ERICK MENDONÇA AJUDA NO COMBATE AO COVID-19
Jogador do futsal verde e branco está a produzir máscaras de proteção
Redação Leonino
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26 de Março 2020, 12:01

Erick Mendonça, da equipa de futsal do Sporting CP, está a fabricar máscaras de proteção para ajudar no combate ao Covid-19. O jogador, tal como grande parte da família, está a produzir máscaras numa impressora 3D.

“A ideia da produção de máscaras em impressora 3D foi de um amigo. Falei com ele e, como tenho um tio que tem uma máquina, decidi juntar-me para ajudar. Desde então, temos estado em contacto e a produzir máscaras”, começou por explicar à agência Lusa, antes de falar do projeto.

“Isto começou a ser feito em Almada, pelo meu amigo Nuno Mateus e um amigo dele, mas tomou outras proporções e já há pessoas de todo o país a ajudar, porque há falta de material em todo o lado. No meu caso, estou num grupo na zona de Cascais”, refere o jogador de 24 anos.

Erick tem o contributo de cerca de 20 familiares, 10 dos quais com um papel mais efetivo e conseguiram reunir verba suficiente para comprar mais uma máquina 3D, que pode custar entre os 200 euros e 600 euros, e assim aumentar a produção, que atualmente é de 10 máscaras ao dia.

“Como a procura é grande e há falta de material, juntámo-nos todos e comprámos mais uma máquina, que ainda não chegou, para serem duas a produzir numa só família. A produção de máscaras em 3D demora algum tempo e, como estamos a trabalhar nisto não há muito, precisávamos de três horas para fazer uma unidade, mas já conseguimos reduzir para duas horas e meia”, detalha, sendo os materiais necessários: acetato, espuma e elásticos.

A primeira remessa foi para uma unidade de saúde do Feijó e a próxima será para a Linha de Cascais.

A motivação, essa, para aderir a este projeto surgiu, de acordo com o campeão europeu pelo Sporting CP, “de duas razões muito simples.”

“Temos de pensar no esforço que estes profissionais de saúde fazem e ajudar. Eles são heróis e é assim que devem ser vistos. Abdicam de estar com os familiares para cuidar de doentes. Depois foi a revolta por não poder fazer nada fisicamente. Tenho familiares que estão no grupo de risco e eu, como não podia ajudar de outra maneira, assim que percebi que era viável colaborar na produção de máscaras, não pensei duas vezes”, esclarece.

Apesar da iniciativa solidária, numa altura em que já começa a sentir “muitas saudades de competir”, o atleta leonino considera não estar a fazer mais que a sua obrigação.

“Estou a fazer os mínimos para ajudar quem nos ajuda. Não acho que isto seja um ato heroico, tão pouco tive a ideia, só sou parte integrante do projeto, mas sinto-me bem e com a plena consciência que isto é o que deve ser feito. Tenho a consciência tranquila por estar a ajudar”, finalizou o fixo.

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