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No dia 6 de maio de 2018, a equipa de futebol feminino do Sporting recebeu, no Estádio José Alvalade, a formação do Valadares Gaia, em partida a contar para a 21.ª jornada do campeonato nacional feminino 2017/18. As leoas acabaram por vencer o encontro por 4-1, o que lhes valeu a conquista da prova. Os golos leoninos foram marcados por Diana Silva (34’), Carole Costa (38’ e 70’) e Ana Capeta (70’).
Nessa tarde de futebol, o professor Nuno Cristóvão apostou num onze formado por Patrícia Morais, Matilde Fidalgo, Carole Costa, Matilde Figueiras, Joana Marchão, Carlyn Baldwin, Tatiana Pinto, Fátima Pinto, Sharon Wojcik, Ana Borges e Diana Silva. Já do lado visitante, as escolhidas foram Marta Dias, Neide Simões, Sarinha, Ivone Calado, Inês Maia, Leandra Pereira, Tita Dias, Cristina Ferreira, Lúcia Alves, Carolina Rocha e Sara Sá.
As jogadoras do Sporting entraram em campo sabendo exatamente aquilo que tinham de fazer: vencer a partida para se sagrar bicampeãs nacionais, o segundo título seguido desde o regresso do futebol feminino dos leões, na temporada 2016/17. Mas, a verdade é que o jogo começou melhor para a equipa visitante.
Aos 17 minutos de jogo, uma falha de comunicação entre a guarda-redes Patrícia Morais e a defesa-central Matilde Figueiras criou uma oportunidade para Lúcia Alves, que com a baliza praticamente deserta, rematou para o fundo da baliza do Sporting, fazendo assim o primeiro golo da partida (0-1).
As leoas não baixaram os braços e, 'empurradas' pelo anfiteatro de Alvalade, foram em busca da igualdade que chegou aos 34 minutos: a recém-entrada Ana Capeta entrega a bola nos pés de Diana Silva, que com um remate em arco marca um grande golo que faz o 1-1 no jogo e deixava tudo em aberto. Apenas três minutos depois (38’), Tatiana Pinto faz um cruzamento para a grande área e encontra a central Carole Costa, que cabeceia da melhor forma e dá a primeira vantagem para a turma verde e branca por 2-1.
Ficou assim a faltar muito pouco tempo para o intervalo, mas isso não impediu que o Sporting marcasse novamente. Aos 40 minutos, Ana Borges começou uma correria desenfreada pelo lado direito do ataque das leoas e com um cruzamento rasteiro, encontrou os pés de Ana Capeta, que desviou a bola da guarda-redes do Valadares Gaia, fazendo assim o 3-1 no marcador.
Na segunda parte, o rumo do jogo mudou e, já com menos nervosismo, o Sporting passou a controlar definitivamente a partida. Depois de sucessivas aproximações, as leoas lá marcaram o seu quarto e último golo do encontro aos 70 minutos. Ana Borges dribla a sua adversária e, junto à linha, tirou um cruzamento que foi finalizado por Carole Costa, que bisou e, novamente, de cabeça. Com este último tento, o marcador fechou com um resultado 4-1 e o Clube pode festejar a conquista do bicampeonato junto dos seus adeptos na bancada.
O Sporting fechou o campeonato na primeira posição da tabela do campeonato nacional feminino 2017/18, somando 59 pontos, num total de 63 possíveis. Ao longo de toda a prova, as leoas venceram 19 dos 21 jogos que compunham a competição, apenas empatando com as equipas do Braga e do Estoril-Praia.
Leões festejam o 18.º título nacional depois de triunfarem em Alvalade, na última jornada do campeonato. Dupla ajudou - e muito - para o resultado
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No dia 5 de maio de 2002, o Sporting enfrentava o Beira-Mar na última jornada do campeonato português de 2001/2002. Já com o 18.º título nas mãos, os leões venceram o jogo no Estádio José Alvalade por 2-1, com dois golos de Mário Jardel, aos 29 e 88 minutos de jogo.
