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Competições
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No dia 28 de abril de 2018, a equipa de futsal do Sporting defrontou, em Almaty, os cazaques do Kairat, naquela que foi a final da Champions League da modalidade, da temporada 2018/19. A partida terminou com um resultado final de 2-1, com os golos da turma de Alvalade a serem apontados por Diego Cavinato (22’) e Alex Merlim (27’).
Para defender o Sporting em mais uma final europeia, Nuno Dias e a sua equipa técnica chamaram a jogo Guitta, Erick Mendonça, Alex Merlim, Diego Cavinato, Dieguinho, Gonçalo Portugal, Léo Jaraguá, Pedro Cary, João Matos, Deo, Pany Varela, Alex, Fernando Cardinal e Rocha.
A Liga dos Campeões de futsal sempre foi um desejo antigo do Sporting. O Clube de Alvalade esteve muito próximo de se sagrar campeão europeu por três ocasiões, ao atingir finais contra as equipas do Montesilvano (2010/11) e Inter Movistar (2016/17 e 2017/18), mas saiu sempre derrotado do derradeiro jogo da competição.
Em 2018/19, o Sporting procurou, finalmente, alcançar a glória no futsal europeu, e desde cedo, a sua caminhada não começou fácil. Na primeira fase da competição, os leões apuraram-se em segundo lugar, após ter sido derrotada pela equipa do Kairat Almaty, formação que já tinha vencido esta competição na temporada 2015/16, em Lisboa.
O segundo lugar permitiu que o Sporting avançasse para a ronda de elite, onde foi o organizador dos jogos do seu grupo. No Pavilhão João Rocha, os leões receberam e venceram as equipas do Sibiryak (4-0) e do Novo Vrijeme (6-0). O último jogo desta fase foi contra o seu eterno rival, Benfica, naquele que foi o primeiro dérbi europeu de futsal. A partida terminou com um empate a um, o que permitiu que o Clube de Alvalade avançasse para a final-four por diferença de golos.
O Sporting chegou a Almaty sabendo que, para chegar à final, precisava de “matar um borrego”. O sorteio ditou que, na meia-final, os leões teriam de jogar contra a equipa que os levou de vencido na final nos últimos dois anos consecutivos, o Inter Movistar, a equipa de Ricardinho. Mas os verdes e brancos entraram sem medo e venceram os bicampeões por 5-3, com golos de Deo (5’), Dieguinho (23’, 29’ e 35’) e Cardinal (39’). Com este resultado, o Clube de Alvalade garantiu a presença na final pelo terceiro ano consecutivo.
No derradeiro jogo da prova, o Sporting encontrou o Kairat Almaty, e jogou com dois fatores contra si: os leões já tinham sido derrotados pela equipa cazaque na primeira fase da prova e, desta vez, tinham ainda pela frente toda uma arena contra si. Mas isso acabou por não ser fator para os comandados de Nuno Dias.
A primeira parte da partida foi marcada pelo equilíbrio entre as duas equipas, onde quem verdadeiramente brilhou foram os guardiões: Guitta e Léo Higuita fizeram com que o nulo se mantivesse durante a primeira parte, mas, no segundo tempo, o Sporting abriu o marcador. Aos 22 minutos, Diego Cavinato recebeu um passe perfeito de Cardinal e só teve de encostar ao segundo poste (1-0). Pouco tempo depois, os leões aumentaram a vantagem através de Merlim, que com um remate de fora de área, faz a bola entrar no ângulo da baliza do Kairat, fazendo o 2-0 no marcador (27’). Antes do final do jogo, ainda houve tempo para o tento de honra dos cazaques, através de Douglas Júnior aos 38 minutos, que fez o 2-1 final e os leões puderam finalmente celebrar o seu primeiro título europeu da secção de futsal.
Na temporada 2018/19, o Sporting conseguiu uma temporada quase perfeita. O Clube de Alvalade juntou o título europeu à conquista da Supertaça, Taça de Portugal e Taça da Liga, ficando apenas a faltar o aquele que seria o primeiro tetracampeonato na história do futsal nacional, onde os leões perderam a final no jogo da “negra” por 4-3, contra o rival, Benfica.
Em jogo impróprio para cardíacos e com muitos golos, Clube de Alvalade levou a melhor nas grandes penalidades, triunfando no Velho Continente
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No dia 26 de abril de 2015, a equipa de hóquei em patins do Sporting defrontou em Igualada, os espanhóis da equipa do Reus, naquela que foi a final da Taça CERS da época 2014/15. O jogo terminou por 2-1 no desempate das grandes penalidades, após uma igualdade a dois no tempo regulamentar, com os golos dos leões a serem apontados por Tiago Losna e João Pinto.
