
Um pedaço de ouro no caminho das pedras do Sporting
Se há coisa que a vida nos ensina é que o que parece certo, adquirido, rapidamente se transforma num cenário diametralmente oposto.
03 Fev 2020 | 08:00
O Sporting é grande demais para tantos erros, inclusive de casting, para tanta inércia, para tanta arrogância.
Escrevo no pós-Braga e o que mais me incomoda é o vazio. O vazio de explicações, o vazio de alternativas, o vazio de ideias. Tendo resistido a comentar esta inércia, não pelas razões que alguns adeptos me apontam, esquecendo-se que esta direcção foi eleita e, não, nomeada, mas porque acho que se deve dar uma oportunidade a todos quantos genuinamente venham (tentar...) ajudar. Colocando-se as decisões tomadas em perspectiva, - num ápice, ficámos sem os melhores jogadores, não parecendo, sequer, existir um esforço sério na sua substituição. Somos uma máquina de triturar treinadores, não apostamos na formação e temos um gosto duvidoso a contratar, não se demonstrando sequer conhecer a posição daqueles que acabaram de colocar a nossa camisola. A preparação física é o que, infelizmente, se tem visto, agora até com jogadores com cãibras num jogo de 90 minutos. Ver jogos do Sporting, actualmente, é quase um exercício de olhar para o relógio e esperar que acabe, já se sabendo que o árbitro não vai apitar sem que se oiçam cânticos contra a Direcção. Aumentou-se o preço das Gamebox, diz-se que com base numa fórmula em Excel, mas o espectáculo é cada vez pior. Com o clima de guerra civil instalado e os resultados mais do que deprimentes, não é difícil perceber porque muitos passaram a ficar em casa. Entre os que aproveitam os jogos para insultar todos e aqueles que, em nome da tradição, tudo aceitam, terá que existir um caminho construtivo. O Sporting é grande demais para tantos erros, inclusive de casting, para tanta inércia, para tanta arrogância. É certo que a comunicação social nos é, por via de regra, hostil. Por exemplo, enquanto que, quanto ao Carnide, aludem, por exemplo aos montantes de venda, no que se reporta a Bruno Fernandes, falam na quantia que permanece na SAD, como se nos outros clubes não se passasse exactamente a mesma coisa. Os nossos comentadores são, por via de regra, os que pior defendem o seu clube. A nossa comunicação gasta tempo a tentar debelar os seus próprios adeptos, em vez de procurar concorrer com a dos outros clubes. Também é certo que as arbitragens se têm revelado habilidosas, como sucedeu hoje. Sobre estes aspectos como quanto a outros, contudo, nada nos tem sido dito, como se o silêncio resolvesse. Não resolve. Justificar tudo com o passado parece-me demais, até porque esse passado está cada vez mais longe. Olho para isto e, confesso, gostava de conseguir perceber a lógica. Prometeram-nos, no pós-eleições, que era fácil mas tem-se revelado demasiado penoso. Disseram-nos que não havia problemas financeiros mas, perante o fracasso, mandam uns núncios fazer referências esparsas ao que as fontes oficiais omitem. Não sei, tal como escreveu o poeta, para onde devemos ir, mas começa a tornar-se indesmentível que o caminho que tem sido percorrido, pelo menos no que se reporta ao futebol, não é aceitável, quer a Direcção se mantenha, quer não. Mesmo tendo os melhores adeptos do mundo. Se calhar, principalmente, a bem tanto do Sporting quanto deles.
A autora escreve de acordo com a antiga ortografia.
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