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FREDERICO VARANDAS DEIXA MENSAGEM EMOCIONADA A MANUEL FERNANDES: "MAIS QUE UMA LENDA DO SPORTING"
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“Perdi um amigo. Um ser humano fantástico e dói, isto dói. O Manuel foi mais que meu pai e custa muito”, começou por dizer, com lágrimas nos olhos, o comentador do programa noticioso. Quando questionado se existiam expectativas de Manuel Fernandes recuperar, Fernando Mendes admitiu que era algo “complicado”. “Eu tenho conversado muitas vezes com o Tiago, a quem endereço os meus sentimentos e à família do Manuel. Mas era impossível sobreviver muito mais tempo”, confessou.
Vale lembrar que o antigo avançado dos leões se encontrava internado há já vários meses, em consequência de doença prolongada. Infelizmente, não resistiu e partiu, deixando a comunidade leonina de coração partido. Com o passar das horas, têm surgido mais mensagens de apoio à família e tributo àquele que foi um dos maiores jogadores do Sporting.
Além das várias publicações emitidas pelo Clube de Alvalade, onde Manuel Fernandes se notabilizou enquanto jogador (anos 70 e 80) e ainda desempenhou o papel de treinador (2000/01) e coordenador de scouting (entre 2015 e 2019), os outros dois grandes portugueses, Benfica e Porto, também divulgaram notas de pesar. Clubes pelos quais passou como jogador ou treinador, como Vitória, Estrela da Amadora ou União de Leiria, também fizeram questão de recordar a estrela dos leões.
Nos 12 anos que passou no Sporting (1975 a 1987), o eterno capitão conquistou cinco títulos: dois Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e uma Supertaça. A glória leonina foi ainda internacional pela equipa das quinas em 30 ocasiões, tendo feito o gosto ao pé por sete vezes. O antigo jogador está na História do Clube de Alvalade. De leão ao peito, marcou presença em 433 encontros, onde fez 257 golos – tornando-o no segundo melhor marcador da história do Clube, apenas atrás de Fernando Peyroteo (524).
Transferência do futebolista para Alvalade foi tratada durante alguns meses
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"Funcionava bem. Na altura, também com o presidente, começou por funcionar bem. Havia a tal preparação da época, o planeamento do plantel, com as necessidades que o treinador entendia que existiam para o Sporting. Com base no que era o orçamento e o estilo do treinador, procurámos as caraterísticas ideias para cada posição", começou por dizer.
"O Bryan [Ruiz] era um jogador virtuoso, que já estava identificado por nós, e que o Jorge [Jesus] quis e acabámos por conseguir trazê-lo. No campeonato português acabou por fazer muito a diferença porque o mister gostava de jogadores que tivessem esse virtuosismo", revelou.
Ao todo, durante as três épocas em que esteve em Alvalade, o craque, já retirado dos relvados, fez o gosto ao pé em 18 ocasiões e assistiu os companheiros por 21 vezes, ao longo de 121 jogos. A melhor época foi a de estreia, tendo marcado 13 golos e feito 14 assistências, em 46 partidas.
Antigo team manager dos leões não esquece desenrolar dos acontecimentos que o levaram ao cargo
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"Foi tudo uma ascensão muito rápida. Criámos o gabinete de apoio ao atleta e logo aí tivemos uma relação muito próxima do futebol profissional, inclusivamente em algumas negociações de transferências. Talvez a grande alteração administrativa e operacional foi a vinda do treinador Jorge Jesus. Aí houve alterações dentro do clube e tivemos de nos readaptar às opções dos dirigentes do Sporting na altura. Foi-me endereçado o convite para assumir o futebol profissional, na altura havia o Octávio Machado, que era o diretor-geral, mas que estava um pouco longe daquilo que era a gestão de ativos da direção desportiva, e esse papel acabou por ser mais meu, do presidente e do treinador", começou por dizer.
"Tinha já uma experiência muito grande ao nível da gestão e organização de empresas, já tinha passado por grandes empresas nacionais, em cargos de coordenação e supervisão. Além da minha formação académica, a experiência profissional ajudou-me a preparar a minha entrada na área da gestão. Depois, na parte desportiva, tratava-se de um fenómeno que eu acompanhava desde muito cedo, mas também acabou por ser uma autoaprendizagem. Quando digo muitas vezes que, do ponto de vista do jogo, trabalhar um ano com o Jorge [Jesus] é como trabalhar 10 anos com outro treinador, com todo o respeito que todos me merecem, eu sinto que isso é mesmo verdade", acrescentou.
"Trabalhar com o Jorge Jesus é trabalhar com um manager, com um gestor de ativos, também. As preocupações com todos os pormenores. Coisas que são normais no futebol, mas que é necessário executá-las bem. Os detalhes fazem toda a diferença. Na altura, o Sporting estava um pouco aquém dos seus adversários no que concerne às infraestruturas e o Jorge Jesus acaba por trazer uma série de exigências em várias áreas, vários departamentos. Identifico-me muito com ele por isso, é obcecado por ganhar, pela vitória", prosseguiu.
"Foi um mentor para mim do ponto de vista do jogo. Digo abertamente que dificilmente encontrarei alguém que perceba tanto do jogo com o Jorge Jesus. A esse nível, ele é fora da caixa e foi muito importante para mim essa convivência que tivemos. É inevitável que exista um crescimento para mim que nenhum curso ou formação teórica me traria", terminou André Geraldes.
Antigo jogador do Clube de Alvalade lembrou caso em que o atleta das águias não foi sancionado por entrada forte sobre o comandado de Amorim
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Fernando Mendes, comentador da CMTV e antigo jogador dos leões, analisava um caso não relacionado quando relembrou a dura entrada de Di María sobre Pote no último encontro entre Sporting e Benfica, no passado dia 6 de abril, válido para a 28.ª jornada da Liga Portugal Betclic. Na altura, o árbitro Artur Soares Dias não assinalou falta.
“Só tenho pena de Artur Soares Dias – que nesta situação foi rigoroso demais, mas cumpriu a lei – não ver, por exemplo, o Di María a dar uma chapada ou um murro na cara do Pote”, disse Fernando Mendes, acerca da agressão aos 32 minutos do dérbi entre os eternos rivais lisboetas que terminou favorável ao Sporting (2-1) e foi considerado, por muitos, o jogo que permitiu aos leões uma conquista prematura do título do campeonato.
À data, comparou-se o lance de Di María sobre Pedro Gonçalves com uma agressão de Pepe sobre Matheus Reis no Clássico que terminou em vitória leonina (2-0). Nessa partida, o central dos dragões foi sancionado e viu mesmo cartão após Nuno Almeida rever o caso juntamente com o VAR e decidir expulsão do capitão do Porto. No dérbi do Benfica, contudo, o argentino escapou e não levou sequer amarelo.
O Sporting volta a entrar em campo no próximo dia 18 de maio, na receção ao Chaves em Alvalade. A partida – válida para a 34ª e última jornada da Liga Portugal Betclic – tem pontapé de partida agendado para as 18h, e Rúben Amorim tem algumas surpresas alinhadas para a tarde de sábado em que os leões receberão o troféu do campeonato.
O Clube de Alvalade está em altas esta época e, após ter conseguido já alcançar o título, almeja agora fazer a dobradinha – feito que não atinge há já mais de duas décadas. Para tal, terá de derrotar o Porto no dia 26 de maio. O Clássico que será o derradeiro confronto da Taça de Portugal disputar-se-á no Estádio Nacional do Jamor, pelas 17h15.
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