Ainda em 2019, e em acesa discussão sobre o rumo que o Sporting levava, ou a falta dele, e perante um época desportiva que já se anunciava falhada e desta vez ainda a um par de meses do Natal, concordaram uns amigos que não era com críticas e atritos entre Sportinguistas que se contribuiria para a estabilidade que todos necessitam quando são colocados perante a responsabilidade de conduzir um clube com a grandeza do Sporting.

Realizámos alguns encontros, trocámos ideias com mais alguns amigos e à medida que o número ia aumentando, aumentava também o entusiasmo de conseguir reunir um número considerável de Sportinguistas e de pessoas com provas dadas nas suas carreiras e áreas de competência, das mais variadas “facções” dentro do Sporting – uns que já lá tinham estado, outros que nunca, uns com mais conhecimento de Sporting outros menos – e sentá-los à mesma mesa a debater alguns dos temas fracturantes do Sporting.

Com tanto capital humano estávamos seguros de que conseguiríamos, com as opiniões de todos, e de uma forma elevada, discutir o Sporting e encontrar zonas de concordância que nos permitissem, mais do que falar de pessoas e egos, falar de um projecto sólido, que fosse posteriormente espelhado num documento a partilhar com os órgãos do Sporting, e representasse a contribuição de todos aqueles que foram convidados e aceitaram contribuir para tal.

Sempre defendemos que esta não era uma iniciativa contra ninguém nem a favor de ninguém, apenas um espaço livre de debate entre Sportinguistas com diferentes visões para o Sporting. Assim foi durante os quase dois meses de jornadas que, entretanto, se realizaram.

Tive a honra de fazer parte desta iniciativa desde o princípio e de com o Agostinho Abade termos conseguido chegar a tantos Sportinguistas, que desde o primeiro minuto perceberam a iniciativa, e para ela quiseram contribuir.

Sem a ajuda de uma equipe que entretanto se foi montando e à qual não posso deixar de agradecer por todo o trabalho que dedicaram, pro bono, a qualquer hora que fosse necessário, sem qualquer visibilidade e só pelo amor ao Sporting, esta iniciativa não se teria concretizado. Quero por isso agradecer, em meu nome e do Agostinho, ao André Dias Ferreira, Jorge Gurita, Bernardo Gonçalves, Carlos Sousa, Filipe Silva, e Rui Sousa. Obrigado Sportinguistas.

Depois obviamente a todos aqueles que aceitaram prontamente vir debater publicamente os 6 temas fracturantes ao longo das 7 jornadas (Governance 1 e 2, Revisão Estatutária, Sustentabilidade Financeira, Futebol e Modalidades, Estratégia Institucional e Segurança, e Marca e Comunicação), sabendo o clima que se vive no Sporting e as hostilidades a que estariam sujeitos e que infelizmente são recorrentes por parte de um pequeno grupo de Sportinguistas.

Foi com muita alegria que os telefonemas se foram convertendo em “sim” e rapidamente se fecharam os painéis. A todos os nossos convidados que disseram “presente”, apesar das agendas muito complicadas, mesmo àqueles que depois não puderam participar por motivos profissionais ou outros de última hora, um muito obrigado pelo seu Sportinguismo aos:

Ângelo Correia, António Pires de Lima, Agostinho Abade, António Martins da Cruz, Alexandre Mestre, Carlos Anjos, Carlos Feijó, Carlos Miguel, Carlos Vieira, Diogo Lacerda Machado, Eduardo Baptista Correia, Francisco Louro, Francisco Marcos, Francisco Teixeira, João Duque, João Marques da Cruz, Jorge Coelho, José Braz da Silva, José Eugénio Dias Ferreira, José Quintela, Luis Filipe Meneses, Luis Natário, Marco Caneira, Miguel Almeida Fernandes, Miguel Frasquilho, Miguel Poiares Maduro, Miguel Relvas, Miguel Salema Garção, Nuno Saraiva, Pedro Mourisca , Pedro Paulino, Ricardo Pereira, Ricardo da Silva Oliveira, Rui Alexandre Jesus, Rui Calafate, Rui Januário, Rui Oliveira, Samuel Almeida, Sérgio Abrantes Mendes, Sérgio Cintra, Soraia Quarenta, Tomás Froes, Toni Bessone Basto.

Também aos moderadores, Carlos Andrade, Henrique Monteiro, José Manuel Diogo, José Manuel Barroso, Luis Marques, Nicolau Santos, e Rui Miguel Mendonça, que retiraram tempo às suas profissões para vir aqui dar a cara pelo seu clube de coração, e à Carlota Crespo e ao Vitor Cândido que eram para ter vindo mas compromissos de última hora não permitiram, um muito obrigado pelo vosso amor ao Sporting.

Ao nosso Nani (porque ele é nosso), que, mesmo estando nas Américas, não deixou de nos mandar um abraço e fazer votos que a iniciativa contribuísse para o sucesso do Sporting, tal como ao Ivone de Franceschi que, apesar de longe, leva o Sporting no coração, e um título de campeão, um enorme obrigado aos dois – esse creio de todos os sportinguistas.

A outro grande Sportinguista por nos ter aberto as portas do seu concelho e do Taguspark, Isaltino Morais, e ao Eduardo Baptista Correia por ser um fantástico anfitrião, muito obrigado.

E à equipe de produção de todos as jornadas, ao meu velho amigo Paulo Alves da PAHD e a toda a sua equipa, pelos programas que começaram sempre à hora, pelos fantásticos conteúdos e pelos verdadeiros milagres operados à última da hora, um muito obrigado.

Mas nem tudo é positivo e sou obrigado a mencioná-lo, até por respeito a todos aqueles que participaram e deram o seu contributo a esta iniciativa, sempre conscientes que ela não serviria para atacar ninguém, seja do passado ou da actual direcção, mas invade-me a tristeza pelos convidados que depois de assumirem o compromisso de estarem presentes, por alegadas pressões que um dia esperemos se esclareçam, se tiveram que “desconvidar” do evento. Triste também pela direcção actual do Sporting e seu Presidente, que encararam como hostil um evento que poderia ter aproveitado até para apaziguar os ânimos. E triste por outros que trabalham no Sporting e gostariam de ter estado presentes e foram “desaconselhados” também pelos mesmos protagonistas. Pequeninos, muito pequeninos para um Sporting tão grande.

Há um par de anos Miguel Poiares Maduro montou um evento semelhante na Universidade Católica e daí não veio mal ao mundo – antes pelo contrário. O Sporting com Rumo não agrediu ninguém, nem teve quaisquer ambições das muitas que por aí, e convenientemente, se conjuraram. Mas fez-se, e fazer é que é difícil. Já dizer mal e boicotar, não custa nada, e tomar o próprio remédio dói.

As jornadas terminaram, mas a iniciativa ainda não. Nos próximos dias, e como sempre dissemos desde o primeiro dia, teremos terminado o documento resumo das mesmas para o entregar ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Já veremos se o Presidente, é de todos, ou à semelhança da Sporting TV é só de alguns – como para aí se conjura também…