
Rodrigo Battaglia foi hoje ouvido, através de videoconferência, na 14.ª sessão do julgado sobre os acontecimentos do passado mês de maio.
Battaglia começou por dizer que, no final do encontro com o Marítimo SC, “estavam muitos adeptos à nossa espera e a gritarem por nós, queriam falar connosco. Falei com eles para tranquilizá-los (…) estavam fora de si, porque era um jogo importante e tínhamos perdido. O que disse é que tínhamos uma final no fim-de-semana seguinte e precisávamos de apoio e tranquilidade”.
Sobre os acontecimentos no Aeroporto Cristiano Ronaldo, o médio leonino afirmou que “quando chegámos ao aeroporto havia quatro ou cinco pessoas a insultar, também queriam falar com o Acuña e foi aí que tentei tranquilizá-los, dizendo que somos seres humanos e que também podemos errar”. Contudo, o jogador verde e branco negou ter existido qualquer tipo de confronto: “não chegou a haver confrontos, o William e o mister Jorge Jesus estiveram a falar com os adeptos”.
Sobre a invasão propriamente dita, contou que “nunca tentaram conversar connosco. Tudo o que disseram eram nos termos de nos chamarem ‘filhos da p…’ e que não merecíamos usar a camisola do Sporting”. Battaglia referiu ainda que foi alvo de diversas ameaças: “vamos-te matar. Não mereces a camisola. Deram-me socos na cara, no peito e nos braços. Vários colegas foram agredidos ao tentarem colocar-se entre eles e eu. Levei com um garrafão de 25 litros na parte lateral do peito”.
O internacional argentino confessou que “desde essa altura, fiquei com medo. Cada vez que perdemos um jogo, vem esse medo outra vez. Isto aconteceu no nosso local de trabalho”.
Fotografia de Sporting CP









