como extremo esquerdo, mas acabou por ser adaptado a várias posições na ala e no meio-campo, mantendo sempre um bom nível.


A estreia de sonho

O ala foi lançado na equipa principal com apenas 18 anos, por Rodrigues Dias, e estreou-se na 1.ª jornada do Campeonato de 1979/80, numa vitória por 2-0 sobre o Estoril. Esta breve entrada foi suficiente para integrar o plantel campeão nacional dessa época. Após dois anos de afirmação gradual, Mário Jorge conseguiu a titularidade em 1981/82, ao marcar o golo da vitória frente ao Porto e, posteriormente, conquistar a Dobradinha.


O craque fixou-se como lateral nas temporadas seguintes, durante as quais assumiu a titularidade no lugar deixado por Inácio. Mário Jorge ergueu a Supertaça Cândido de Oliveira em 1982, a primeira da história do Clube, e estreou-se pela seleção A em 1983, frente ao Brasil.

Em 1985/86, com a ascensão de Fernando Mendes, Mário Jorge foi deslocado para o meio-campo, posição na qual  se voltou a destacar. Participou na qualificação de Portugal para o Mundial de 1986 e, apesar de não ter sido convocado para a fase final, escapou à polémica de Saltillo. O craque somou, ao todo, nove internacionalizações.

Outro dos seus momentos mais memoráveis de Mário Jorge foi o 7–1, frente ao Benfica, em 1986, jogo no qual marcou dois golos. Após sete temporadas como titular, o jogador começou a perder espaço a partir de 1988/89, tendo sido emprestado ao Beira-Mar na época seguinte. O antigo craque verde e branco regressou ao Clube, mas sem conseguir recuperar a preponderância que teve noutros tempos, despedindo-se do Sporting com 21 golos em 269 jogos.

Um recomeço

Depois da saída de Alvalade, Mário Jorge ainda jogou no Estrela da Amadora e no Estoril, acabando por pendurar as botas em 1995. No início dos anos 2000, o craque voltou a representar o Sporting , mas em futebol de praia, desporto no qual conquistou a Taça Nacional de Clubes em 2003. Em 2018, o lateral regressou à estrutura da Academia leonina, num momento de transição institucional, mantendo-se ligado ao desenvolvimento do futebol de formação.


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Rui Patrício: O histórico guardião que divide os adeptos do Sporting

Guarda-redes que representou o Clube de Alvalade desde muito jovem tornou-se no segundo jogador com mais partidas oficiais na história verde e branca

Rui Patrício vestiu a camisola principal do Sporting em 467 jogos oficiais, sendo o segundo jogador mais utilizado de sempre do Clube de Alvalade
Rui Patrício vestiu a camisola principal do Sporting em 467 jogos oficiais, sendo o segundo jogador mais utilizado de sempre do Clube de Alvalade

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Rui Patrício nasceu em Marrazes, Leiria, a 15 de fevereiro de 1988, e é um dos nomes mais históricos s que já passaram pela baliza leonina. O guardião vestiu a camisola principal do Sporting em 467 jogos oficiais, sendo o segundo jogador mais utilizado de sempre do Clube. De leão ao peito, o antigo internacional português conquistou duas Taças de Portugal, uma Supertaça e uma Taça da Liga, tudo isto em 12 temporadas.


Rui Patrício é um dos vários grandes nomes totalmente moldados na Academia Cristiano Ronaldo, tendo em conta que se destacou desde muito jovem como guarda-redes dos iniciados, equipa que foi campeã nacional em 2002. Posteriormente, o mesmo plantel conquistou quatro títulos consecutivos, e o craque entre os postes foi o primeiro daquela geração a chegar ao plantel principal.


Aproveitar cada oportunidade!


Com apenas 18 anos, ainda quando era júnior, o craque integrou o plantel principal como terceira opção. A 19 de novembro de 2006 estreou-se contra o Marítimo, defendendo um penálti e garantindo o triunfo por 1-0. Rapidamente, Rui Patrício ganhou espaço na equipa e, na época seguinte, beneficiou de um desentendimento entre Stojkovic e Paulo Bento para se afirmar como o titular absoluto.

Apesar da idade, Rui Patrício mostrou personalidade na baliza leonina, mantendo a confiança do treinador mesmo após alguns erros naturais. Foi decisivo nas conquistas da Taça de Portugal e Supertaça frente ao Porto, em 2008, tendo sido distinguido com o Prémio Stromp Revelação no mesmo ano.


Rui Patrício tornou-se indiscutível no Clube verde e branco. Em 2011 e 2012 venceu o Prémio Stromp, mas desta vez na categoria Futebolista. Para além disso, alcançou o jogo 300 em dezembro de 2014 e, no ano seguinte, foi distinguido com o Leões Honoris Sporting. O craque voltou a vencer mais um título importante de leão ao peito em 2015 - a Taça de Portugal.

