
Um pedaço de ouro no caminho das pedras do Sporting
Se há coisa que a vida nos ensina é que o que parece certo, adquirido, rapidamente se transforma num cenário diametralmente oposto.
30 Jul 2020 | 10:01
Esta época não pode ser esquecida. Por todos. E não poderá, nunca, ser repetida.
O Sporting CP nas últimas décadas tem tido resultados miseráveis no futebol. Nos meus 35 anos de vida festejei dois títulos de campeão nacional, curiosamente sob a “dinastia” de dois dos presidentes com mais anticorpos. Tive uma infância Leonina praticamente sem títulos, muito sofrimento, uma enorme ansiedade e uma paixão sem limites. Passámos por fases com equipas fraquíssimas e por outras com dos melhores planteis que vi na liga nacional, invariavelmente com o mesmo resultado. Foram dezoito anos intensos e festejados como nunca em 2000. Com a vitória de 2002, associada ao conjunto de jogadores com mais qualidade do campeonato, pensei que finalmente tínhamos conseguido voltar à nossa grandeza a nível de resultados. Em 15/16 voltámos a sonhar. Um sentimento único de magia ao longo do ano, mas não nos deixaram ser felizes. Tal como em 2004/05 também não. Os anos foram passando e no passado fim-de-semana confirmámos o nosso maior jejum a somar ao segundo maior em poucos anos.
Esta época não pode ser esquecida. Por todos. E não poderá, nunca, ser repetida. Na mesma época, o Sporting CP obteve resultados desportivos péssimos, viveu guerras quase diárias e teve várias situações entre os próprios adeptos que são inadmissíveis. Chegou-se ao ponto do Clube obrigar os próprios Sócios a tirar os sapatos antes de entrar em casa ou a haver agressões a dirigentes perante os seus filhos. O aparecimento da pandemia veio camuflar muitos destes casos, mas ficou claro, após a derrota contra o eterno rival, que nada foi resolvido. Pensar-se que o afastamento temporário da massa adepta resolve alguma coisa é perigoso e irresponsável.
Estou cansado de que o Sporting CP seja motivo de discórdia e de discussão. Estou cansado de observar que a desunião seja a união atual. E fico frustrado quando não vejo vontade de mudança em quem tem mais responsabilidade. Tal como não se vê abertura ou esperança numa maioria significativa dos Sócios. E isso devia fazer-nos pensar. Sobretudo a quem nos dirige. Fui dos que contribuiu, através dos apupos ou assobios, para a queda de alguns presidentes. Não defenderei nunca a perpetuação da incompetência no Clube, mas o nosso histórico desde o Presidente João Rocha é elucidativo.
O planeamento da época de futebol foi uma montanha russa de más decisões. Reconhece-lo seria o mínimo para que, quem está de fora , acreditar que as coisas poderiam mudar. Sem desculpas. Sem referir o passado. Sem colher louros sustentados numa herança que depois nas derrotas já é pesada e lamentável. Estamos cansados dos problemas e queremos soluções. O trabalho invisível é importante. Maioritariamente é estrutural e a sua execução tem custos elevados para quem os faz sem os devidos proveitos. O problema é quando o trabalho visível é tão negativo e está associado a uma comunicação hostil, maioritariamente virada para dentro e sem que se perceba realmente o que está a ser feito.
E é neste ponto que continuo sem perceber a comunicação institucional do Clube. Insistem nos mesmos erros, não conseguem passar a mensagem do que vão fazendo e não conseguem entrar no coração dos adeptos. A entrevista do Presidente ao jornal record só veio confirmar isto mesmo: é muito mal aconselhado a nível de comunicação. Um Clube ou uma empresa são a imagem do que conseguem comunicar. No contexto atual do Sporting CP, a entrevista seria uma oportunidade para reconhecer erros, apontar a soluções e através disso mesmo mostrar que seria possível um caminho diferente. Não foi isso que foi feito. A tolerância conquista-se. Seja com competência, carisma ou espírito de liderança.
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