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Competições
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Corria a época de 1927/28 e o Sporting, já com várias conquistas em diversas modalidades, estreava-se no Campeonato de Lisboa de basquetebol. A competição dividia-se em duas séries: os leões, com exibições consistentes, foram segundos classificados na sua, depois de perderem uma 'finalíssima' para a Associação da Mocidade Cristã, uma entidade de inspiração YMCA, popularmente conhecida como o Triângulo Vermelho, nome dado pelo seu emblema distintivo. Ainda assim, os números não mentiam: o Clube verde e branco tinha sido a equipa mais regular, com o maior número de cestos marcados e a defesa mais sólida. Partiam, pois, para a fase final com plena confiança nas suas capacidades.
Quatro equipas disputariam a fase final, composta por duas meias-finais e uma final. O Sporting mediu forças com o Carcavelinhos na semifinal e impôs-se de forma esmagadora: 36-6, um marcador que não deixava margem para dúvidas. O jogo decisivo marcava o reencontro com o Triângulo Vermelho, o quinto confronto entre ambos na época. A contenda estava empatada: duas vitórias para cada lado. A final prometia, e cumpriu.
Marcado para as 17h00 no campo ao ar livre, o jogo começou com 23 minutos de atraso, devido à chegada tardia do árbitro. O vento soprava fraco, e o Sporting iniciou contra ele. Ambas as equipas surgiram tensas, focadas apenas no resultado, como é típico das grandes decisões. Aos sete minutos, Júlio, do Triângulo Vermelho, abriu o marcador com dois pontos, embora falhasse os lançamentos livres seguintes. O Sporting, ferido no orgulho, reagiu com energia renovada.
Uma bela combinação entre Benigno da Silva e Alfredo Ramalho encontrou Raúl Esteves Coluna, que, livre de marcação, encestou o ponto do empate. Raúl, um jogador da segunda categoria, tornava-se protagonista inesperado. O marcador manteve-se inalterado até ao intervalo: 2-2.
No recomeço, uma alteração tática: Oliveira Martins passou para extremo esquerdo, e Benigno recuou para defesa direito. A mudança revelou-se acertada. Aos cinco minutos da segunda parte, Oliveira colocou o Sporting na frente, após passe de Acácio Campos.
Mas a batalha estava longe de terminada. Um minuto depois, Benigno foi brutalmente carregado por um adversário e sofreu uma forte contusão na clavícula. Em tempos sem substituições, regressou ao campo, visivelmente limitado, encostado à lateral, mas presente, como símbolo de entrega.
O Triângulo Vermelho reduziu com um lançamento livre convertido por Jaime, fazendo o 4-3. Pressionaram, tentaram, mas chocavam repetidamente contra uma muralha verde-e-branca. Foi então que surgiu o momento decisivo. Numa jogada engenhosa entre Ramalho e Raúl Esteves Coluna, a bola encontrou novamente Benigno, que, mesmo lesionado, estava esquecido pela marcação. Recebeu e marcou, elevando o marcador para 6-3. Com o público a empurrar, os leões jogaram com classe e confiança. A um minuto do fim, Acácio Campos voltou a assistir Benigno, que, num ato de resiliência e precisão, fez 8-3, o resultado final.
Pouco antes do apito final, Acácio Campos foi injustamente expulso após uma quarta falta mal assinalada. O Sporting terminava com três atletas em plenas condições e um quarto, Benigno, a lutar contra as dores. Ainda assim, a vantagem estava assegurada - e o título, também. Quando o jogo terminou, o campo foi invadido por adeptos em euforia. Os jogadores do Sporting foram carregados em ombros até aos balneários, numa explosão de orgulho que nunca mais será esquecida.
Conjunto verde e branco volta a erguer o troféu mais uma época, mesmo com alguns problemas no jogo decisivo frente ao eterno rival
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O Sporting sagrou-se campeão da Taça de Honra depois de derrotar o Benfica num dérbi eterno na final da competição, no dia 4 de junho de 1916. O confronto decisivo acabou 1-0 para o conjunto verde e branco, mas acabou por ficar marcado por invasões de campo e polémicas em torno das quatro linhas.
