Mariana Cordeiro Ferreira
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02 Ago 2021 | 11:16

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Mariana Cordeiro Ferreira

VOLTÁMOS

Perdemos a noção do tempo, perdemos a consciência do que era estar na bancada durante 90 minutos a cantar, a bater palmas, a apoiar, mas há duas coisas que não perdemos: O amor e a prática.

Tinha tantas saudades! Tantas que assim que soube que podia ir ao jogo (com teste negativo e bilhete na mão) as borboletas da ansiedade chegaram outra vez.


É certo que tive a sorte de ir ao jogo da seleção nacional em Alvalade, também é certo que adorei, mas não é a mesma coisa. Apesar de ter sido em Alvalade, ter estado com adeptos no Estádio, por muito que goste de ver jogar a equipa das quinas, nada se equipara à sensação que tive este sábado.

Longe de casa, a mais de 2h de viagem, conseguimos voltar a estar com a equipa. Conseguimos voltar a passar-lhes o sentimento de que não estão, nem nunca estiveram, sozinhos dentro de campo.


A pandemia fez com que muita coisa se perdesse. Perdemos a noção do tempo, perdemos a consciência do que era estar na bancada durante 90 minutos a cantar, a bater palmas, a apoiar, mas há duas coisas que não perdemos: O amor e a prática.

Os cânticos continuam a estar na ponta da língua e mesmo sem as bandeiras e sem os tambores (que não são permitidos sem o cartão do adepto), conseguimos fazer a festa, cantar em uníssono todas as músicas que fazem parte da vida de quem anda de estádio em estádio durante toda a temporada e conseguimos mostrar e provar que a história de que o Sporting Clube de Portugal joga melhor sem adeptos é a maior balela que já se ouviu neste país.


Eu estava sentada numa lateral, atrás de mim estava um senhor de mais ou menos 70 anos e ele, ao ver o meu estado de ansiedade ao longo de todo o jogo só me dizia “oh menina, tenha calma e aproveite, já tínhamos todos tantas saudades de estar a ver a equipa!”.

O senhor tinha razão, eu devia ter aproveitado e desfrutado muito mais do aquilo que desfrutei, mas não consegui parar quieta. Parecia uma criança na véspera de natal que às 20h já começa a perguntar quanto tempo falta para poder começar a abrir as prendas. Porque é disto que vive o futebol: dos adeptos na bancada.

Acho, sinceramente, que o plantel e a equipa sentiram isso connosco. Voltámos a ser um só, finalmente voltámos a ser um só e agora não nos voltem a tirar isso.

Sexta-feira arranca o campeonato e ainda ninguém sabe muito bem como tudo se vai desenrolar, mas por favor, com toda a segurança e certeza de que quando chegarmos aos 85% de vacinados podemos voltar a encher a nossa casa, não nos façam voltar atrás.

Vacinem-se, protejam-se e protejam os outros, porque o que toda a gente quer é voltar. Voltar aos Estádios, voltar a casa e voltar a ficar com a pele arrepiada ao ouvir o Mundo Sabe Que, de cachecóis ao alto, no Estádio do Campeão Nacional.

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