Augusto Inácio, antigo treinador campeão nacional pelo Clube de Alvalade, pronunciou-se, no jornal desportivo ‘A Bola’, acerca do triunfo conquistado em Alvalade no passado sábado frente ao Benfica (2-1), em jogo válido para a 28ª jornada da Liga Portugal Betclic. O ex jogador e treinador começou por afirmar que, com a vitória, “o Sporting deu um passo muito importante para o título”, concluindo que “mais uma vez o Sporting demonstrou estar apto para defrontar equipas grandes, quer seja em casa quer seja fora”.
Agora líder por quatro pontos de distância do Benfica, segundo na tabela do Campeonato Nacional, o Sporting soma, à data, 71 pontos. Augusto Inácio afirma, acerca da equipa dirigida por Rúben Amorim, que: “Ganhou por 2-1 duma forma que considero justa. O Sporting iniciou o jogo praticamente com um golo de Geny Catamo, que considero o homem do jogo, e isso deu-lhe alento muito grande para encarar o resto da partida”.
Embora classifique o Clube de Alvalade como o justo vencedor, Augusto Inácio, também antigo diretor geral de futebol, admite que a partida não foi absolutamente dominada pelo Sporting: “Foi um jogo dividido, empenhado por parte das duas equipas, com os jogadores a darem o seu melhor, não encontrando os caminhos para as oportunidades de golo, sendo poucas as que houve na primeira parte, mas o Benfica confirmou as suas melhorias depois daquele jogo da Taça no Estádio da Luz.”
O antigo defesa do Sporting prosseguiu: “Os encarnados bem tentaram, com Di María por um lado e Neres pelo outro, mas com Bah a não demonstrar a mesma capacidade ou o mesmo espaço que na terça-feira porque Matheus Reis estava muito atento aos seus movimentos; havendo também grande luta no meio-campo com João Neves e Florentino por parte do Benfica e Morita e Hjulmand por partedoSporting—jogo muito combativo, muito disputado, tecnicamente nem sempre bem jogado mas o Sporting a aparecer com outra cara no sentido de ter bola, a ter organização e espaços para poder jogar. Foi assim que os leões, através, também, das suas individualidades, conseguiram marcar a diferença no jogo”, chutou.
Apesar de denotar a qualidade de jogadores individuais, e destacando a prestação de Pedro Gonçalves – titular no dérbi, primeiro encontro que pôde disputar após lesão que havia contraído -, no lance perigoso que conseguiu construir, Augusto Inácio admite que a primeira parte foi equilibrada:
“Uma primeira parte bem dividida, sem grandes oportunidades de golo de parte a parte, com alternâncias de comando de jogo mas sem ocasiões flagrantes. Mas o Sporting pensava que ia para o intervalo a ganhar por 1-0 mas o Benfica, através duma bola parada, fez o empate por Bah ao segundo poste e relançou a dúvida para a segunda parte”, escreveu o diretor geral dos leões.
Augusto Inácio concluiu em tom otimista, acerca do triunfo importante que o Sporting conseguiu, já bem no final da partida, arrecadar: “O que é certo é que o Sporting foi criando as suas oportunidades, o Benfica também teve as suas, esperava-se que o resultado final fosse uma igualdade mas através dum pontapé de canto apareceu uma individualidade dentro dum coletivo que é forte como o do Sporting. O herói improvável, Geny Catamo, com o seu pior pé, o direito, marcou um golaço que deu a vitória ao Sporting e cavou um fosso de quatro pontos que podem ser sete porque ainda há o jogo com o Famalicão e se vencer esse jogo fica com as duas mãos no Campeonato Nacional. Boa vitória do Sporting, boa moldura humana, num ambiente extraordinário”, elogia.
