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0As lesões de Pedro Gonçalves e Nuno Santos têm feito mossa na exibições apresentadas pelo novo Sporting, de João Pereira. A dupla não tem dado o seu contributo nos último jogos e, tendo em conta que ambos são peças fundamentais, o Clube tem-se ressentido das suas ausências.
Os dois apresentavam uma média impressionante de 27 golos (juntos) por época nas quatro temporadas completas em que estiveram ao serviço do Clube. Juntos, somam ainda 22 assistências por temporada, números que sublinham a sua relevância no ataque leonino desde a chegada a Alvalade na temporada 2020/21. A influência destes dois jogadores vai muito além dos números, como destacou recentemente João Pereira em conferência de imprensa.
O técnico, referindo-se à ausência de ambos, apontou a importância de Pedro Gonçalves e Nuno Santos durante o período em que Ruben Amorim esteve à frente da equipa. O treinador lembrou que, nas últimas três a quatro épocas, os dois jogadores foram responsáveis por 25 golos e várias assistências, embora a análise tenha ficado aquém dos números reais. No total, contabilizam 109 golos e 90 assistências, o que reforça o seu papel determinante na dinâmica ofensiva do Sporting.
Pote destacou-se desde a sua chegada, assumindo um papel de protagonista ao tornar-se o melhor marcador da Liga na época 2020/21 com 23 golos. Por outro lado, o 'camisola 11', atuando em posições mais recuadas, manteve-se como um assistente regular e confiável para os seus colegas de ataque. Em 2023/24, Nuno Santos atingiu o seu máximo de assistências numa temporada, com 16 passes certeiros, um marco significativo na sua carreira.
Atualmente, ambos enfrentam desafios clínicos significativos. Pedro Gonçalves sofreu uma lesão muscular na coxa direita durante o jogo contra o Braga, a 10 de novembro, e só deverá regressar aos relvados em 2025. Já Nuno Santos teve uma lesão ainda mais grave, com uma rutura do tendão rotuliano no joelho direito, que exigiu cirurgia e o afastará do resto da época. Até ao momento, o ala disputou apenas 10 jogos, com um golo e uma assistência, enquanto o internacional português soma 12 partidas, cinco golos e seis assistências.
Estas ausências são um duro golpe para o Sporting, que perdeu dois dos seus melhores jogadores numa altura crucial do campeonato, agravado pelo contexto de uma troca de treinador. No entanto, João Pereira também referiu que as lesões abrem a porta a outros atletas do plantel.
Treinador do Clube de Alvalade continua com vida difícil, após saída de Ruben Amorim e soma apenas uma vitória em cinco jogos pelos verdes e brancos
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0João Pereira continua a enfrentar muitas críticas desde que assumiu o cargo de novo treinador do Sporting. A comunicação do substituto de Ruben Amorim também tem sido alvo de contestação. Sérgio Krithinas, diretor executivo do jornal Record, refere que os discursos do técnico não têm surtido efeito.
“Os resultados são, de forma inegável, o principal critério de avaliação para treinadores de clubes grandes como o Sporting. Apesar de outros fatores, como o desenvolvimento de jogadores e a união da equipa, terem a sua importância, ficam em segundo plano se o treinador não apresentar vitórias. Em clubes desse porte, a exigência é imediata, e o sucesso é medido quase exclusivamente pelos números no marcador. Sem isso, qualquer outro mérito tende a ser desvalorizado", disse, ao diário desportivo.
“Há uma diferença clara entre o trabalho nas categorias de formação e no comando de uma equipa principal. Em equipas B ou sub-23, o objetivo não é apenas vencer, mas preparar os jogadores para desafios maiores na equipa principal. Contudo, ao assumir um clube grande, essa dinâmica muda. O treinador passa a ser avaliado quase exclusivamente pelos resultados obtidos a curto prazo", acrescentou.
“O discurso de João Pereira, ao minimizar a importância dos resultados, foi considerado infeliz, especialmente num momento de má fase. Após derrotas consecutivas, sugerir que outros aspetos são mais importantes do que vencer soa desajustado. Em contextos assim, os adeptos querem respostas concretas e esperam uma mudança imediata. Justificar os fracassos, mesmo que parcialmente, não ressoa bem entre adeptos exigentes", admitiu.
“Portanto, para um treinador em situação como a de João Pereira, o ideal seria um discurso que reconhecesse a importância dos resultados. Ao mesmo tempo, poderia destacar outros valores, mas sem deixar de reafirmar que vencer é essencial. Sem resultados positivos, é impossível avançar ou consolidar qualquer outro mérito. Afinal, em clubes grandes, os adeptos querem conquistas no presente e não apenas promessas de futuro”, concluiu Sérgio Krithinas.
