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Exclusivo Leonino - Marta Soares e os árbitros dos jogos do Sporting: "Deviam dedicar-se à pesca"
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A marca dos 150 jogos com a camisola do Sporting chegou mais depressa do que Francisco Trincão esperava. Foi isso mesmo que o próprio revelou numa entrevista concedida à Sporting TV, divulgada na última quarta-feira, 30 de abril, e com base no feito conquistado no último domingo, diante do Boavista.
"Muito orgulho, muita correria e muita coisa, mas, acima de tudo, muito orgulho. Tinha este objetivo, mas não esperava que fosse tão rápido. Foi mais rápido do que eu esperava, mas é bom sinal porque é sinal de que jogo um grande número de jogos e isso deixa-me feliz", fez notar o internacional português que participou no triunfo por 5-0 sobre os axadrezados.
"Foi num jogo cheio de Sportinguistas e com uma boa vitória, a maior de sempre no Estádio do Bessa. Não marquei, mas assisti, que é algo de que gosto muito também e, por isso, no geral foi bastante bom", acrescentou o atleta que, de seguida, comentou o facto de esta ser a época mais produtiva da sua carreira até ao momento, com oito golos e 14 assistências no campeonato.
"Tem sido assim porque tenho grandes jogadores ao meu lado. Seja o Viktor, o Conrad [Harder]... todos ajudam. Isso valoriza-me, mas é graças à equipa também. Às vezes também é uma questão de sorte, mas a sorte também dá muito trabalho”, afirmou com um sorriso, deixando claro que a consistência não surge por acaso: "É preciso descansar, comer bem, fazer muito ginásio e conhecer o meu corpo. Aos 25 anos isto já é mais fácil porque já sei como me preparar".
A cumprir a terceira temporada no Sporting, Trincão – avaliado em 30 milhões de euros - tem sido uma peça fundamental na equipa leonina. Em 2024/25, o internacional português soma nove remates certeiros em 49 jogos com a Listada verde e branca. É, ainda, o 'rei' das assistências de todo o campeonato, com 14 passes para golo, em 31 jornadas.
Antigo avançado do Clube de Alvalade deu uma entrevista e comentou, até, a possibilidade dos leões chegarem ao título de campeões nacionais
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Viktor Gyokeres não para de somar elogios e os mais recentes foram feitos por Mário Jardel, um dos melhores marcadores da história do futebol europeu. A partir de Fortaleza, no Brasil, o antigo avançado de Porto e Sporting acompanha atentamente o desempenho do internacional sueco e não hesita em traçar paralelismos com os seus tempos dourados.
"Está com uma média muito boa, uma média à Mário Jardel", fez notar o ex-internacional brasileiro, numa entrevista concedida ao jornal Record, referindo-se aos impressionantes 38 golos em 31 jogos de Gyökeres esta temporada, no campeonato. Para Jardel, que venceu a Bota de Ouro em duas ocasiões (1998/99, com o Porto, e 2001/02, com o Sporting), os números falam por si.
"Tem tudo para ser o artilheiro da Europa", garantiu o ex-jogador, embora reconheça que Mohamed Salah possa beneficiar do coeficiente da Premier League no cálculo do troféu. Ainda assim, para Super Mário, tudo é possível quando se existe "superação".
Jardel, nesta mesma conversa, deixou ainda claro que gostaria de ter jogado ao lado de Gyokeres. "Tem força, tem técnica e, simultaneamente, sabe fazer golos", acrescentou, antes de prosseguir: "Ele vai passar os 45 golos no campeonato. Só não acontecerá se tiver algum azar e se lesionar".
O 'homem da máscara', no entanto, tem cada vez mais clubes interessados na sua contratação, algo que, para Jardel, até é surpreendente que ainda não se tenha verificado: "Não sei como o Sporting está a conseguir manter este jogador. Já era para estar num Real Madrid ou num Barcelona. Não fica atrás de qualquer outro avançado do mundo, é titular em qualquer seleção do mundo. É jogador para estar num Real Madrid, num Barcelona, num Milan ou num Bayern Munique".