Lászlo Boloni, treinador do Sporting, apostou em Nélson, André Cruz, Beto, Facundo Quiroga, Rodrigo Tello, Diogo, Paulo Bento, Hugo Viana, Pedro Barbosa, Mário Jardel e João Vieira Pinto. António Sousa, treinador do Beira-Mar, foi para campo com Nuno Santos, Lobão, Cristiano, Areias, César Filipe, Pedro Levato, Juninho Petrolina, Luís Manuel, Marcelinho, Jorge Gamboa e Rui Dolores.
Na primeira parte, o Sporting faz a primeira substituição aos 25’, com a saída de Rodrigo Tello e a entrada de César Prates. Aos 29’, João Vieira Pinto faz a assistência para o primeiro golo do jogo, que sai dos pés de Mário Jardel, uma dupla que voltaria a faturar mais tarde no jogo.
António Sousa seguiu para a segunda parte com uma alteração na equipa do Beira-Mar, com a saída de Luís Manuel e a entrada de Fary Faye. Aos 49 minutos de jogo, ainda na equipa de Aveiro, Ribeiro entra para o lugar de Marcelinho Barros. A próxima mexida aconteceria aos 54, com a entrada de Ricardo Quaresma, para a saída de Hugo Viana.
Com 69 minutos de jogo Facundo Quiroga faz falta dentro da própria área, recebe cartão amarelo e o árbitro apita pénalti para o Beira-Mar. Fary Faye converte eficazmente o castigo máximo (70’) e empata a partida (1-1). Na reação ao golo sofrido, Boloni, técnico do Sporting, faz a última alteração na equipa (73’), com a saída de Pedro Barbosa e a entrada de Dimitris Nalitzis.
Aos 78’, Ribeiro, do Beira-Mar, recebe o seu primeiro cartão amarelo na prova e, aos 80’, Rui Dolores entra para a saída de Demétrios. Dez minutos depois, a dupla João Vieira Pinto-Mário Jardel repete-se e o Sporting faz o 2-1 na partida. Um minuto antes do apito final, Paulo Bento (Sporting), Diogo (Sporting) e Demétrios (Beira-Mar) recebem cartões amarelos (89’).
O Sporting vence, celebra o título em casa e Mário Jardel totaliza 42 golos na competição, que lhe valeram a bota de ouro desse ano. Com este título, torna-se o segundo Sportinguista a conquistá-la, isto depois de Yazalde já o ter feito.
Leões saem derrotados do dérbi, mas vão para a última jornada do campeonato com o desejo de festejar o título logo após o final da época
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No dia 6 de maio de 2000, a penúltima jornada do campeonato ferveu até ao final. O Sporting recebeu no Estádio José de Alvalade o eterno rival Benfica, num dérbi que podia dar o título aos Leões. A equipa visitante venceu 0-1 perto dos descontos, com o golo de Abdel Sabry (88’).
O treinador Sportinguista Augusto Inácio apostou em Peter Schmeichel, Abdelilah Saber, Beto, André Cruz, Rui Jorge, Aldo Duscher, Luís Vidigal, Pedro Barbosa, Ivone De Franceschi, Beto Acosta e Kwame Ayew. No lado contrário, os escolhidos de Jupp Heynckes foram Robert Enke, Ricardo Rojas, Ronaldo, Sérgio Nunes, Calado, Cristián Uribe, Andrade, Karel Poborsky, Serhiy Kandaurov, Nuno Gomes e João Vieira Pinto.
Com uma vantagem de quatro pontos sobre o Porto, que ocupava o segundo lugar na liga, o empate bastava para o Sporting se sagrar campeão. O jogo que acabava por terminar numa derrota dos leões foi disputado até ao fim. A primeira parte terminou sem golos e com um cartão amarelo para Ricardo Rojas. A primeira substituição foi levada a cabo pelo Benfica, aos 50’, com a saída de João Vieira Pinto para a entrada de Abdel Sabry, avançado egípcio que viria a mudar o jogo.
Ao 62’, Ronaldo e Serhiy Kandaurov, jogadores das águias, recebem cartões amarelos e aos 65 minutos de jogo, Augusto Inácio, treinador do Sporting, faz uma dupla substituição, com as saídas de Pedro Barbosa e Ivone De Francheschi e as entradas de Toñito e Mbo Mpenza, as únicas alterações da equipa leonina no jogo.
