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Competições
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No dia 26 de maio de 2017, o Sporting festejou o bicampeonato em Ténis de Mesa, o 34.º da história numa modalidade na qual já foi campeão por 10 vezes seguidas. Os leões derrotaram o Ponta do Pargo no segundo jogo da final pelo parcial de 3-0, algo que já tinha acontecido uma semana antes.
O Sporting entrou melhor em pares, com as vitórias de Diogo Chen e Bode Abiodun por 11-5, 11-3 e 11-7, superando a dupla de nigerianos Jide Ogidiolu e Saheed Dawn, que vinham da ilha madeirense da Calheta.
Jide Ogidiolu viria a ser vencido novamente, mas desta vez por Aruna Quadri em triunfos com placar de 11-5, 11-8 e 11-2. Diogo Chen deu continuidade ao percurso vitorioso e venceu Énio Mendes em dois duelos, por 11-8 e 11-2.
No último jogo, o desportista do Sporting foi obrigado a fazer uma reviravolta épica depois de estar a perder 7-1 e acabar com um resultado de 12-10. A remontada fez com que as centenas de adeptos festejassem efusivamente no pavilhão.
Deste modo, ficou garantido o segundo título consecutivo para o Sporting, que pôde comemorar o triunfo em apenas dois jogos. O conjunto verde e branco nunca escondeu o favoritismo por ser o emblema da história do ténis de mesa com mais títulos em provas portuguesas.
Aruna Quadri, um dos protagonistas do título, mostrou toda a sua felicidade em declarações ao jornal do Clube: “Já ganhei vários títulos na minha carreira. É o meu 2.º pelo Sporting. Era um jogo importante e sabíamos da responsabilidade de ganhar. Não há outro sítio onde queira estar”.
Chen Shi-Chao, treinador dos atletas leoninos, também fez questão de explicar que estava muito grato ao emblema verde e branco: “O Sporting é um grande Clube. Temos cada vez mais pessoas a apoiar-nos e este título é todo para a Direção, que nos apoia muito. Acreditaram em mim e só posso agradecer com esta conquista. É um grande feito sermos bicampeões e estamos a fazer do Ténis de Mesa uma modalidade cada vez mais mediática”.
Equipa verde e branca conseguiu recuperar da desvantagem e, com recurso à qualidade técnico de um elemento em particular, acabou por vencer
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O futebol português testemunhou uma das primeiras grandes reviravoltas da sua história competitiva a 26 de maio de 1929. Nesse dia, o Sporting, sem favoritismo e após uma época discreta no Campeonato de Lisboa, onde terminou num modesto quinto lugar, eliminou o Porto nos oitavos-de-final do Campeonato Nacional, vencendo por 3-2 com um hat-trick de Oliveira Martins, jovem avançado que começava a dar nas vistas.
O embate realizou-se em Lisboa, e apesar de a partida ser disputada em campo neutro (prática comum, dado que as eliminatórias se jogavam a uma só mão), uma entusiástica multidão de adeptos portistas fez-se ouvir na capital. A equipa visitante era tida como favorita, mas encontrou um Sporting inspirado e liderado pelo técnico escocês Charles Bell.
Assim, os leões alinharam com Cipriano, Jurado, Martinho de Oliveira, Varela, Serra, Moura, Matias, Mourão, Abrantes Mendes, Oliveira Martins, Filipe dos Santos e José Carreira. Já o Porto, apresentou-se em campo com Mihály Siska, Jerónimo Pereira, Pedro Tamudo, Álvaro Pereira, Álvaro Sequeira, Lopes Martins, Júlio Dias, Waldemar Carneiro, Acácio Mesquita, Norman Hall e Raúl Castro.
O Porto entrou com mais ímpeto e, logo aos 9 minutos, Waldemar abriu o marcador com classe, ao concluir de forma subtil um passe de Mesquita, colocando a bola por cima do guarda-redes Cipriano. O início de jogo parecia confirmar o favoritismo dos nortenhos, enquanto o Sporting, prejudicado pelo vento contrário e pela insistência em jogadas aéreas, não encontrava o seu ritmo.
