Flop do Sporting poderá sair para o campeonato francês

O Sporting definiu o valor de 12 milhões de euros para negociar a venda de Marcus Edwards, extremo inglês que integra a lista de jogadores transferíveis neste mercado de inverno. Recentemente, o Clube leonino recusou uma proposta de empréstimo apresentada pelos italianos do Génova.

A decisão de colocar Edwards na lista de negociáveis deve-se a questões disciplinares, como a falta de empenho nos treinos, o que levou Rui Borges a deixar de contar com o jogador, apesar de inicialmente ter manifestado interesse em aproveitar o talento do 'camisola 10'.

Neste momento, a prioridade do Sporting é concretizar a transferência definitiva do inglês. No entanto, os responsáveis leoninos estão abertos a avaliar propostas para uma saída por empréstimo de seis meses, dependendo das condições oferecidas, revela o Maisfutebol. Apesar dessa abertura, a tentativa do Génova de assegurar o jogador através de uma cedência temporária não foi bem-sucedida, uma vez que os termos apresentados não foram do agrado da SAD verde e branca.

Na presente temporada, Marcus Edwards – avaliado em 15 milhões de euros – participou em 10 encontros pelos leões. O jogador soma, no total, apenas 346 minutos disputados com a camisola verde e branca, tendo marcado três golos (dois frente ao Amarante, um diante do Farense).

Ao todo, desde que chegou ao Sporting oriundo do Vitória de Guimarães, Marcus Edwards realizou 120 encontros, marcou 24 golos, fez 18 assistências e conquistou uma Liga Portugal Betclic (2023/24). O extremo tem contrato com os verdes e brancos até junho de 2026 e uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros. O inglês custou 7,5 milhões de euros por 50% do passe, tendo os verdes e brancos assegurado mais 15%, aquando da venda de Pedro Porro ao Tottenham.Sporting define valor para quem quiser levar Marcus Edwards

O Sporting atravessa uma fase delicada, com um número elevado de lesões que estão a complicar a gestão da equipa. Já são 14 os jogadores que sofreram mazelas nesta primeira metade d época, o que tem levado a uma sobrecarga de minutos para peças fundamentais como  Francisco Trincão, Viktor Gyokeres e Morten Hjulmand, que têm atingido números recorde de utilização. Na final da Allianz Cup, o cansaço voltou a ser evidente, com o 'camisola 17', o mais sobrecarregado, a demonstrar sinais de quebra, culminando numa exibição apagada e num penálti falhado que entregou o troféu ao Benfica.

Apesar da derrota, Rui Borges recusou desculpar-se com os problemas do plantel, mas os números não deixam de ser preocupantes. Ao longo da temporada, 14 jogadores já estiveram indisponíveis por, pelo menos, um jogo. Nuno Santos lidera a lista de ausências, com 19 jogos fora, mas também há registo de lesões consecutivas em jogadores importantes como Pedro Gonçalves - classificado por Carlos Pereira como "indispensável" - , Eduardo Quaresma e Jeremiah St. Juste, o que limita as opções disponíveis para o treinador.

Com tantas baixas, os jogadores mais utilizados da equipa enfrentam uma carga de minutos elevada. Hjulmand, Gyokeres e Trincão acumulam mais tempo de jogo do que os atletas mais rodados dos rivais, como Álvaro Carreras no Benfica e Diogo Costa no Porto.

Entre os lesionados atuais, encontram-se Nuno Santos, Pote, Daniel Bragança, Hidemasa Morita e Matheus Reis. No caso do 'camisola 8', o regresso à competição nas próximas duas semanas parece improvável, sendo possível que esteja completamente recuperado apenas no início de fevereiro. Já o japonês e o brasileiro enfrentam pelo menos mais três semanas de recuperação antes de estarem disponíveis.

Daniel Bragança é, contudo, a exceção deste grupo, sendo esperado que regresse às opções de Rui Borges a curto prazo. Entretanto, o técnico concedeu dois dias de folga ao plantel, com o regresso aos treinos marcado para a próxima terça-feira de manhã, já com o foco no próximo adversário, o Rio Ave.

Rui Silva é reforço do Sporting e deverá ser apresentado em breve, estando apto para o duelo diante do Rio Ave - agendado para sábado, dia 18 de janeiro, pelas 18h00. Vítor São Bento partilhou balneário com o futuro jogador dos leões e recorda a grande amizade entre os dois.

"Desde o início que existiu uma grande conexão entre nós. Sempre respeitámos o espaço um do outro. Apesar de eu saber, à partida, que ele ia ser aposta, tínhamos uma competição saudável", começou por dizer, em declarações prestadas ao jornal Record.

São Bento revelou ainda que Rui Silva "era muito tranquilo, muito sereno, trabalhava sempre nos limites e nunca ficava satisfeito, se tivesse um desempenho menos bom. Procurava sempre a perfeição", mas recorda que "uma semana ou outra, em que os treinos não lhe corriam tão bem, dizia-lhe para ter calma porque o jogo ia correr de feição. E acabava sempre por correr".

Desafiado a caracterizar o próximo dono da baliza verde e branca, o guardião do Marco admite que o internacional português "tem um bom jogo de pés, é forte entre os postes, ágil e tem robustez física, o que lhe permite ocupar bem a baliza".

Por fim, Vítor São Bento admite que Rui Silva é "a aposta mais acertada, porque, apesar de o Betis ser um clube grande, não busca tantos títulos como o Sporting" e admite que, com a chegada do amigo de longa data, "vai ter de sair um (guarda-redes dos leões)", deixando a sua opinião: "Creio que será o Kovacevic, porque ter no plantel três guarda-redes que podem jogar não é benéfico para o treinador".