Extremo do Sporting de saída? Rui Borges tem última palavra

Frederico Varandas, Presidente do Sporting, terá já decidido, substituir João Pereira e o seu contingente técnico da equipa principal dos leões. O máximo dirigente de Alvalade quer, inclusive, arranjar um substituto para o atual treinador o mais rápido possível, e está a trabalhar no sentido de já ter uma cara nova no banco leonino para o dérbi da capital, marcado para o próximo dia 29 de dezembro.

E o próximo treinador estará encontrado: Rui Borges, atual técnico do Vitória de Guimarães. O português de 43 anos tem uma cláusula de rescisão de quatro milhões de euros da qual o clube vimaranense não deve abdicar. No entanto, o valor não deverá ser impeditivo para a SAD leonina, que quer ver o negócio concluído logo a seguir ao Natal, a 26 de dezembro.

Na passada segunda feira, dia 23 de dezembro, Rui Borges já foi questionado, na conferência de imprensa do pós jogo entre Vitória e Nacional, sobre a possibilidade de ter realizado o último jogo na cidade berço. O treinador não quis abrir o jogo: "Vejo-me a chegar ao mais alto patamar. O que tiver de acontecer, acontecerá", atirou.

Segundo avança o jornal 'Record', esta crença do técnico português era real. Teria recebido já vários contactos do Brasil, onde lhe foram oferecidos valores muito superiores aos que aufere atualmente, mas rejeitou sempre a oportunidade na esperança de dar o salto e vir a treinar um clube grande na Europa.

Segundo o diário desportivo, Frederico Varandas terá tentado também a opção Abel Ferreira. O contacto foi feito e os dois ter-se-ão encontrado para discutir a possibilidade, mas apesar do treinador do Palmeiras ter ouvido a proposta dos verdes e brancos, foi rápido a declinar a hipótese, o que fez os leões olhar para outras opções.

O Sporting enfrenta um desafio de grande dimensão antes do final de 2024: o aguardado dérbi contra o eterno rival, Benfica. De momento, o Clube tem lidado com uma série de lesões, que obrigaram João Pereira a recorrer à formação. Contudo, a chegada de Rui Borges ao comando técnico poderá ver mexidas no boletim clínico, com o regresso de Gonçalo Inácio às opções.

Para já, o lote de lesionados composto por: Pedro Gonçalves, Nuno Santos, Daniel Bragança, Hidemasa Morita e Gonçalo Inácio, mas, segundo o jornal A Bola, o central irá recuperar a tempo. No entanto, será o único que poderá alinhar diante dos encarnados, o que preocupa a estrutura leonina.

Recorde-se que Inácio não foi opção nos últimos quatro encontros, frente ao Club Brugge, Boavista, Santa Clara e Gil Vicente, por ter apresentado queixas físicas durante o aquecimento para a partida relativa à Liga dos Campeões, diante dos belgas.

Daniel Bragança, ainda a recuperar de uma lesão muscular no gémeo esquerdo, tem o regresso aos relvados previsto apenas para o início do próximo ano. A data coincide com o clássico frente ao Porto, agendado para 7 de janeiro, a contar para a Taça da Liga. Contudo, subsistem algumas incertezas sobre se o médio estará efetivamente apto a tempo desse compromisso, tal como Morita e Pote.

Já Nuno Santos dificilmente voltará a entrar em campo ainda esta temporada, devido a uma intervenção cirúrgica ao joelho, fruto de uma rotura do tendão rotuliano, sofrida no embate com o Famalicão. Ao que tudo aponta, o ala só volta para a época vindoura.

Assim sendo, Rui Borges terá uma primeira prova de fogo complicada e será obrigado a gerir o plantel ao máximo pormenor. O Clube de Alvalade volta a entrar em campo no próximo domingo, dia 29 de dezembro, frente ao eterno rival Benfica, em jogo relativo à 16.ª jornada da Liga Portugal Betclic. O encontro diante da turma liderada por Bruno Lage jogar-se-á às 20h30, em Alvalade.

A exibição do Sporting frente ao Gil Vicente, que terminou num empate sem golos, foi a gota de água para Frederico Varandas em relação a João Pereira. O Presidente leonino, já pressionado pelo núcleo duro do Clube após a derrota em Bruges por 2-1, viu que as vitórias apertadas frente ao Boavista (3-2) e Santa Clara (2-1) não surtiram o efeito necessário. Assim, avançou para a decisão que pretendia evitar: a saída do treinador.

No plano público, o líder máximo do Sporting manteve sempre uma postura de defesa em relação ao técnico. Contudo, nos bastidores, foi preparando um plano alternativo, em caso de pior cenário. Ainda durante a cerimónia de entrega dos prémios Stromp, Varandas manifestou confiança em João Pereira.

Porém, a perda de mais dois pontos e a consequente queda da liderança no campeonato precipitaram a mudança. Com esta decisão, Frederico Varandas procura manter a equipa competitiva em todas as competições, depois de já ter perdido a margem de conforto construída com Ruben Amorim na Liga Betclic e na Liga dos Campeões.

A situação do balneário revelou-se decisiva na escolha. Apesar de os jogadores demonstrarem empenho nos discursos e de manterem uma postura profissional com a nova equipa técnica, os resultados em campo não corresponderam às expetativas criadas.

A confiança foi-se deteriorando enquanto o nervosismo se instalava, afetando a dinâmica do grupo. Ao contrário do que aconteceu no início da temporada, o sistema de jogo deixou de funcionar com fluidez, aumentando a pressão sobre toda a estrutura da equipa.