"PREFIRO QUE A TEMPORADA TERMINE"
Luiz Phellype deu uma entrevista ao Gazeta Esportiva
Redação Leonino
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29 de Março 2020, 15:21

Luiz Phellype deu uma entrevista ao Gazeta Esportiva, site desportivo brasileiro. O avançado do Sporting CP falou do assunto do momento, o Covid-19, contando como estão as coisas no nosso país.

“Aqui o clima ainda é de tensão. Tudo começou antes, ficou tudo pior antes. No começo, não deram tanto valor, o que acredito que tenha acontecido no mundo todo, não valorizaram tanto. Só que as coisas foram ficando sérias e houve um choque de realidade. As pessoas já não saem mais, só vão às ruas para ir ao mercado e voltam. E têm que entrar com senha, três de cada vez. Não sei até quando isso vai durar. Está muito difícil”, disse o jogador de 26 anos.

Phellype alertou ainda o Brasil dos perigos de não atuar a tempo em relação a esta pandemia.

“Pelo que acompanhei, vi que no Brasil, assim como aqui em Portugal, as pessoas demoraram a se aperceber para o que realmente estava a acontecer, para a gravidade da coisa. Também não deram muito valor, com praias e bares lotados. As pessoas têm que se cuidar, senão a tendência é piorar, não tem jeito. No Brasil costuma ter muito mais aglomeração de pessoas do que na Europa. O cenário melhorou porque todos passaram a consciencializar-se. O que estamos a viver é muito sério, não é brincadeira”, acrescentou.

Sobre o retomar do campeonato, o avançado foi claro: não quer recomeçar.

“Sinceramente, prefiro que a temporada termine, que arranjem uma forma, da melhor maneira possível, até para não termos complicações na próxima temporada. Debate vai existir, uns serão contra e outros, a favor, mas acho que é o melhor a se fazer. O plano deles parece que é mesmo encerrar o campeonato”, disse.

Por fim, o brasileiro falou sobre a recuperação da sua lesão, ocorrida no fim de janeiro num joelho.

“A minha recuperação segue normal porque só eu estou autorizado a vir ao Centro de Treinos, justamente para poder dar sequência à minha fisioterapia, que preciso de fazer todos os dias. Só eu e o fisioterapeuta. Venho, faço meu treino e volto pra casa. Os demais jogadores estão todos em casa, fazendo treino por vídeo, e é assim que estamos levando. Acho que o governo e a federação só autorizaram esse esquema àqueles que estão fazendo tratamento pós-cirúrgico. Quem tem lesões mais comuns não pode vir tratar. Seguem um roteiro e fazem tudo de casa”, contou.

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