A vitória do Sporting CP ontem à noite foi inequívoca. Esperava-se um Vitória de Guimarães forte, em busca de dificultar a vida aos jogadores comandados por Rúben Amorim, o que não se verificou ontem. Os jovens leões entraram em campo com novidades no onze, para fazer face às ausências de Coates e Nuno Santos, numa primeira parte de nível altíssimo.

Durante 45 minutos, os vimaranenses foram reduzidos a praticamente zero, enquanto que o Sporting CP dominava de forma avassaladora o jogo em posse de bola e número de ocasiões criadas. Durante a segunda-parte, e com um ritmo de jogo sempre gerido em consonância com o resultado, a nossa equipa nunca perdeu o controlo do jogo nem permitiu iniciativa de jogo ao seu adversário. Ficam na retina, relativamente a ontem, vários aspetos:

Primeiramente, é notório que todos os jogadores que entram no 11 têm capacidade para cumprir e dar resposta àquilo que é pedido ao treinador. É essencial, num clube que se quer campeão, ter vários jogadores para além dos habituais titulares que ofereçam garantias à equipa. Rúben Amorim e o Sporting podem ficar totalmente descansados quanto a esse ponto, fruto da qualidade do plantel e, acima de tudo, do excelente momento psicológico que a equipa atravessa;

Em segundo lugar, é impossível não mencionar mais uma gigante exibição de João Palhinha, que encheu o meio-campo. Correu, recuperou bolas, pôs fim a lances de perigo e merece esse reconhecimento. Na sua zona do terreno, o jogador da cantera é dono e senhor e não permite que os colegas sejam apanhados em desequilíbrio;

Em terceiro lugar, Daniel Bragança. O jovem jogador traz muito perfume no seu futebol e Rúben Amorim já tinha admitido que eram merecidos mais minutos de jogo. Hoje teve direito ao seu momento e, uma vez mais, não defraudou as expetativas;

Gonçalo Inácio também merece aqui uma palavra. Não só pelo golo, mas também pela segurança e maturidade que demonstra em campo, apesar de ser tão jovem. Ontem, foi raro vê-lo perder duelos com jogadores adversários e conseguiu ser decisivo, também, na construção de jogo a partir de trás. É uma aposta claramente ganha.

Por fim, chegamos a Dário Essugo. O “menino” de 16 anos que ontem se estreou, tornou-se no mais jovem jogador de sempre a ser lançado no nosso campeonato. É uma mensagem clara de Rúben Amorim – que fez questão de o reforçar no final do jogo -, de que no Sporting há oportunidades para quem as queira agarrar. Mais do que a idade, contam a qualidade, garra e vontade de vencer. Esta estreia foi um prémio justo para um jovem talento da nossa academia, que demonstrou aquilo que se deve sentir ao envergar a listada verde e branca: orgulho. As suas lágrimas não passaram despercebidas para os seus colegas e para nós, Sportinguistas, que queremos que eles sintam tanto este símbolo como nós.

O futuro tem tudo para ser brilhante!