O plantel do Sporting para revalidar o título da Taça de Honra era constituído por: Paiva Simões, Carlos Fernando Silva, Amadeu Cruz, Jorge Vieira, Raul Barros, Gastão Ferraz, Boaventura da Silva, Artur José Pereira, António Stromp, Francisco Stromp - capitão e fundador do Clube leonino, António Rosa Rodrigues, Jaime Gonçalves, John Armour, Alfredo Perdigão, Marcelino Pereira e João Bentes.
O conjunto verde e branco tinha sido o grande campeão da Taça de Honra no ano interior e, agora, queria revalidar o título, para além de um ajuste de contas com o eterno rival, tendo em conta algumas derrotas durante a época. Nas meias-finais, o Sporting derrotou a equipa do Império por 6-0, o que deu um passaporte com muita confiança para a final.
O grande jogo decisivo ficou marcado por uma polémica, devido à grande ventania que se sentia dentro das quatro linhas. A questão é que este vento favorecia a equipa do Sporting que, sem qualquer piedade, aproveitou e chegou à vantagem no marcador, fazendo o 0-1 antes do fim da primeira parte.
No primeiro tempo, o conjunto encarnado, desfavorecido pelo vento, fazia de tudo para acabar os 45 minutos, com constantes alívios de bola, sem conseguir criar qualquer oportunidade na partida. Uma situação que acabou por mudar na segunda parte, porque as equipas tiveram de trocar de lados no campo.
Se na primeira parte era o Benfica a chutar bolas para evitar o perigo, agora, depois do intervalo, era o Sporting a fazer esse papel. Ainda assim, a ventania acalmou mais um pouco e os leões souberam tirar proveito disso mesmo, conseguindo terminar os 90 minutos com a vitória de 0-1 no marcador.
Com esta derrota, os adeptos do Benfica, que sempre foram imensos, não ficaram contentes com o desempenho da equipa no segundo tempo e chegaram mesmo a fazer uma grande invasão de campo. Apesar deste momento, tudo correu bem e nada se passou para além de algumas reclamações. Depois desta polémica, Sporting acabou por festejar, mais uma vez, a conquista da Taça de Honra.
Equipa verde e branca festejou o título depois de um jejum e conseguiu fazê-lo precisamente diante do adversário que mais dores de cabeça lhe deu
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A época de 1977/78 marcou o regresso do Sporting ao topo do andebol nacional. Quatro anos após o último título, os leões reconquistaram o campeonato e a consagração chegou no derradeiro jogo da fase final, disputado no dia 4 de junho, perante um Pavilhão de Alvalade em ebulição, com uma vitória decisiva por 17-15 frente ao Belenenses, o mais direto rival à época.
O percurso rumo ao título começou a ganhar forma desde cedo. Na fase regular, o Sporting apresentou um desempenho absolutamente dominante: venceu todos os 22 jogos disputados, construindo uma base sólida que espelhava não apenas a qualidade individual dos jogadores, mas também uma organização coletiva irrepreensível.
O único deslize da temporada surgiu já na fase final, com um empate precisamente diante do Belenenses. Mas nem esse percalço abalou a confiança da equipa leonina, que manteve o foco até ao último apito da última jornada.
Determinados em quebrar o jejum de títulos, os responsáveis do Sporting investiram fortemente na construção de um plantel capaz de devolver a hegemonia ao Clube e fizeram-no sem hesitar em ir buscar talento aos rivais diretos.
João Gonçalves, José Luís Ferreira, João Miranda e Vasco Vasconcelos foram contratados ao Benfica, reforçando setores-chave com experiência e qualidade. A juntar-se a eles chegou também Jorge Rodrigues, um poderoso rematador de meia distância proveniente do Belenenses, onde havia sido campeão na época anterior. Estes reforços revelaram-se determinantes, não só pela sua valia técnica, mas também pela mentalidade competitiva que trouxeram ao balneário leonino.
