Ex Barcelona rendido a Cristiano Ronaldo: "Esperou por mim no hotel para me cumprimentar"

Alparslan Erdem, antigo treinador adjunto de Andrea Pirlo na Juventus, revelou que Cristiano Ronaldo não se enquadrava no estilo de jogo do treinador italiano. O atual técnico do Shkupi (Macedónia do Norte) contou que Álvaro Morata era visto como o jogador ideal para a equipa transalpina.

A. Erdem: "Cristiano Ronaldo era o pior nos sprints. Pirlo não o queria"

"Fizemos uma análise com alguns dados e uma coisa foi clara. Pirlo não gostava de Dybala e Cristiano Ronaldo não se adequava de todo ao seu estilo de jogo. Ele queria pressionar alto e os dados mostravam que Cristiano Ronaldo era o pior nos sprints. Ele não o queria, mas não havia nada que pudesse fazer. Era apenas Cristiano Ronaldo", começou por dizer, em entrevista concedida ao podcast 'Stammplatz' do jornal alemão SportBild.

A. Erdem: "Gostava muito mais de Álvaro Morata, que era perfeito para o seu sistema em '4-4-2'"

Alparslan Erdem explica que a preferência do técnico recaía essencialmente sobre o internacional espanhol: "Gostava muito mais de Álvaro Morata, que era perfeito para o seu sistema em '4-4-2'. O seu sistema não funcionava com Cristiano Ronaldo, mas ele não podia fazer nada contra ele", concluiu.

Andrea Pirlo treinou a Juventus em 2020/21, onde conquistou uma Supertaça e uma Taça de Itália. Apesar dos dois títulos, a equipa italiana ficou no quarto lugar da Serie A e quebrou o ciclo de nove conquistas consecutivas do 'Scudetto'. Além do mais, foi eliminado pelo Porto nos oitavos de final da Liga dos Campeões. Atualmente comanda o Dubai United, da segunda divisão dos Emirados Árabes Unidos.

Recorde-se de que Cristiano Ronaldo representou a Juventus entre os anos de 2018 e 2021, período em que somou 101 golos em 134 jogos e conquistou dois campeonatos italianos, antes de rumar novamente ao Manchester United. O litígio entre Cristiano Ronaldo e a Juventus continua em aberto.

Ben Foster deixou, na última quarta-feira, 15 de outubro, vários elogios a Cristiano Ronaldo, afirmando que ninguém conseguirá igualar os feitos do craque português nem a sua longevidade. O antigo guarda-redes inglês, de 42 anos, que foi companheiro do jogador formado no Sporting no Manchester United, recordou ainda os tempos passados em Old Trafford.

"É sempre o primeiro a chegar e o último a sair. Sei que isto é tão cliché, que ouvimos toda a gente dizer que ele é tão profissional, mas ele realmente é. Ele sempre foi assim desde o início. Conseguias ver isso. Ele estava sempre a fazer massagens, trabalho de ativação [muscular] no ginásio, depois de fazer todo o trabalho no treino", começou por dizer, em declarações ao talkSPORT.

"Na semana passada, vi uma entrevista engraçada, acho que era o Riyad Mahrez. Perguntaram-lhe se ele estaria a jogar no próximo Mundial, dentro de quatro anos, e ele riu-se e disse: 'Mano, eu não sou o Cristiano Ronaldo, vá lá'. E ele estava certo! Ninguém mais pode fazer o que o Cristiano fez. Estar neste nível e mantê-lo por tanto tempo", atirou ainda.

De seguida, o antigo guardião fez um apelo aos mais jovens, para que estes sigam o exemplo do astro do futebol mundial: "Ele [Cristiano Ronaldo] é um louco, mas é bom de ver. É bom para mostrar aos mais jovens que estão a ver ou ouvir. Se vocês, de facto, se aplicarem, se realmente se dedicarem e se quiserem realmente algo, então podem ter longevidade na carreira. Adoro acompanhar isto". 

A terminar, quando questionado sobre se Cristiano Ronaldo se juntava ao grupo do Manchester United em momentos de 'festa', Ben Foster foi claro: "Não, ele não se interessa por isso, honestamente. Ele não bebe. Beber cervejas à sexta-feira, por exemplo, é das melhores coisas de sempre, especialmente se fizeste carreira no futebol. Mas o Rony [Ronaldo] não tem interesse nisso. Porque ele sabe que vão existir pessoas a tentar expô-lo, a tentar tirar fotografias ou a tentar enganá-lo. Por essa razão, foi sempre algo que não lhe interessava. Quando se trata do futebol e de trabalhar no duro, ele está lá e vai dar tudo".

Raphinha confirmou que esteve perto de deixar o Barcelona no verão de 2024, após receber uma proposta bastante vantajosa de um clube da Arábia Saudita, onde se podia juntar a Cristiano Ronaldo, no Médio Oriente. Em declarações à ESPN Brasil, o antigo jogador do Sporting - a quem os culés ainda estão a dever - admitiu que ficou tentado pelos montantes financeiros em cima da mesa.

"Obviamente que pensei em sair, pensei que era altura de ir embora", começou por admitir o atual jogador do Barcelona, prosseguindo: "Teria resolvido a minha vida pessoal, a vida dos meus pais, a vida do meu filho e a vida de muita gente. Estou no futebol desde os 15 anos, já passei por coisas boas e más em todo o lado e cheguei a uma fase em que achei que era altura de cuidar de mim e da minha família".

De seguida, o ex Sporting acaba por admitir que o treinador Hansi Filick foi o principal responsável pela sua permanência nos blaugrana: "A proposta da Arábia fez-me hesitar muito, mas depois falámos com o treinador, primeiro por telefone e depois no início da pré-época e ele conseguiu convencer-me a ficar. Graças a Deus, ele convenceu-me".

A terminar, Raphinha referiu que sempre teve "a consciência tranquila em relação ao que podia fazer" ao serviço do Barcelona, apesar das críticas que lhe endereçaram aquando da sua chegada à Catalunha: "Talvez esperassem 30 golos por época, mas esse não era o meu perfil".

Vale a pena recordar que Raphinha vestiu a Listada verde e branca. O extremo brasileiro chegou ao Sporting na temporada 2018/19, proveniente do Vitória de Guimarães, e saiu no início da época 2019/20 para o Rennes. No total, o avançado realizou um total de 41 jogos, nos quais registou nove golos e duas assistências.

Confira as declarações de Raphinha: