Glória do Manchester United defende Cristiano Ronaldo e mete Ibrahimovic ao barulho

Jorge Jesus concedeu uma entrevista ao Canal 11, que foi transmitida esta segunda-feira, dia 10 de fevereiro. Durante a conversa, o treinador do Al Hilal reforçou que o campeonato da Arábia Saudita, onde joga Cristiano Ronaldo, tem margem para progredir e estabeleceu um ponto de situação sobre a Liga Portuguesa, considerando que Sporting, Porto e Benfica estão longe da qualidade dos grandes sauditas.

Jorge Jesus: "Europa bateu no fundo"

"Isto vai ser o futuro para muitos profissionais. Até ao Campeonato do Mundo de 2034 não vai parar de crescer. É um país culturalmente diferente. Eu sou emigrante e reconheço as regras. Quando fiz o meu contrato de trabalho está escrito o que tenho que respeitar. Se não respeitares metem-te no avião e vais embora. Não é como na Europa, que bateu no fundo. Sinto que me respeitam e que estou seguro pelo contrato de trabalho", começou por referir Jorge Jesus.

Nesse sentido, Jorge Jesus comparou a qualidade da Liga Portuguesa com a Liga da Arábia Saudita: "As grandes equipas portuguesas para as grandes equipas sauditas? Nem há comparação. É só ver. É só ver a qualidade dos jogadores do Al Nassr, Al Ittihad. Quem é que faz a qualidade do jogo? Os adeptos? São os jogadores. Uma equipa portuguesa teria muita dificuldade em ser campeã na Arábia Saudita. Benfica, Sporting e Porto perderam qualidade".

Jorge Jesus recordou ainda a passagem por clubes como o Sporting e o Benfica: "A minha equipa no Benfica tinha muita qualidade, o Porto tinha uma super-equipa. Sempre fomos pioneiros. Contratávamos jogadores em vários países a preços baratos e fazíamos grandes jogadores. Agora não. Os grandes atualmente já vão ao Brasil e à Argentina. Nós fomos perdendo qualidade. Às vezes aparece uma surpresa, como Gyokeres".

Atualmente, o Al Hilal, comandado por Jorge Jesus, ocupa a segunda posição da Saudi Pro League, somando 47 pontos. No topo da tabela está o Al Ittihad Jeddah, com 49, enquanto o Al Nassr de Cristiano Ronaldo, que recebeu boas notícias recentemente, fecha o pódio com 41 pontos em 19 jornadas, ocupando provisoriamente o terceiro lugar.

Confira, abaixo, parte da entrevista de Jorge Jesus:

Jorge Jesus concedeu uma entrevista em exclusivo ao Canal 11, que foi divulgada esta segunda-feira, dia 10 de fevereiro. Durante a conversa, o antigo técnico do Sporting abordou a convivência com Cristiano Ronaldo e equacionou a possibilidade de vir a treinar o compatriota num clube saudita, tendo em conta que atualmente orienta a equipa principal do Al Hilal, clube que esteve perto de receber um reforço diretamente do Sporting.

Jorge Jesus fala sobre relação com Cristiano Ronaldo: "Em Portugal, não o valorizam"

"Não temos tempo para nos encontrarmos na Arábia [Saudita]. Já éramos amigos em Portugal e encontrei-me mais vezes com ele em Portugal do que na Arábia. Ele é uma referência, o orgulho dos portugueses. A primeira vez que cheguei aqui, eles conheciam era o Cristiano Ronaldo, não era Portugal. Os outdoors no meio da cidade era só Cristiano Ronaldo, isto há seis anos. Em Portugal, não o valorizam muito para a imagem que traz", começou por referir Jorge Jesus.

Em relação ao futuro, e à performance de Cristiano Ronaldo com 40 anos, Jorge Jesus admite: "Trabalhar com ele? Acho que já não vai ser possível. É um exemplo com 40 anos. Num dos últimos jogos que fizemos, eu dizia 'como é que ele corre tanto com 39 anos, é rápido e está super motivado?' Não lhe falta nada. Desportivamente ganhou tudo, só não foi campeão do Mundo na seleção e ainda não ganhou nada na Arábia Saudita".

Jorge Jesus falou ainda sobre a competitivade do campeonato saudita: "As grandes equipas portuguesas para as grandes equipas sauditas? Nem há comparação. É só ver. É só ver a qualidade dos jogadores do Al Nassr, Al Ittihad. Quem é que faz a qualidade do jogo? Os adeptos? São os jogadores. Uma equipa portuguesa teria muita dificuldade em ser campeã na Arábia Saudita. Benfica, Sporting e Porto perderam qualidade"

Além de compatriotas, Cristiano Ronaldo e Jorge Jesus são rivais diretos na Arábia Saudita. Atualmente, o Al Ittihad Jeddah lidera o campeonato nacional com 49 pontos em 19 jornadas, deixando para trás o Al Hilal do treinador Jorge Jesus, que soma 47 pontos. Já o Al Nassr, de Cristiano Ronaldo, tem 41 pontos e ocupa a terceira posição, à condição.

O antigo internacional francês William Gallas concedeu uma entrevista na qual foi citado pelo Primecasino após comentar sobre Cristiano Ronaldo. Durante a conversa, recordou a rivalidade com o astro português e abordou a eterna comparação com Lionel Messi, com quem também partilhou o relvado.

"Depois de se autointitular o jogador mais completo da história do futebol, as pessoas dirão: ‘Ele é um tipo arrogante’, mas vejam o que ele fez, é simplesmente inacreditável. Continua a marcar golos. Aos 40 anos, ainda marca golos, até pela seleção. Ok, as pessoas queixam-se de que joga na Arábia Saudita, mas na seleção continua a marcar. Só temos de lhe dar crédito e ele merece esse crédito", começou por referir o antigo jogador.

"Acho que ele é o jogador mais completo de sempre. A longo prazo, sim, é o futebolista mais completo. Joguei contra o Messi, mas não estava realmente na minha zona. Não era eu que o marcava. Defrontei-o duas ou três vezes. O Ronaldo jogava mais na minha área, enfrentei-o algumas vezes. Coloco esses dois jogadores no mesmo patamar, porque o que fizeram no futebol é simplesmente incrível", acrescentou ainda.

Dando seguimento à comparação, explicou: "Têm perfis diferentes. Alguns preferem o Ronaldo, outros o Messi. O que o Cristiano construiu é algo inacreditável. Ter essa mentalidade vencedora e trabalhar tão arduamente todos os dias, até hoje, com essa dedicação... isso deve ser aplaudido por todos. O primeiro a chegar ao treino, o último a sair, tudo isso. O Messi teve um talento dado por Deus. O mais difícil para o Ronaldo foi manter-se no topo durante tanto tempo, enquanto para o Messi isso foi algo natural", rematou William Gallas.

Em 2024/2025, o avançado português de 40 anos continua a dar tudo de si e já marcou presença em 26 encontros oficiais ao serviço do Al Nassr: 18 na Liga saudita, cinco na Liga dos Campeões Asiática, dois na Supertaça da Arábia Saudita e um na Taça do Rei. Durante os 2.280 minutos em que esteve dentro das quatro linhas, apontou 24 remates certeiros e fez quatro assistências, que se mostram favoráveis ao alcance do desejo de completar 1.000 golos na sua carreira profissional.