O percurso vitorioso do Sporting não esteve isento de contratempos. No arranque da fase final do campeonato, o treinador principal, Matos Moura, sofreu um Acidente Vascular Cerebral que o afastou da condução da equipa num momento decisivo da época. Este golpe inesperado poderia ter abalado a estrutura do grupo, mas o espírito de união e resiliência falou mais alto.
Foi então o seu adjunto, Alfredo Pinheiro, quem assumiu o comando técnico da equipa. Sob a sua orientação, os leões mantiveram a consistência e o foco, demonstrando uma notável capacidade de superação num dos períodos mais delicados da temporada. O próprio título, quando finalmente conquistado, carregava também o simbolismo de uma vitória coletiva em honra de Matos Moura.
A luta pelo campeonato teve como pano de fundo um duelo renhido entre Sporting e Belenenses. A formação do Restelo, liderada por nomes como Carlos Silva, Luís Hernâni, José Manuel Reinaldo e Carlos Franco, manteve sempre a pressão sobre os leões ao longo de toda a temporada.
O confronto direto entre ambos, na última jornada da fase final, acabou por ser decisivo. Com o título em jogo e um ambiente eletrizante nas bancadas do Pavilhão de Alvalade, o Sporting triunfou por 17-15, e selou a conquista do tão desejado campeonato.
A única derrota do Sporting em toda a época surgiu na Taça de Portugal, precisamente diante do Belenenses, nos quartos-de-final. Antes disso, os leões haviam afastado o Benfica, nos 'oitavos', num percurso que prometia mais, mas que acabou por ser travado de forma precoce. Nos dias que correm, a equipa de andebol continua a dar grandes alegrias aos adeptos, à semelhança do que aconteceu esta época, com a conquista do bicampeonato nacional.
Desportista de alta competição do conjunto verde e branco conquistou o segundo lugar numa primeira prova dificílima na sua carreira
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No dia 2 de junho de 2013, Pedro Fraga, remador português do Sporting, conquistou a medalha de prata nas provas europeias de remo que, nesse ano, decorreram em Sevilha, Espanha. Foi um desempenho histórico do português, que não era apontado como um dos favoritos. O ano de 2013 ficou marcado, também, pelo facto de Bruno de Carvalho ter assumido a presidência do Clube.
A prova europeia disputada em Sevilha acabou por ser vencida pelo atleta dinamarquês Henrik Stephansen, que levou a medalha de ouro para casa. O remador de alta competição já tinha sido bicampeão do mundo e estava envolto, por isso, numa grande expectativa, que acabou por ser superada com sucesso.
Para Pedro Fraga, esta foi uma estreia quase perfeita em skiff (LM1x). Perder apenas para o atual bicampeão mundial na prova é, sem dúvida, um feito inesquecível. O remador português que representava as cores verde e brancas cortou a meta com o curtíssimo espaço de tempo comparado ao primeiro lugar.
O atleta dinamarquês atingiu a meta dos 1500 metros no percurso em 7.37,93 minutos. Cortou a meta final com uma diferença de 91 centésimos de segundo comparativamente a Pedro Fraga, que lutou até ao fim por este título que podia vir a ser inédito.
O português já tinha disputado outras provas na carreira, mas em LM2x. Em 2011, Pedro Fraga tinha conseguido a medalha de bronze em Plovdiv, na Bulgária, para além das medalhas de prata no ano de 2010, em Montemor-o-Velho em Portugal e em Varese, na Itália, em 2012.
O ouro apareceu em 2014, um ano depois de se ter estreado em LM1x, em Sevilha. A primeira posição do pódio foi conquistada na prova que decorreu em Belgrado, na Sérvia, que apesar de muito intensa, terminou com um tempo impressionante de 6.51,720 minutos.