Viktor Gyokeres e Francisco Trincão são destaque no estrangeiro e soam alarmes no Sporting

Muito se escreveu, e continua a escrever, sobre o alegado jantar entre Frederico Varandas, Presidente do Sporting, e Bruno Lage, atual treinador do Benfica. Francisco Vaz de Miranda, editor do jornal A Bola, aproveitou a sua coluna de opinião para deixar críticas ao máximo dirigente dos leões, que tem mais culpas no cartório do que o homem dos rivais da 2ª circular - e tudo se prende com Ruben Amorim.

Começou por relembrar o início da novela que envolve Bruno Lage e Frederico Varandas, e o suposto convite que existiu no alegado jantar, para Bruno Lage se juntar aos leões. Passou, depois, a uma análise da situação: "O assunto levou a duas tomadas de posição públicas por parte de Bruno Lage, antes e depois da consistente vitória sobre os madeirenses na pausa entre os compromissos da Uefa Champions League, mas justificava tanto assim?"

Prosseguiu com esta ideia: "Sim, o passado umbilicalmente ligado ao Benfica, com o auge no campeonato conquistado de remontada em 2019, deixaria sempre espaço para a polémica se instalar, mas Bruno Lage estaria no seu pleno direito de assumir o projeto em Alvalade, assim considerasse o passo certo para a carreira", escreveu Vaz de Miranda.

Atirou, de seguida: "Na segunda intervenção sobre o assunto, auxiliado pelo bloco de notas, Lage colocou as garras de fora e, ao contrário da progressão que a equipa tem tido em campo depois de muito ter abanado em janeiro, revelou que continua a vacilar a nível comunicacional quando tem de fazer a diferença".

Por último, uma crítica a Frederico Varandas: "Haveria, com toda a certeza, forma mais elegante e menos ressabiada para falar do assunto, que deveria trazer mais complicações e julgamentos a Frederico Varandas do que ao treinador do Benfica. Afinal, todos nos lembramos da confiança quase cega que o presidente dos leões sempre mostrou em Ruben Amorim e eventuais jantares com outros treinadores, quando tinha um com contrato até 2026, seria a prova de que, como todos os outros, Amorim dependia de a bola bater ou não na trave...", rematou o jornalista português.

Depois da vitória fora, frente ao Casa Pia, no passado domingo, dia 9 de março, o Sporting foca todas as atenções na próxima partida da Liga Portugal Betclic, marcada para o próximo dia 15 de março, num sábado. Os comandados de Rui Borges defrontam o Famalicão, e o conjunto verde e branco vai preparando a partida na Academia Cristiano Ronaldo.

Esta quarta feira, dia 12 de março, realizou-se mais uma sessão de treinos com vista à preparação para o próximo desafio do Sporting. A sessão de trabalhos decorreu, como é normal, na Academia do Clube, mas ainda não houve novidades positivas para Rui Borges no que toca às recuperações dos jogadores mais importantes da equipa.

Continua a ser elevado o número de ausências nos treinos do Sporting de Rui Borges. Desta feita, oito nomes estiveram indisponíveis: Nuno Santos, Pote, Daniel Bragança, João Simões, Eduardo Quaresma, St. Juste, Alexandre Brito - que deve voltar à equipa B - e Franco Israel estão, ainda entregues à Unidade de Performance do Clube, em recuperação de problemas físicos.

Para fazer face a estas ausências, o treinador do Sporting voltou a recorrer à juventude do Clube. Chamou vários jogadores da equipa B para colmatar os não presentes: José Silva (lateral), Afonso Moreira (extremo), Henrique Arreiol (médio), Eduardo Felicíssimo (médio), João Muniz (central), David Moreira (lateral) e Lucas Taibo (central).

O Sporting volta aos trabalhos na manhã da próxima quinta feira, dia 13 de março, para continuar a preparação para o encontro com o Famalicão, referente à 26ª. jornada da Liga Portugal Betclic, onde os leões seguem no primeiro lugar.

André Pinotes Batista, deputado do PS e célebre adepto do Sporting, aproveitou a sua coluna de opinião no Jornal Record para abordar o momento do futebol português, que, segundo o diretor de comunicação, está cada vez mais inflamado - o comentador também já tinha falado da onda de lesões do Clube.

Começou por falar acerca do aniversário do Núcleo do Sporting da localidade onde reside. Conta que se deslocou, para festejar, e que encontrou uma paisagem muito saudável de camaradagem entre adeptos, dirigentes, e técnicos, como Nuno Dias, que também esteve presente na celebração.

Partindo desse ponto de partida, ilustrou os problemas a que se refere: "Trago esta história real a esta coluna porque, muito dificilmente, ela poderia acontecer num estádio de futebol e isso entristece. Os valores do desporto definem-se em regras e objetivos, que rimam com valores como disciplina, tolerância e respeito pelo adversário", começou por escrever.

Prosseguiu, com a mesma ideia: "Uma matriz estilhaçada, vezes de mais, pela radicalização e pelo primado do material. Os insultos racistas a Bruno Varela resolvem-se na escola, mas também em espaços como o núcleo da Batalha do Sporting, casa do Benfica no Barreiro ou a casa do Porto na cidade de Lisboa. Revolve-se no comentário escrito e dito. Resolve-se com o exemplo de conduta de Presidentes e com o seu empenho no robustecimento dos regulamentos disciplinares que dos clubes dependem. Resolvem-se com punições férreas", atirou André Pinotes Batista.

Terminou, com uma ambição para o futuro: "Quero ir à bola e encontrar o que encontrei na Batalha. A luta contra a selvajaria não pode ficar para mais tarde, nem ser silenciada porque o nosso clube vence ou o vento sopra a nosso favor. Os valores do desporto não são negociáveis. Ao Varela o meu abraço, a minha admiração e a minha solidariedade", rematou o diretor de comunicação.