Os jogadores que defenderam as cores do Sporting naquela “final-four” disputada na Catalunha, foram Ângelo Girão, Zé Diogo, Tiago Losna, André Pimenta, André Moreira, Poka, Ricardo Figueira, Nico Fernández, João Pinto e Carlitos Martins. Outros jogadores que não se sagraram campeões europeus, mas também fizeram parte do plantel foram André Gaspar, João Campelo e Pedro Delgado.
A grandeza do hóquei patinado dos leões, já ia muito para trás desta conquista. O Sporting foi o primeiro emblema português a vencer a Taça dos Campeões Europeus, quando em 1976/77, os comandados de António Livramento venceram a formação do Vilanova por 12-3 em agregado. Menos de uma década depois, em 1983/84, o emblema de Alvalade sagrou-se campeão da Taça CERS (12-7 em agregado ao Novara) e tornou-se no segundo clube do país a vencer esta prova europeia, apenas atrás do vencedor inaugural, o Sesimbra.
Apesar do peso histórico do Sporting na modalidade, a direção do decidiu encerrar o departamento de hóquei-em-patins na temporada 1994/95 e esta secção só teve o seu regresso na época 2010/11, e apesar de não ter uma equipa profissional, os objetivos já estavam traçados: regressar à glória europeia.
Passaram-se três épocas, e ainda sem uma equipa profissional, o Sporting já tinha alcançado uma parte importante na caminhada para o seu objetivo final, ao garantir a sua subida da III para a I Divisão Nacional. Mas, o mais importante passo, chegou no IX Congresso Leonino, quando o então presidente, Bruno de Carvalho, anunciou que o hóquei seria de novo modalidade oficial e profissional do Clube, a partir da temporada 2014/15.
Para alcançar a fase das decisões importantes, o percurso do Sporting foi tudo menos fácil. Os leões eliminaram algumas das melhores equipas do universo do hóquei patinado europeu, como o Calafell, o Basel e os portugueses da Oliveirense e garantiram assim o acesso à “final-four” da Taça CERS. Na meia-final da prova, a turma verde e branca defrontou a equipa da casa, o Igualada, e após um jogo difícil para ambas as equipas, Ricardo Figueira disparou um livre certeiro na baliza adversária e fechou o resultado final em 3-2, após o prolongamento.
Com isto, o adversário da final seria o Reus, e num jogo em que teve o pavilhão contra si,o Sporting foi quem entrou melhor: golo madrugador de Tiago Losna (3’) fez o 1-0 para os leões. Os restantes remates certeiros ficaram guardados para a segunda parte e chegaram em rápida sequência, quando aos 12 e 16 minutos, Marc Coy bisou e deu a vantagem para a equipa catalã. Mas os jogadores leoninos não baixaram os braços e aos 22’, o capitão João “Mustang” Pinto marcou o golo que repôs a igualdade no marcador (2-2).
O tempo regulamentar terminou empatado e o prolongamento também, ditando que a partida teria de ser decidida nas grandes penalidades, onde o herói foi Ângelo Girão. O guardião estava endiabrado e apenas permitiu um golo nas quatro tentativas adversárias, já os de Alvalade converteram duas oportunidades através de Poka e Nico Fernández, fazendo com que o Sporting levantasse novo troféu europeu no hóquei em patins, 31 anos depois.
A conquista da Taça CERS, marcou o início daquilo que seria o retorno do Sporting às grandes decisões do hóquei patinado, em palco nacional e europeu. Desde então, o Sporting não voltou a ganhar essa competição, mas já levou para o museu do Estádio José Alvalade dois Campeonatos Nacionais (2017/18 e 2020/21), uma Supertaça António Livramento (2015) três Champions League (2018/19, 2020/21 e 2023/24) e duas Continental Cups (2019/20 e 2021/22).
Equipa verde e branca sai vencedora de uma final muito equilibrada, tendo sido preciso estender o encontro para encontrar destino para o troféu
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O Complexo Desportivo das Caldas da Rainha foi, no dia 21 de abril de 2024, palco de uma batalha memorável. A equipa feminina de râguebi do Sporting sagrou-se vencedora da Taça de Portugal ao bater o rival Benfica, por 22-17, numa final que ficou marcada por grande intensidade e emoção.
A formação vencedora, composta por um grupo coeso e determinado, foi a seguinte: Franciele Martins, Bárbara Barros, Alessandra Costa, Ana Freire, Margarida Cunha, Mariana Fonseca, Ana Sofia Costa, Maria Teixeira (C), Leonor Amaral, Yara Fonseca, Inês Barbosa, Edna Santini, Anastasiia Kryzhanovska, Beatriz Teixeira e Tetiana Tarasiuk.
