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0Ângelo Girão, hoquista do Sporting e internacional português, deu uma entrevista em exclusivo ao jornal A Bola. O guardião, que defende os leões há dez anos, acabou por falar um pouco sobre a sua impressionante carreira, que também é marcada por algumas polémicas.
Quando questionado sobre arrependimentos que tem sentido ao longo do seu trajeto, o capitão verde e branco foi perentório: "Acho que as lutas que eu fiz e a minha personalidade tão agressiva, ou seja, às vezes fazia as coisas e não pensava logo a seguir".
"Um que foi muito falado há dois anos, ou três, mas que não teve a ver com o Sporting nem com o Benfica, teve a ver com a Argentina e Portugal na final do Campeonato do Mundo. Nunca falámos diretamente, mas ficou aos dois subentendido o que é que se passou e o porquê das coisas. Arrependo-me. O querer tanto ganhar, o querer tanto estar lá em cima com os melhores ou levar o Sporting a ganhar às vezes leva-me a fazer coisas que eu me arrependi".
"Quando ganhamos somos vistos como 'O Girão é uma maravilha, o Girão isto' e depois passamos de bestiais a bestas. Quando não se ganha "Ah porque o Girão fazia aquilo, ah por que o Girão faz aquilo". Ou seja, quando ganhamos sou muito bom porque faço aquilo, mas quando perdemos sou muito mau porque faço a mesma coisa", afirmou o atleta, que é leão desde a temporada de 2014/15.
"É a única coisa que tenho de arrependimento na minha carreira. De ter essa imagem presente, ou seja, se falar com um sportinguista o Girão é cinco estrelas, mas se falar com um portista ou benfiquista, o Girão é muito bom guarda redes mas isto aqui não pode acontecer". Ainda assim, admitiu "Tenho um orgulho muito grande naquilo que fiz. Tenho um orgulho gigante de jogar com jogadores desses clubes e que gostam de mim por aquilo que eu faço, porque eu não o fazia só no Sporting, também fazia isso na Seleção", terminou Ângelo Girão, que cumpre os últimos momentos em Alvalade.
Ângelo Girão arrependido do incidente com Ordoñez: