Diogo Agostinho
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21 Abr 2020 | 10:38

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Diogo Agostinho

A realidade é uma: não há dinheiro. E com esta realidade o Sporting deve fazer negócios cautelosos, gerir com parcimónia a sua tesouraria e deve procurar preservar a sua imagem.

A semana passada foi notícia, com estrondo, que o Sporting falhou o pagamento da cláusula de Rúben Amorim ao Braga. Como sempre, lá vem o Sporting no topo das notícias, sempre com confusão. Já o tinha sido, em letras garrafais nos jornais, a diminuição de salários dos jogadores perante a crise que estamos a atravessar. Curiosamente outros clubes não merecem tamanho destaque.


No entanto, perante a notícia que recebemos, podemos perceber que estes temas não deviam, de todo, ser motivo de… notícia.

Quem não tem dinheiro, não tem vícios. É um ditado popular comum. Sabemos que a aposta em Rúben Amorim foi de risco. Sabemos que existia a almofada financeira da venda de Bruno Fernandes. Sabemos que uma pandemia desta natureza, colocou todas as receitas imprevisíveis. Mas também sabemos que a tesouraria de um clube deve ser gerida com rigor.


Não conheço os contornos do negócio de Rúben Amorim. Apenas o que vem na CMVM e é noticiado. Sabemos que existe prazos de pagamento, logo que a compra de Rúben Amorim não foi por bater a clausula, mas uma negociação com o Braga. Só assim se justifica o modelo de pagamento acordado. Logo, estranho, não sei se aconteceu, que o Sporting, perante a situação que todos estão a viver no mundo inteiro, não tenha feito uma chamada ao Braga a acordar novos termos de pagamento.

Bem sei que o mundo do futebol é um medido de percepções bem dispares da realidade. Mas a percepção que ficou não foi a melhor para o Sporting Clube de Portugal. E a percepção é também uma arma negocial fundamental.


A realidade é uma: não há dinheiro. E com esta realidade o Sporting deve fazer negócios cautelosos, gerir com parcimónia a sua tesouraria e deve procurar preservar a sua imagem.

Não é bom ler que devemos ou falhamos prazos de pagamento. Também sei que a relação com o Presidente do Braga não é a melhor, e que tem os seus interesses, mas a capacidade de antecipar problemas, sobretudo ao nível da comunicação externa, é estar também um passo à frente.

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