Treinador dos verdes e brancos precisou de escolher entre arriscar na utilização do médio ou evitar que este fique castigado para o dérbi
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Num momento decisivo da época, Rui Borges decidiu não facilitar. Morten Hjulmand será utilizado pelo Sporting frente ao Gil Vicente, no próximo domingo, em Alvalade, apesar de estar perto de atingir o limite de cartões amarelos e de poder, por isso, ter um jogo de castigo. A ideia de poupá-lo para o dérbi com o Benfica, agendado para dia 10 de maio, foi ponderada, mas descartada. O treinador leonino está focado no presente e, por isso mesmo, não há margem para deslizes.
De acordo com o jornal A Bola, embora o jogo na Luz seja visto como a grande final da temporada, Rui Borges considera que tudo começa - ou pode terminar - frente ao Gil Vicente. Um triunfo nesse jogo garante ao Sporting a possibilidade de defrontar o Benfica com uma vantagem estratégica: a de poder jogar para dois resultados (empate ou vitória) e, ainda assim, manter o topo da tabela.
Com esse cenário em mente, Hjulmand será utilizado de início. A decisão, de acordo com a fonte em causa, envolveu uma conversa com o próprio jogador que, além de ser capitão, é uma das vozes mais influentes no balneário. O médio dinamarquês está ciente do risco que carrega.
A ajudar a este decisão está, também, o facto da condição física de Hidemasa Morita ainda estar longe do ideal. O internacional japonês regressou recentemente de lesão e, embora tenha já voltado aos relvados frente ao Boavista, está a ser reintegrado com cautela. Tal como Pedro Gonçalves, será gerido com restrição de minutos.
Neste contexto, a utilização do dinamarquês passa de uma escolha a uma necessidade. Rui Borges admite eventualmente retirá-lo durante a partida, mas apenas se o resultado o permitir. Caso o Sporting consiga uma vantagem confortável, Hjulmand poderá ser poupado para os desafios seguintes. Até lá, será pilar na estrutura do meio-campo. Deverá, tal como tem acontecido nos últimos jogos, fazer dupla no meio-campo com Zeno Debast.
Jovem central que atua na equipa B tem tido meses marcados por demonstrações de resiliência e a mesma poderá ser premiada em breve
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A trajetória de João Muniz, jovem defesa-central do Sporting, é o retrato fiel da resiliência que existe no Clube de Alvalade. Aos 19 anos, já viveu um ciclo de frustrações, decisões inesperadas e reviravoltas, continuando à espera de viver o sonho na equipa principal e, também, na seleção nacional sub-21.
Na época passada, Muniz era presença constante nos treinos da equipa principal do Sporting, então liderada por Rúben Amorim. Tudo indicava que, também ele, iria celebrar oficialmente o título com os seus colegas. Contudo, enquanto jogadores como os guarda-redes Diogo Pinto e Francisco Silva ou o médio Miguel Menino foram lançados em jogos após a conquista do campeonato, João viu a porta da consagração fechar-se. Trabalhou ao nível mais alto, mas não teve direito à medalha.
A frustração foi inevitável, mas não paralisante - pelo contrário. Muniz apresentou-se de novo na pré-temporada com vontade de mostrar serviço. Disputou jogos de preparação e, em paralelo com a administração da SAD, Amorim decidiu que o melhor para a evolução do jogador seria um empréstimo ao Rio Ave, então treinado por Luís Freire. O acordo previa uma opção de compra de 12 milhões de euros.
No entanto, as coisas não correram como esperado. Problemas físicos e dificuldades de adaptação impediram-no de se impor em Vila do Conde. Sem qualquer minuto de competição oficial, o fim do empréstimo foi antecipado, interrompendo prematuramente o plano desenhado para o seu crescimento.
De regresso a casa, Muniz retomou a sua caminhada na equipa B do Sporting. Com contrato válido até 2028 e uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros, o jovem central rapidamente agarrou um lugar de titular numa formação que ambiciona a promoção ao segundo escalão. Soma já 10 jogos na Liga 3, destacando-se não apenas pela fiabilidade defensiva, mas também pela sua versatilidade: atua com naturalidade nas três posições do eixo defensivo.
Rui Borges, treinador da formação secundária dos leões, aprecia essa capacidade de adaptação e continua a acreditar no potencial de Muniz. A Federação Portuguesa de Futebol também já tomou nota do seu potencial: além da polivalência, os relatórios internos elogiam a sua qualidade técnica e inteligência tática.