Entre os 72’ e os 75’, o Benfica recebe mais dois cartões amarelos, desta vez para Karel Poborsky e para Sérgio Nunes. Já nos minutos finais, Jupp Heynckes, treinador do Benfica, faz as últimas alterações na partida: Chano entra para o lugar de Cristián Uribe (77’) e Nuno Gomes sai para a entrada de João Tomás (85’).
O único golo do jogo surge aos 88’, dos pés de Abdel Sabry, que dá a vitória ao Benfica no dérbi eterno. Andrade, jogador das águias, recebe o amarelo aos 90’ e o árbitro apita para o final da partida. O Sporting terminou a jornada 33 da liga com apenas um ponto de vantagem, depois do Porto vencer por 2-1 o Estrela da Amadora, em casa, num jogo protagonizado por Mário Jardel, que marcou um golo. Foi o melhor marcador do campeonato em 1999/2000, com 38 golos e, mais tarde, acabou por representar os leões depois de passar uma época no Galatasaray (da Turquia).
Na última jornada, o Sporting venceu o Salgueiros fora de casa, num triunfo por 0-4, com os golos de André Cruz (47’ e 88’), Kwame Ayew (51’) e Aldo Duscher (75’). Os leões, finalmente, levantam a taça de um campeonato que foi disputado até ao fim e que quebrou um longo jejum de 18 anos.
Equipa verde e branca 'destrói' a congénere azul e branca depois de uma digressão que só deu motivos para sorrir aos Adeptos leoninos
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No início do século XX, o futebol português ainda dava os primeiros passos como prática organizada, mas já era palco de rivalidades e feitos que moldariam para sempre o imaginário dos Adeptos. Um desses momentos memoráveis aconteceu a 5 de maio de 1919, quando o Sporting realizou uma deslocação ao Porto que ficaria gravada para sempre e que conta com um triunfo por 11-0 diante daquele que é, ainda hoje, um dos seus maiores rivais.
A viagem ao Norte do país foi iniciada com um embate frente ao Sporting Clube de Espinho, equipa que se havia reforçado com três jogadores oriundos de outros clubes. Apesar dos esforços locais para compor uma equipa competitiva, o resultado foi um verdadeiro vendaval verde e branco: 16-0 a favor dos leões. A vitória esmagadora levantou murmúrios e justificações na região: diziam que os espinhenses estavam desfalcados e insinuava-se que o verdadeiro teste viria no dia seguinte.
Na tarde de 5 de maio, o Sporting enfrentou o Porto num jogo envolto em grandes expetativas. Os leões alinharam com Carlos Ferrando da Silva, Amadeu Cruz, Jorge Vieira, Joaquim Caetano, Artur José Pereira, Boaventura da Silva, Torres Pereira, Francisco Stromp, Jusa, Perdigão, Marcelino.
O jogo começou de forma equilibrada. O Porto até marcou primeiro e conseguiu manter um ritmo competitivo até ao intervalo, com momentos de bom futebol, disputado com vigor e inteligência. No entanto, o que se seguiu foi uma autêntica aula de futebol por parte dos verdes e brancos.
Na segunda parte, o Sporting libertou todo o seu potencial: acelerou o jogo, dominou todos os setores do campo e exerceu uma pressão constante sobre os portistas. O resultado foi uma goleada surpreendente por 11-1. Não houve polémicas nem condicionantes externas e o resultado justificou-se por uma superioridade avassaladora.
No dia seguinte, o jornal O Primeiro de Janeiro não poupava nas palavras. A derrota suscitou uma crítica contundente ao estado do desporto nortenho: "Não devemos trazer cá grupos de futebol sem primeiramente estarmos preparados para os receber, e hoje completamos essa afirmação declarando que os revezes que agora sofremos não são senão o resultado da decadência em que presentemente vive o nosso meio desportivo".
A publicação em causa prosseguiu o texto com mais críticas: "Não é com jogadores que passam as noites em diversões pouco próprias de gente do desporto que se pode arranjar uma boa equipa de futebol para se defrontar com agrupamentos como o do Sporting, cuja sólida organização em tudo e por tudo deixa a perder de vista todos os nossos clubes. Em rapidez, combinação e energia não têm quem os igual".