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0Foi hoje reconhecido, no Tribunal de Leiria, por parte de dois árbitros de andebol - Ivan Caçador e Roberto Martins, da AF Leiria - e de um empresário de um futebolista, que os contactos – sem êxito – que existiram para beneficiar o Sporting foram feitos por Paulo Silva, agente desportivo sem qualquer ligação contratual ao Clube de Alvalade.
Em causa estão as abordagens em jogos de andebol e de futebol do Sporting nas épocas 2016/17 e 2017/18.
"O Sporting luta por um desporto justo, ético, baseado no desporto limpo, sem batotas. Não haja dúvidas que o assistente censura veementemente tais condutas”, disse Miguel Santos Almeida, advogado dos leões.
O advogado do Sporting, defendeu, ainda, a "verdade desportiva" e fez saber que o Sporting não aceita o "envolvimento nos factos” e que estes "mancham a credibilidade da empresa".
Ivan Caçador, um dos árbitros ouvidos, admitiu que foi abordado por Paulo Silva para "favorecer o Sporting": "Ao telefone disse que era jornalista desportivo de A Bola e queria falar comigo pessoalmente. Depois disse que vinha da parte do Sporting… não queria que prejudicasse e que a favorecer alguém que fosse o Sporting"", explicou, antes de acrescentar que, os verdes e brancos perderam todos os jogos que arbitrou.
Roberto Martins, outro árbitro ouvido, revelou ter sido abordado por Paulo Silva e explicou: "Percebi que a intenção dele era outra quando começou a falar do Sporting e de andebol e terminei a conversa logo ali".
Carlos Macanjo, advogado de Paulo Silva, apontou o dedo ao porto, admitindo que “a investigação ficou muito aquém daquilo que era necessário fazer e daquilo que este processo prometia” e estranhando que o Porto "não esteja representado como assistente, sendo que certo que é das entidades mais prejudicadas neste processo".
Paulo Silva é acusado de três crimes de corrupção ativa, dois deles na forma agravada.
A próxima sessão está agendada para dia 4 de julho, às 14h.