Júlio Baptista gostava de ver craque do Sporting na liga inglesa: "Andrea Berta gosta muito dele"

A intervenção de Frederico Varandas depois da vitória do Sporting frente ao Rio Ave, por 2-1, causou indignação a Sofia Oliveira. A comentadora da CNN Portugal diz não compreender as palavras do Presidente dos leões e diz que o discurso foi "completamente desnecessário".

"Frederico Varandas enumerou uma série de jogos que o Sporting só teve um médio disponível e outros em que não teve nenhum médio disponível… o Sporting em todos esses jogos, salvo a exceção contra o Benfica, tinha um onze muito superior ao do adversário, muito superior", afirmou. A comentadora reconheceu a união do grupo, mas sublinhou que isso não é suficiente para justificar a ideia de “milagre”.

"Frederico Varandas falou como se o Sporting tivesse passado as passas do Algarve"

“Independentemente de eu achar que a equipa se uniu, é um grupo bastante unido, e que isso foi importante para superar várias adversidades ao longo da temporada… o Sporting continuou a ter um onze muito superior ao do adversário”, acrescentou. Sofia criticou ainda o tom emocional usado pelo dirigente: “Frederico Varandas falou como se o Sporting tivesse passado as passas do Algarve, como se costuma dizer. Claro que foi uma época difícil nesse sentido, mas aquilo que o Sporting fez está muito longe de ser um milagre”.

"Este discurso de Frederico Varandas é completamente desnecessário"

A comentadora concluiu, então, com alguma ironia: “Nós estamos a falar de uma equipa, que segundo o seu treinador, tem o melhor ponta de lança da Europa, depois tem Debast, que pode vir a ser um dos melhores médios… significa que Debast como defesa-central é melhor do que muitos médios das equipas da Liga Portuguesa… Depois tens Quenda, depois tens um avançado para substituir Gyokeres. Há equipas da Liga Portuguesa que não têm este orçamento para o plantel todo. Depois tens Trincão, Hjulmand, Diomande. Este discurso de Frederico Varandas é completamente desnecessário".

O Clube de Alvalade enfrenta, no próximo domingo, um jogo importante com o Boavista, que luta para não descer de divisão. A 31.ª jornada da Liga Portugal será no Estádio do Bessa, às 20h30. Reveja, aqui, as palavras de Frederico Varandas no apelo à união dos adeptos.

Rui Calafate acredita na conquista do título por parte do Sporting. O consultor de comunicação escreve que, caso o emblema verde e branco consiga erguer o seu 25.º título de campeão, o Clube de Alvalade deveria erigir uma estátua em homenagem a Rui Borges e refere que a escolha de João Pereira para substituir Ruben Amorim foi uma "péssima escolha" por parte de Frederico Varandas.

“Se houver festa no Marquês, depois construam uma estátua a Rui Borges"

“Se houver festa no Marquês, depois construam uma estátua a Rui Borges. Outro enorme desafio”, escreveu Calafate no jornal 'Record', destacando a importância de Rui Borges e o impacto que a sua liderança tem na equipa, sublinhando ainda os contratempos que afetaram o clube ao longo da temporada.

"Época marcada pela debandada de Ruben Amorim, uma péssima escolha presidencial de João Pereira, fraca aposta no mercado de inverno, um mar de lesões e arbitragens manhosas”

“O que seria inolvidável, após uma época marcada pela debandada de Ruben Amorim, uma péssima escolha presidencial de João Pereira, fraca aposta no mercado de inverno, um mar de lesões e arbitragens manhosas”. Apesar desses desafios, a esperança no bicampeonato ainda persiste, e a massa adepta do Sporting tem sido fundamental.

“Julgo que não era necessário o apelo de Varandas. Se há massa adepta que nunca falha no apoio é a sportinguista, sobretudo quando ainda se vislumbra possível a conquista do bicampeonato”, destacou Calafate. O apelo feito por Frederico Varandas para motivar os adeptos não era necessário, aos olhos de Calafate, pois a torcida sportinguista é conhecida por seu apoio incondicional, especialmente quando o título nacional ainda está ao alcance.

Na sua crónica, o consultor de comunicação também fala sobre o confronto direto entre Sporting e Benfica pelo campeonato e pela Taça. “Será um despique tremendo agora com ambas as equipas quase em pleno. Rui Borges tem calendário mais facilitado, porém, Bruno Lage tem melhor plantel e mais soluções.”

Apesar das críticas à gestão desportiva do clube ao longo da temporada, Rui Calafate mantém a esperança num final feliz, deixando claro que, apesar das adversidades, o Sporting ainda pode alcançar o bicampeonato, e Rui Borges pode ser o grande protagonista de um feito histórico. A equipa verde e branca desloca-se ao Estádio do Bessa já no próximo domingo para defrontar o Boavista na 31ª jornada da Liga Portuguesa e há novidades sobre Hidemasa Morita.

A morte de Rui Mendes, adepto do Sporting atingido por um very light disparado por um apoiante do Benfica, marcou para sempre a final da Taça de Portugal de 1995/96. Quase três décadas depois, a memória do trágico episódio regressa, numa altura em que leões e águias se preparam para novo duelo no Jamor, a 25 de maio.

Pedro Reis, assessor do então Presidente da República, Jorge Sampaio, recorda o impacto daquele 18 de maio de 1996. “O Presidente estava incomodadíssimo”, revela, explicando que o Chefe de Estado ponderou todas as opções, inclusive a interrupção do jogo e atribuição do troféu ao Sporting, mas acabou por seguir a orientação da polícia e deixar a partida seguir até ao fim, por motivos de segurança.

Durante o intervalo, houve uma reunião de emergência entre autoridades, líderes políticos e dirigentes desportivos. A hipótese mais defendida era parar o jogo e punir o Benfica, mas prevaleceu a decisão de evitar confrontos entre claques, retirando os adeptos encarnados primeiro e atrasando a saída dos sportinguistas.

A taça não foi entregue nesse dia. A cerimónia simbólica ocorreu uma semana depois, no Estádio da Luz, sem honras presidenciais. Jorge Sampaio justificou, na altura: “O futebol é um momento de alegria e não pode ser um momento de tristeza”. Rui Mendes, de 36 anos, morreu numa final que deixou marcas profundas no desporto português e na consciência coletiva de todos os que assistiram àquele jogo que, para muitos, nunca devia ter terminado.

O Sporting e o Benfica vão disputar a final a prova rainha, a 25 de maio às 17h15 no Estádio do Jamor. Após várias especulações de que a final se poderia realizar no Algarve, devido ao facto do risco que poderia ser ter os dois eternos rivais na grande final, o Estádio Nacional foi o local escolhido pela Federação Portuguesa de Futebol. A tragédia que não é esquecida pelo universo leonino.