Contudo, aos 22 minutos, o jogo mudou de tom. Um passe bem medido de Abrantes Mendes para Mourão desfez a defesa azul e branca, e o cruzamento foi aproveitado por Oliveira Martins, que empatou com um remate fulminante. A confiança leonina cresceu exponencialmente a partir deste momento. Até ao intervalo, os lisboetas dominaram, com várias oportunidades criadas, mas viram Siska, guarda-redes portista, brilhar com defesas notáveis. Ainda assim, Oliveira Martins destacava-se como a principal ameaça.
Na segunda parte, foi a vez de Cipriano salvar o Sporting com duas intervenções decisivas. O Porto voltou a assumir o controlo e marcou de novo por Waldemar, desta vez com um remate de pé esquerdo digno de registo. A esperança verde voltou a esmorecer, mas não por muito tempo. A cerca de 30 minutos do fim, José Carreira encontrou Oliveira Martins solto na área, e o jovem avançado não desperdiçou: 2-2 e tudo em aberto.
O golo da reviravolta surgiria a 10 minutos do fim, quando Oliveira Martins, em grande tarde, disparou um remate rasteiro e potente de fora da área que só parou no fundo das redes. Estava consumado o hat-trick e uma das mais inesperadas reviravoltas da história do Campeonato de Portugal. O Porto, até então dominante, perdeu o controlo emocional e o Sporting passou a gerir a vantagem com autoridade, perante uma plateia que se rendeu à exibição da jovem promessa leonina.
Segundo o jornal Os Sports, o Sporting "honrou o futebol da capital com um justo triunfo", destacando a energia de Martinho de Oliveira, a inteligência tática de Matias, a serenidade de Serra e Moura, o perigo constante de Abrantes Mendes e o talento de Mourão. Mas foi Oliveira Martins, com a sua eficácia e instinto goleador, quem roubou os holofotes. Esta vitória, além de marcar uma viragem numa época instável para os leões, consolidou o nome do jovem avançado como uma das revelações do futebol português no final da década de 1920.
Plantel verde e branco conquistou, uma vez mais, competição do Velho Continente e volta a provar que tem capacidades para competir com os melhores
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O Sporting consolidou a sua posição no panorama europeu do andebol ao vencer, na temporada 2016/17, pela segunda vez, a Taça Challenge, a terceira maior prova da modalidade a nível europeu, depois da primeira vitória em 2009/10. Esta segunda conquista reafirmou a capacidade do andebol leonino para competir ao mais alto nível, sendo este o 25.º título internacional da história do Clube.
O percurso na prova começou no dia 19 de novembro de 2016, com uma estrutura competitiva dividida entre rondas iniciais mais acessíveis e fases finais de maior exigência. As três primeiras eliminatórias revelaram-se desiguais: a qualidade do plantel liderado por Hugo Canela, combinada com a tradição do Sporting em provas internacionais, levou os adversários a abdicarem do fator casa. Assim, todas as mãos destas fases foram disputadas em território nacional, num só fim de semana, o que permitiu ao Clube gerir recursos e garantir resultados sem grandes sobressaltos.
Na terceira ronda, o adversário foi o modesto ASD Romagna, de Itália. No Pavilhão do Casal Vistoso, o Sporting confirmou o favoritismo com vitórias categóricas por 32-25 e 37-24, selando a eliminatória com um total de 20 golos de vantagem. Seguiram-se os macedónios do HC Pelister Bitola, líderes do campeonato local à época. No Ginásio Clube do Sul, os leões voltaram a dominar, vencendo os dois jogos por 32-18 e 34-26, reforçando o domínio com uma margem ainda mais expressiva de 22 golos.
Os quartos-de-final trouxeram os gregos do AC Doukas a Almada. A superioridade leonina voltou a ser clara: 35-23 no primeiro jogo, onde a vantagem ao intervalo já era de 11 golos, e 27-25 no segundo, com o Sporting a gerir a eliminatória de forma inteligente. Com um agregado de 14 golos, o caminho para as meias-finais estava traçado. A partir daqui, a exigência subiu de patamar e o Sporting teve, pela primeira vez na prova, de jogar fora de casa, frente aos holandeses do JMS Hurry Up.
A deslocação à Holanda revelou-se um teste superado com distinção. No Sporthal Angelslo, em Emmen, os leões venceram por 32-27 num ambiente adverso, mas com o apoio de Adeptos nas bancadas. O reencontro em Portugal revelou o fosso entre ambas as equipas: 37-14 foi o resultado da segunda mão, a vitória mais dilatada da campanha europeia leonina (28 golos de diferença no total). Estava assim garantida a presença na final da Taça Challenge, novamente disputada a duas mãos, agora frente aos romenos do AHC Potaissa Turda.
A primeira mão da final decorreu a 20 de maio, no Ginásio do Sul, perante uma moldura humana vibrante. O Sporting impôs um ritmo elevado desde o apito inicial e, com uma exibição sólida, saiu para o intervalo a vencer por 19-11. A diferença chegou a ser de 12 golos (24-12) durante o segundo tempo, acabando o jogo com um expressivo 37-28. Destaque individual para Ivan Nikcevic (10 golos), Janko Bozovic (8) e o guarda-redes Matej Asanin, que foi determinante com defesas decisivas.
O derradeiro encontro aconteceu em Cluj Napoca, Roménia, no dia 27 de maio de 2017. Mesmo perante 2.500 adeptos adversários no Horia Demian Sports Hall, o Sporting não vacilou. Com uma exibição serena e controlada, os leões venceram por 30-24, selando uma campanha imaculada, sem qualquer derrota. Ao intervalo, a vantagem portuguesa era já de 13-9 e, mesmo quando o Turda conseguiu encurtar a distância para dois golos, a resposta leonina foi implacável. Nikcevic e Bozovic voltaram a brilhar com seis golos cada, bem como o impenetrável Asanin, que coroou a noite com mais uma atuação de gala.
Com esta vitória, o Sporting tornou-se o primeiro Clube português a conquistar por duas vezes uma competição europeia de andebol, um feito inédito no país. A campanha de 2016/17, invicta do início ao fim, não só reforçou o prestígio internacional do clube, como também confirmou a qualidade de um plantel sólido, equilibrado e experiente, capaz de ombrear com as melhores equipas do Velho Continente, o que voltou a ficar provado no percurso levado a cabo na Liga dos Campeões, esta temporada.
Equipa verde e branca impôs-se diante dos adversários, ainda que a primeira fase do campeonato tenha ficado marcada por um grande equilíbrio entre as equipas
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A temporada de 1994/95 ficará gravada na história do futsal português como o ano em que o Sporting selou o seu primeiro tricampeonato nacional, alcançando o quarto título do seu palmarés. Numa época marcada por mudanças estruturais na competição, os leões souberam adaptar-se e impor a sua supremacia.
O campeonato nacional conheceu, nesse ano, um novo formato. A Federação decidiu alterar o modelo competitivo, distribuindo os 24 clubes participantes por duas séries de 12 equipas. Este novo figurino previa que apenas os três primeiros classificados de cada grupo garantissem o acesso à fase final, o que aumentou a exigência e o nível de competitividade na primeira etapa da prova.
Com os olhos postos em mais um título, o Sporting reforçou-se de forma criteriosa no arranque da temporada. Chegaram ao plantel quatro atletas que viriam a ser peças importantes na caminhada triunfal: Fernando Rodrigues e Sérgio Rocha, ambos oriundos do Atlético; Marco Reis, ex-Barcarena; e Daniel Dias, proveniente da AM Portela. Estes reforços vieram acrescentar qualidade e profundidade ao grupo liderado por Orlando Duarte, um dos nomes mais respeitados do futsal em Portugal.
Durante a fase inicial do campeonato, os encontros foram marcados pelo equilíbrio. O Sporting terminou esta etapa na liderança do seu grupo, ainda que com os mesmos pontos do Correio da Manhã, evidenciando que a margem entre os candidatos era ténue. No entanto, os verdes e brancos demonstraram consistência competitiva e garantiram o lugar entre os finalistas, cumprindo o primeiro grande objetivo da temporada.
A história foi bem diferente na fase final. O Sporting impôs um ritmo avassalador e dominou por completo a fase decisiva do campeonato. Em apenas 10 jogos disputados, a equipa de Alvalade somou oito vitórias decisivas e garantiu o título com cinco pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o Correio da Manhã, numa margem confortável que espelha o domínio verde e branco nesta fase.
Com este desempenho categórico, o Sporting não só revalidou o título, como alcançou um feito inédito na sua história até então: o tricampeonato nacional de futsal. Foi o culminar de um ciclo vitorioso que consolidou o Clube como uma das maiores potências da modalidade em Portugal.