Logo desde os minutos iniciais ficou claro que nenhuma das equipas estava disposta a ceder. O Benfica, determinado a impor-se, adiantou-se no marcador aos 19 minutos, graças a um ensaio de Facinia Santos que deu vantagem às águias. Mas a resposta leonina foi praticamente imediata: apenas três minutos depois, Tetiana Tarasiuk devolveu a igualdade ao placar, deixando tudo empatado a 5-5.
A intensidade não abrandou. Neuza Banete voltou a colocar o Benfica na frente aos 30 minutos com novo ensaio (10-5), mas o Sporting manteve-se firme. Antes do intervalo, aos 37 minutos, Yara Fonseca arrancou um novo ensaio que estabeleceu nova igualdade, desta vez a 10 pontos.
A etapa complementar não perdeu fulgor. As encarnadas voltaram a entrar melhor e, aos 65 minutos, Arlete Gonçalves marcou o terceiro ensaio benfiquista. A transformação bem-sucedida ampliou o resultado para 17-10. No entanto, as jogadoras leoninas não se deixaram abalar. Com garra e resiliência, Maria Teixeira, capitã e símbolo do espírito da equipa, colocou a oval no solo adversário, enquanto Franciele Martins converteu com precisão, restabelecendo o empate a 17-17.
Findados os 80 minutos regulamentares com o marcador empatado, o destino do troféu teve de ser decidido em prolongamento. Durante a primeira parte do tempo extra, as defesas dominaram e o placar manteve-se inalterado. Mas foi já no segundo tempo suplementar, ao sexto minuto, que o momento decisivo surgiu: Edna Santini, com frieza e determinação, rasgou a linha adversária e carimbou o ensaio da vitória. O resultado final de 22-17 selou a glória verde e branca e a entrega da Taça de Portugal às mãos das leoas.
A conquista do Sporting não foi apenas mais um troféu para a galeria do Clube, mas sim um testemunho da evolução do râguebi feminino em Portugal, da dedicação de um grupo de atletas que souberam superar a pressão, responder à adversidade e transformar uma final equilibrada num momento inesquecível para os Adeptos leoninos.
Equipa verde e branca conseguiu regressar aos triunfos depois de uma temporada em branco que pareceu uma eternidade aos Adeptos
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Na temporada 2010/11, o ténis de mesa leonino procurava reencontrar o caminho das vitórias. Após um ano em branco, em 2009/10, o Clube entrava na nova época com ambições renovadas e um plantel reforçado, destacando-se o talentoso chinês Li Yang. Apesar de um arranque vacilante no campeonato nacional, o Sporting conseguiu recuperar terreno e terminou a fase regular em segundo lugar, o que alimentava esperanças de sucesso nas provas a eliminar.
A oportunidade surgiu a 22 de abril de 2011, no emblemático Pavilhão Casal Vistoso, em Lisboa, onde se disputou integralmente, num só dia, a edição da Taça de Portugal de Ténis de Mesa masculino. Com uma equipa sólida e experiente, composta por Ricardo Filipe, Bode Abiodun, Li Yang e André Silva, sob o comando do técnico Chen Shi Chao, os leões mostraram desde o início que estavam ali para vencer.
A caminhada até ao troféu foi irrepreensível. Nos quartos de final, o Sporting ultrapassou o Juncal com um claro 3-0. Seguiu-se o Toledos nas meias-finais, e o desfecho foi idêntico: mais uma vitória sem ceder um único set. Na final, frente ao São Roque, a equipa leonina, formada por Bode Abiodun, Li Yang e André Silva, voltou a dominar por completo. O resultado: mais um 3-0, com todas as partidas a terminarem por três sets a zero. Com esta exibição de autoridade, o Sporting ergueu a sua 26.ª Taça de Portugal na modalidade.
No final da prova, o treinador Chen Shi Chao sublinhou o impacto emocional e desportivo do feito: "A conquista da Taça de Portugal é o fruto do nosso trabalho e dá-nos muita confiança para uma restante época cheia de títulos. Conquistámos este primeiro objetivo, agora temos de trabalhar para ser campeões nacionais".
As palavras refletiam otimismo e convicção num desfecho glorioso para a época. No entanto, esse objetivo acabou por não se concretizar. A saída inesperada de Li Yang antes da fase final do campeonato nacional revelou-se um golpe duro para a equipa, que perdeu uma das suas principais armas no momento decisivo da temporada.
Apesar da vitória na Taça, a temporada serviu de lembrete sobre a importância da consistência e da estabilidade nos momentos cruciais. A dependência de Li Yang foi posta a nu com a sua saída, sublinhando os riscos de uma estrutura demasiado centrada num só jogador.