O guardião renovou contrato em 2012 e, novamente, em 2016, já como um dos capitães de equipa. Com cláusula de rescisão de 45 milhões de euros, Rui Patrício já era um dos pilares do Clube e da seleção nacional. Vale a pena recordar que foi o melhor guarda-redes do Euro 2016, competição que venceu por Portugal com exibições de alto nível que lhe valeram o 12.º lugar na Bola de Ouro.

Uma despedida amarga

Em 2018, o guarda-redes venceu a Taça da Liga pela primeira vez na história do Clube verde e branco. No entanto, foi um dos 'protagonistas' da crise que culminou com a invasão à Academia em Alcochete. Rui Patrício liderou os protestos dos jogadores e tornou-se o primeiro dos nove atletas a rescindir contrato, partindo assim para o Wolverhampton, de Inglaterra, com 467 jogos feitos, a apenas 28 do recorde absoluto. Mais tarde, os leões haveriam de chegar a acordo, com os verdes e brancos a receberem uma verba a rondar os 12 milhões de euros.

Titular da Seleção em múltiplas competições, incluindo os Europeus de 2012, 2016 e 2020 e os Mundiais de 2014, 2018 e 2022, o guardião é um dos futebolistas mais internacionais por Portugal. Após três anos no Wolverhampton, de Inglaterra, Rui Patrício rumou à Roma, onde venceu a Liga Conferência. Em 2024, já sem espaço no clube italiano, assinou pela Atalanta, mantendo-se na Serie A. Em 2025, o craque encontra-se sem clube.

*Atualizado a 10 de julho de 2025


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Manuel Marques: Um dos líderes mais carismáticos que o Sporting já teve

Craque que mostrava uma grande disponibilidade para jogar onde fosse necessário representou os leões durante impressionantes 16 temporadas

Em 16 anos de Sporting, Manuel Marques  o craque conquistou seis Campeonatos Nacionais, quatro Taças de Portugal, oito Campeonatos de Lisboa e dois de Portugal
Em 16 anos de Sporting, Manuel Marques o craque conquistou seis Campeonatos Nacionais, quatro Taças de Portugal, oito Campeonatos de Lisboa e dois de Portugal

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Manuel Marques, conhecido como Manecas, nasceu a 10 de julho de 1917, em Lisboa, e tornou-se uma figura lendária do Sporting. Durante 16 temporadas consecutivas ao serviço da equipa principal verde e branca, o craque conquistou seis Campeonatos Nacionais, quatro Taças de Portugal, dois Campeonatos de Portugal, oito Campeonatos de Lisboa e uma Taça Império, somando assim 352 jogos e quatro golos com a camisola leonina.


Manecas começou a jogar futebol no Desportivo do Campo Grande, antes de se juntar ao Sporting com apenas 15 anos, em novembro de 1932, para representar a equipa de principiantes. Anteriormente, Manuel Marques trabalhava como carpinteiro de barcos no Arsenal da Marinha e, mais tarde, num grémio de armazenistas, conciliando desde cedo a vida profissional com o futebol. 


Uma carreira de sonho no Sporting


Após a conquista do Campeonato de Lisboa da 2.ª categoria, em 1934/35, Manecas passou pelas Reservas e estreou-se na equipa principal a 15 de março de 1936, frente ao União de Lisboa, como extremo-direito. Com a chegada do mítico Joseph Szabo ao comando técnico, na época seguinte, foi adaptado ao meio-campo, onde ganhou consistência tática e solidez, sendo posteriormente recuado para a defesa em fases mais maduras da carreira.

A disponibilidade que Manecas mostrava aos treinadores permitiu-lhe atravessar várias gerações e ainda integrar a lendária equipa dos Cinco Violinos. O médio era tão respeitado no balneário que conseguiu o estatuto de capitão em Alvalade. A descontração de Manuel Marques fez com que o craque se tornasse num dos líderes mais carismáticos da história do futebol português.


Manecas, brincalhão como sempre mostrou ser, protagonizou vários episódios curiosos. Um dos mais engraçados aconteceu quando o craque escondeu os bonecos do treinador Szabo antes dos treinos com a equipa. Outra marca pessoal foi o famoso lenço branco à cintura, um presente da sua mãe. Embora fosse destinado a limpar feridas, Manuel Marques admitiu nunca o ter usado para esse fim, preferindo vê-lo como uma espécie de amuleto da sorte.

A despedida em grande

Manuel Marques despediu-se dos relvados a 5 de outubro de 1950, num eterno dérbi disputado no Lumiar. Nesse jogo o Sporting venceu o Benfica por 8-1. Manecas foi ainda internacional português quatro vezes, duas pela seleção principal e as restantes pela equipa B, ambas em 1945, durante a fase mais competitiva da sua carreira.

Após o final da carreira, o antigo craque teve uma curta experiência como treinador, mas a verdade é que os melhores momentos que teve foram todos enquanto jogador. Manecas morreu a 20 de fevereiro de 1987, aos 69 anos, e será recordado por ter sido um dos líderes mais carismáticos da história leonina.


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