João Pereira tem estado debaixo de fogo depois de quatro derrotas consecutivas e há quem diga que capitão não 'ajudou' substituto de Ruben Amorim
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0A postura de Morten Hjumand em relação a João Pereira foi vista como ineficaz para Rafael Soares. No 'Record na Hora', o jornalista referiu que o apoio dado pelo Capitão do Clube de Alvalade a João Pereira não surtiu efeitos práticos, já que o momento negativo dos leões continua.
"Hjulmand tinha, como capitão, de dizer que os jogadores estão com João Pereira. Mas o que vemos em campo é muitas vezes uma clara falta de confiança porque sentem que perderam o seu líder, a sua referência, porque é um treinador que potenciou muitos dos jogadores daquele plantel. Portanto é natural um sentimento de perda e descrença. Nesse sentido, a tarefa de João Pereira seria sempre ingrata, mas temos de encontrar uma lógica naquilo que faz João Pereira", começou por dizer.
"Conseguiu estragar, completamente. Havia a tarefa ingrata de substituir Ruben Amorim, não só pelas questões táticas, mas também pela comunicação e a maneira como interage com o grupo. Mas hoje olhamos para conferência de imprensa e já não é uma questão de ser bom comunicador ou não, é uma questão de dizer coisas erradas", explicou Rafael Soares.
"Teve várias declarações erradas com vários chavões. A conferência teve 16 minutos, e nós ouvimos chavões, e na única vez que falou de futebol, abordou Gyokeres, e espalhou-se ao comprido. É muito complicado olhar para aquela conferência e pensar que João Pereira é muito diferente internamente, que tenha capacidade de dar aos jogadores a fórmula para a equipa continuar a jogar bem", atirou.
"Ele diz que a competência não se vê nos resultados... Ok, mas então o João Pereira que explique porque é competente: a equipa não esta a progredir, faz menos remates, continua a recorrer aos cruzamentos. Mas a culpa é dos autocarros porque antes a equipa marcava cedo... Ok, a equipa que marque cedo agora. Mas não há oportunidades, não conseguem. Hoje, João Pereira diz que 'às vezes o destino prega-nos partidas'. Olha-se para esta frase, e para ele está tudo bem. Não se mede nos resultados... Mas mede-se nas exibições, que são más, mede-se na forma como se mexe na equipa, que tem mexido mal. Foi o destino que meteu Ricardo Esgaio em Brugge quando não jogava um jogo competitivo há dois meses?", rematou Rafael Soares.
Técnico enfrenta o maior desafio da carreira e quer superar rivais históricos e conquistar adeptos impacientes, num cenário de pressão extrema
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0Ruben Amorim trocou o conforto e os elogios recebidos no Sporting pela pressão de treinar o Manchester United, um dos clubes mais exigentes do mundo. Em Alvalade, o treinador conquistou títulos e a admiração dos adeptos, mas em Old Trafford enfrenta o desafio de evitar ser mais uma vítima do "cemitério de treinadores".
Desde a saída de Sir Alex Ferguson em 2013, o Manchester United tem vivido um período de instabilidade. Apesar de um investimento superior a 1,6 mil milhões de euros e de ter apostado em treinadores conceituados, como José Mourinho, os ‘red devils’ não conquistaram mais campeonatos. O desgaste acumulado levou a uma contestação crescente à gestão da família Glazer, que adquiriu o clube em 2005 e foi criticada por endividar o United e por falta de ambição desportiva.
A situação começou a mudar em 2023, quando Jim Ratcliffe adquiriu 25% do clube e assumiu o controlo das operações desportivas. Ratcliffe trouxe novos dirigentes e, após meses de ponderação, substituiu o técnico neerlandês Erik ten Hag por Ruben Amorim.
Os desafios de Ruben Amorim são imensos, num campeonato onde rivais como Manchester City, Liverpool, Arsenal e Chelsea dominam. A ambição de Ratcliffe é recolocar o United no topo, mas o clube está num patamar inferior em várias dimensões. Amorim enfrenta dúvidas sobre a qualidade do plantel e a pressão de apresentar resultados rapidamente, num ambiente onde erros podem ser tolerados, mas não repetidos, como sublinhou o novo proprietário.
O início no Manchester United tem sido cauteloso, com Amorim a usar o seu carisma nas declarações públicas para conquistar a confiança dos adeptos. Apesar de o clube estar atualmente longe dos lugares cimeiros, o técnico tem insistido que o projeto exige tempo e paciência. Com um estilo confiante e pragmático, Ruben Amorim tenta replicar a fórmula de sucesso que o consagrou em Alvalade, enquanto luta para construir bases sólidas num contexto competitivo sem margem para erros.