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Competições
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No dia 7 de março de 2021, no Pavilhão Municipal de Santo Tirso, o Sporting voltou a fazer história no voleibol ao conquistar a sua quarta Taça de Portugal. Contra todas as probabilidades, a formação leonina bateu o Benfica, por 3-1, num jogo marcado pela intensidade e por várias reviravoltas.
Para chegar à final, os leões começaram por triunfar diante do Vitória de Guimarães, por 3-0 (25-20, 25-20 e 25-20). Na etapa seguinte, os verdes e brancos venceram, sem grande dificuldade, a Académica de Espinho por 3-0 (25-22, 25-15 e 25-11), num jogo simbólico, onde Miguel Maia defrontou pela primeira vez o seu filho. Na meia-final, os comandados de Gersinho derrotaram igualmente o Leixões por 3-0 (25-11, 25-18 e 25-18), garantindo assim o tão desejado lugar na decisão do troféu.
Na final, o Sporting entrou forte e alcançou uma vantagem inicial de 4-1. No entanto, o Benfica reagiu e equilibrou as contas, empatando a cinco pontos. Os encarnados assumiram a liderança e chegaram aos 14-10, mas os leões demonstraram espírito de luta e recuperaram, conseguindo fechar o primeiro set a seu favor por 29-27.
No segundo set, os verdes e brancos mantiveram a consistência e, após um início equilibrado, aceleraram a partir do 10-10. O Sporting mostrou superioridade e venceu por 25-22, ficando a apenas um set do título. O Benfica, obrigado a reagir, entrou forte no terceiro set e aproveitou alguma desconcentração leonina para triunfar por 16-25.
Determinado a não deixar escapar a vitória, o Sporting começou o quarto set com um arranque fulgurante, alcançando um 3-0 inicial. Os encarnados ainda conseguiram recuperar e passaram para a frente com 22-23, mas os leões nunca baixaram os braços. Num final dramático, em que ambas as equipas tiveram oportunidades para fechar o set, o Sporting levou a melhor por 28-26 e ergueu a Taça de Portugal.
No final do jogo, o treinador Gersinho destacou a dedicação da equipa e a importância da conquista: “Estou muito feliz com este resultado. Foi uma vitória fruto de muito trabalho e de um grande espírito de sacrifício. Depois de 26 anos sem conquistar esta Taça, os nossos jogadores merecem todo o reconhecimento”.
Miguel Maia, capitão da equipa, também não escondeu a emoção: “Levantar esta Taça depois de 26 anos é um orgulho enorme. Tivemos de lutar muito, mas esta equipa mostrou que tem ambição e qualidade. Foi um fim de semana muito especial para mim, pois defrontei o meu filho e conquistei a minha décima Taça de Portugal”. Recentemente, foi a vez da equipa de voleibol feminino erguer o troféu.
Leões deixaram rivais encarnados e azuis e brancos para trás e, no derradeiro encontro, voltaram a triunfar, o que assim aumenta o palmarés do Clube
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Para esta final, o Sporting fez-se apresentar com Luís Oliveira, Ricardo Candeias, Frankis Carol, Rui Silva, Pedro Portela, Sérgio Barros, João Ligeiro, Pedro Solha, Ricardo Dias, Bruno Moreira, João Antunes, Nuno Gonçalves e Fábio Magalhães.
Já o ABC tinha disponíveis Humberto Gomes, Emanuel Ribeiro, Bruno Dias, Pedro Seabra, Tomás Albuquerque, Carlos Martins, Diogo Branquinho, Fábio Vidrago, David Tavares, Carlos Siqueira, Ricardo Pesqueira, Nuno Rebelo, Vasco Areias, Nuno Grilo, João Paulo Pinto e Hugo Rocha.
O embate com os guarda-redes de ambas as equipas a protagonizarem intervenções decisivas logo nos minutos iniciais. Apesar da forte réplica minhota, foi o Sporting, orientado por Frederico Santos, que assumiu a dianteira, revelando maior consistência nas transições e solidez defensiva. Até ao minuto 18, o jogo manteve-se taco-a-taco, mas os verdes e brancos conseguiram, então, estabelecer uma vantagem de três golos.
Ainda assim, o ABC mostrou resiliência e aproveitou uma fase menos eficaz dos verdes e brancos na finalização para reequilibrar o marcador. A igualdade (13-13) surgiu nos instantes finais da primeira parte, mas Frankis Carol, com frieza, devolveu a vantagem ao Sporting antes do intervalo, com o resultado a ficar-se pelos 14-13.
Após o reatamento, o Sporting entrou com mais intensidade e rapidamente ampliou a vantagem para quatro golos (19-15). A partir daí, o Clube de Avalade não mais cedeu o controlo do jogo. Demonstrando maturidade tática, os leões souberam gerir o ritmo e a pressão até ao apito final e conseguiram uma merecida vitória.
A exibição de Pedro Portela foi absolutamente decisiva: o ponta leonino brilhou com 12 golos em 16 remates, sendo o artilheiro da partida. Frankis Carol também teve uma contribuição importante, com oito tentos. No lado do ABC, David Tavares foi o melhor em campo, somando também oito remates certeiros, esforço que não foi suficiente para travar o ímpeto verde e branco.
A voz dos treinadores
Na hora da consagração, o técnico do Sporting Frederico Santos, à comunicação social, não escondeu o orgulho: "Esta Taça é fruto do trabalho que desenvolvemos ao longo da época. Estamos muito orgulhosos por ter dado mais um troféu aos sportinguistas. Hoje provámos mais uma vez que somos uma equipa muito forte". Já Carlos Resende, treinador do ABC, reconheceu a justiça do resultado: "Hoje não fizemos uma boa partida, nomeadamente no que diz respeito à defesa, onde fomos demasiado permissivos. O Sporting esteve melhor e foi um justo vencedor."
Antes de levantar o troféu, vale lembrar, o Sporting superou adversários de peso. Nos quartos-de-final eliminou o Porto por 25-23, e na meia-final da 'final four' venceu o Benfica, num emocionante 23-22. Neste momento, os leões, agora orientados por Ricardo Costa, estão focados no campeonato e na Liga dos Campeões da modalidade, estando nos quartos-de-final, fase em que irão agora defrontar os franceses do HC Nantes, a 23 e 30 de abril.
*Atualizado a 14 de fevereiro
Lenda do Clube de Alvalade mostrou que a idade é apenas um número, registando mais um recorde que será para sempre recordado
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No dia 9 de abril de 1983, Carlos Lopes - que em 1985 foi Campeão do Mundo - participou na Maratona de Roterdão e o antigo atleta do Sporting não podia ter desejado melhor desempenho. Apesar de não ter vencido a prova, a lenda do Clube de Alvalade ficou com a medalha de prata e completou a prova em 02h08m39s, estabelecendo um novo recorda da Europa.
Após a experiência menos positiva de Carlos Lopes na Maratona de Nova Iorque, em que foi forçado a desistir com cãibras numa altura em que até ia bem posicionado no grupo da frente, a lenda do Sporting não atirou a toalha ao chão e voltou à tentar a sua sorte nesta prova de longa distância.
Numa prova altamente competitiva, os grandes rivais de Carlos Lopes eram Alberto Salazar (americano), Robert de Castella (australiano) e ainda o Rodolfo Gomez (mexicano). Contudo, o histórico do Sporting não se mostrou impressionado e foi com tudo à luta nesta competição bastante concorrida.
No começo da prova, Carlos Lopes conseguiu seguir com o grupo da frente, onde estavam todos os principais favoritos à conquista da Maratona de Roterdão. Todavia, na reta final da competição, a lenda do Sporting ficou apenas com Robert de Castella a fazer-lhe companhia para os quilómetros finais.
No ‘mata mata’, Carlos Lopes acabou por ser batido, ao sprint, pelo australiano, que terminou a prova em 02h08m37s, contra os 02h08m39s da referência do Sporting. Ainda, assim, o antigo atleta do Clube de Alvalade registou um novo recorde da Europa, batendo a marca anterior do neerlandês Gerard Nijboer (02h09m01s).
“Bati-me com os melhores do Mundo e fiz um tempo como pensava. Senti-me melhor que em Nova Iorque, mas julgo que ainda posso fazer muito melhor”, atirou Carlos Lopes, no final da Maratona de Nova Iorque, mostrando-se muito ambicioso quanto às suas hipóteses neste tipo de prova.
Carlos Lopes, nascido a 18 de fevereiro de 1947, em Vilemoinhos, Viseu, é um dos maiores atletas da história do Sporting e, também, de Portugal. A lenda do Clube de Alvalade conquistou 10 campeonatos nacionais de leão ao peito e ajudou os leões a conquistarem sete Taças dos Campeões Europeus de Corta-Mato, competição que ganhou individualmente por três ocasiões.
Emblema verde e branco dá provas mais uma vez do seu domínio, não dando qualquer hipótese aos seus adversários no campeonato nacional
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O Sporting sagrou-se mais uma vez campeão de ténis feminino a 4 de abril de 1992, confirmando o favoritismo que vinha com as vitórias das edições dos anos anterior. A equipa era constituída por Odete Cardoso, Margarida Lopes e Luísa Lopes, que se mantiveram no grupo e já tinham os seus créditos firmados.
Os leões eram detetores, tanto dos campeonatos individuais nacionais como de regionais de individuais masculinos e femininos, ao que acresce ainda o título em pares masculinos, femininos, e mistos. Os verdes e brancos vencera, ainda, os campeonatos individuais absolutos masculino e feminino.
Os verdes e brancos não concederam qualquer partida aos adversários. Para as três leoas, foi relativamente fácil revalidar o título de equipas femininas, sendo mesmo frequente que nas provas individuais constassem nos lugares cimeiros. As leoas bateram as equipas do Porto, Estrela da Amadora e Casa Pia e terminaram todos os jogos com o resultado de 3-0.
Mais uma prova de que domínio leonino evidente é o facto de somente Margarida Lopes ter cedido um set frente à jogadora do Porto Daniela Rute. O triunfo do Sporting foi incontestável e o ténis era mais uma modalidade onde a presença verde e branca nas fases decisivas e nas conquistas dos títulos era avassaladora.
Nesse ano, as leoas juntaram à conquista do campeonato nacional a Taça de Portugal, no final do mês de maio, desse ano de 1992, quando Odete Cardoso, Margarida Lopes e Luísa Lopes bateram primeiro a formação do Estrela da Amadora e na final o Vitória de Setúbal. Ambas as partidas terminaram, novamente, com um resultado de 3-0.
O ténis é uma das modalidade mais praticadas a nível mundial, Portugal não é exceção, embora até ao momento ainda não tenha surgido nenhum nome que alcançasse o estrelato de figuras com Pete Sampras, Roger Federer, Rafael Nadal o Novak Djokovic. Quanto ao Sporting, atualmente perdeu a importância e o domínio na modalidade que teve durante toda a década de 90 - embora no Ténis de Mesa esse impacto se tenha mantido.